As amigas se abraçaram longamente, como quem sela um pacto invisível, feito de amor eterno, mesmo à distância.
Poucas horas depois, Fernando e Bianca partiram rumo ao Rio de Janeiro, para iniciar uma nova etapa em suas vidas. Na casa que ficou, o vazio da ausência deles logo foi preenchido pela energia incansável de Joaquim e Pedrinho.
Heitor chegou à cozinha e encontrou os dois meninos tentando ajudar dona Lourdes a preparar uma mamadeira.
— Já disse que é comigo! — Joaquim dizia, com as mãozinhas nos quadris.
— Mas ela também é minha irmã! — retrucou Pedrinho, com o cenho franzido.
Heitor riu, pegando a mamadeira pronta das mãos da babá.
— Calma, campeões… tem amor de sobra pra todo mundo.
Lá no quarto, Laura embalava Maria Clara nos braços, sentindo paz. A família agora seguia com uma nova rotina — mais cheia, mais intensa, mais completa. Ainda que sentisse falta da irmã ao seu lado, ela sabia que os laços entre elas não se romperiam com a distância.
Naquele lar, onde o amor renasceu tantas vezes, todos encontravam espaço. Para crescer. Para recomeçar. Para amar, de novo e sempre.
O silêncio na casa era raro, quase precioso. Joaquim e Pedrinho estavam dormindo, vencidos pelo cansaço depois de um dia intenso de brincadeiras com a irmãzinha. Maria Clara, agora com pouco mais de 2 meses ,dormia tranquila no berço ao lado da babá, que se ofereceu para passar a noite com as crianças e dar à mãe e ao pai o que há semanas eles esperavam: uma noite só deles.
Laura estava em frente ao espelho, ajustando o vestido de cetim preto que deslizava suavemente por seu corpo. Era justo na cintura, com um decote generoso e uma fenda que revelava a coxa em movimento. Seu corpo, embora ainda com traços suaves do pós-parto, exalava feminilidade e beleza. Ela se olhou com uma ponta de insegurança — fazia tanto tempo que não se via como mulher e não apenas como mãe.
Mas bastou ouvir a voz rouca de Heitor atrás dela para dissipar qualquer dúvida:
— Você está linda.
Ele vestia um terno escuro impecável, mas o olhar era selvagem de um predador louco para devorar sua presa . Aproximou-se devagar, enlaçando a cintura dela por trás, o nariz roçando o pescoço delicadamente.
— Tem certeza de que está pronta?
— Tenho. Mais do que nunca — respondeu ela, virando-se para ele com um sorriso tímido, porém decidido.
Momentos depois , o carro preto cruzou as ruas de São Paulo até chegar ao hotel cinco estrelas que fazia parte do grupo Arantes. O prédio imponente parecia ainda mais elegante sob as luzes da noite. O gerente os recebeu pessoalmente, entregando a chave da suíte presidencial com discrição. Laura se sentia como em um sonho.
Ao entrar no quarto, ficou sem palavras. O ambiente era luxuoso, com uma cama enorme coberta por lençóis de seda branca, pétalas de rosas espalhadas, champanhe gelando em um balde e velas aromáticas em pontos estratégicos. Tudo graciosamente preparado por ele.
Laura se virou, emocionada.
— Você fez tudo isso?
Heitor a puxou pela mão e a envolveu em seus braços.
— Você tem ideia do quanto senti falta disso? De você assim? Entregue… minha — a voz dele era grave, arrastada, recheada de desejo.
Com movimentos lentos, ele beijou a barriga dela, as coxas, os seios ainda sensíveis. Laura arfava sob cada estímulo, o prazer crescendo como um vulcão prestes a explodir. Ele era intenso, mas respeitava os limites dela, cuidava dos detalhes, dos tempos, do corpo ainda se reajustando.
O cinto de couro acariciou a pele dela, mas ele não bateu — apenas passou sobre o corpo como uma promessa. Ele a provocava com palavras, com toques, com mordidas suaves nos lugares certos.
Quando ele enfim tirou a própria roupa, Laura já tremia de desejo.
— Por favor, Heitor…
Ele a soltou com cuidado, tirando a venda, e os olhares se encontraram. Não havia medo. Havia entrega. Amor. Tesão.
O momento da penetração foi carregado de emoção. Eles se olharam profundamente, os corpos finalmente se reencontrando. Os gemidos abafados por beijos, os movimentos ora lentos, ora mais firmes, os sussurros e confissões entre uma estocada e outra…
— Eu te amo — ele murmurou em seu ouvido, enquanto a puxava pelos cabelos com delicadeza e a mordia no ombro.
— Eu também… sempre — ela arfava, entre gemidos.
Horas se passaram como minutos. Eles se amaram mais de uma vez. No chão macio, contra a parede espelhada do quarto, de joelhos sobre a cama. Ele a guiava com firmeza, ela o seguia com confiança. Não havia vergonha, apenas entrega.

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