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Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 148

O sol ainda nem havia despontado completamente no horizonte quando Laura acordou. A noite tinha sido longa, inquieta, cruel. Não conseguira dormir. As palavras de Heitor ainda ecoavam em sua mente, cortando como lâminas: "Agora só temos isso, essa cama". Como se tudo o que existia entre eles se resumisse a sexo. Como se o amor que construíram fosse apenas um reflexo de corpos suados entre lençóis revirados.

Ela passou as mãos pelo rosto, tentando afastar o cansaço, e se levantou da cama de hóspedes onde terminara a noite. Enrolou-se no roupão e seguiu até o quarto dos meninos. Ao abrir a porta com cuidado, encontrou os dois dormindo profundamente, abraçados um ao outro. Aquilo apertou seu coração. Eles não mereciam viver em um lar dividido, repleto de discussões e silências.

Seguiu então para o quarto principal. Empurrou a porta devagar. Vazio. A cama estava intacta. Heitor já tinha saído. Sem deixar bilhete, mensagem, nada. Como se tivesse apenas ido embora para fugir dela.

Laura fechou os olhos por um instante. Não era só frustração. Era dor. A dor de perceber que, talvez, estivesse perdendo o homem que amava. E a única forma para não o peder era deixando de ajudar um amigo ,que se tornou um grande amigo ao se casar com Bianca e ser tão bom para ela ,mesmo que tenha cometidos alguns erros ,mas ela sabia que ele se arrependeu.

Respirou fundo e se preparou para sair. Vestiu uma calça social preta, uma blusa branca de seda com decote discreto, prendeu os cabelos num coque firme e passou um batom nude. Estava elegante, profissional, mas com aquele brilho nos olhos que só quem carrega cicatrizes sabe disfarçar.

Ao chegar à Holding, foi direto para o andar da diretoria. Seu salto ecoava nos corredores ainda silenciosos, anunciando sua presença. Cumprimentou a recepcionista com um aceno de cabeça e seguiu rumo à sala de Heitor.

Mas o que encontrou ao abrir a porta fez seu coração bater diferente.

Lá estava ele. Sentado em sua poltrona, a postura relaxada, um leve sorriso nos lábios. À sua frente, em pé, uma morena deslumbrante. Jovem, corpo escultural, roupas modernas e maquiagem impecável.Ela segurava uma pasta e ria de algo que ele acabara de dizer.

Laura parou no batente da porta, os olhos se estreitando com atenção. A garota virou-se para ela e sorriu. Um sorriso educado, mas com uma pontinha de algo a mais. Algo de quem não gostou da presença dela ali.

Heitor se levantou da cadeira e ajeitou o paletó com um sorriso mais contido.

— Laura... — disse, vindo em sua direção com um tom casual.

— Essa é a Vitória. Irmã do Leo, um grande amigo da faculdade. Ela se mudou pra São Paulo recentemente e precisava de emprego então a contratei como a chefe de departamento do RH, pois a vaga estava disponível.

— Pode me chamar de Laura. — corrigiu ela, mantendo o aperto de mão firme por um segundo a mais que o necessário.

Laura pode perceber o interesse nítido da garota em Heitor pelo entusiasmo que ela o elogiou dizendo que era "um homem e tanto ".

Vitória recuou com o mesmo sorriso impecável, mas o olhar que lançou a Heitor ao se despedir dizia tudo: ela não estava ali apenas por experiência profissional. Estava ali por ele ,porque o fato dele ser casado para ela não significava nada.

— Eu vou deixar vocês à vontade. Tenho um relatório e novamente muito obrigada Heitor.— disse Vitória, lançando um último olhar para Heitor, com a confiança de quem já planejava mais do que planilhas e e-mails.

Assim que a porta se fechou, Laura cruzou os braços e caminhou devagar até a mesa dele. O salto marcava o ritmo da tensão no ambiente.

— Chefe do RH, hein? — disse, arqueando uma sobrancelha.

— Sim. — respondeu Heitor, casual, sentando-se.

— O irmão dela é um dos meus melhores amigos e me pediu esse favor.Não podia negar e a vitória é uma ótima menina

— Só vou dizer que é bom você sentir um pouco do que eu sinto todo santo dia, em saber que está ao lado de um homem que a deseja e só você não enxerga isso.

Aquelas palavras bateram no estômago dela. A verdade por trás delas era como ácido.

— Você sabe que não há nada entre mim e o Fernando. — disse ela, firme.

— E se um dia ,no que duvido ,ele confundir as coisas, eu mesma vou deixar claro as coisas para ele.

— Como se isso resolvesse tudo, Laura. Agora, podemos deixar nossa vida pessoal de lado e cuidar do profissional? Quero que providencie alguns documentos importantes que não estou encontrando.

— Claro, senhor Arantes. — disse ela de forma fria e profissional, não querendo mais insistir no assunto porque Heitor era muito cabeça dura.

Laura teve que suportar a frieza de Heitor e confirmou o que ele disse: o fato de eles transarem não mudaria nada. E, além disso, teve que suportar a tal da Vitória toda hora entrando na sala com alguma desculpa para falar com Heitor. E ela não conseguia falar sem o tocar, fazendo com que parecesse casual.

Chegou um momento que Laura não aguentou mais. Assim que a garota saiu, ela foi até Heitor, espalmando a mão em sua mesa.

— Então colocar aquela garota oferecida para trabalhar na empresa era sua vingancinha contra mim? Pois saiba que eu não tenho sangue de barata. Se você pode ficar flertando com outra na minha frente, eu farei o mesmo.

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