Fernando virou a cabeça lentamente, lançando-lhe um olhar ameaçador.
— Por seu bem, espero que não. Porque da próxima vez, eu não vou conversar. E você conhece bem meu limite, sabe que sou pacífico até pisarem no meu calo, você mesmo viu o que fiz em um clube com um cara que se engraçou para o lado da sua irmã na época que namorávamos ,imagina o que farei com quem sem engraçar com Bianca que é a mãe da minha filha e a mulher da minha vida .
Raul assentiu, forçando um tom mais humilde:
— Eu entendi. De verdade. Não quero criar problemas entre vocês. Você sabe como eu sou… às vezes passo do ponto sem nem perceber. Mas juro que foi só um impulso, nada premeditado.
— Impulso ou não... — Fernando replicou, a voz carregada de tensão contida
—..não se aproxima dela desse jeito nunca mais, não pense que vou poupa -lo por ser meu primo.
Raul respirou fundo e soltou um riso leve, desconcertado.
— Me desculpe novamente, primo … você tem razão, embora acho que está tendo uma reação um tanto exagerada ., mas está certo. Não sou louco de mexer com o que é seu.
Fernando parou o carro bruscamente em frente ao prédio ao estaleiro e virou-se para encará-lo.
— Espero que realmente esteja sendo sincero ,primo, somos parentes , agora trabalharemos juntos e temos uma boa relação , então controle seus impulsos para que tudo isso continue exatamente como está e também para manter todos os dentes em sua boca.
Raul assentiu em silêncio e saiu do carro, mas antes de fechar a porta, jogou por cima do ombro, com um tom que misturava ironia e provocação contida:
— Valeu pela carona, primo. E... relaxa. Embora eu não tenha medo de você, eu vou me portar melhor com sua esposa.
Logo em seguida, o manobrista estacionou a SUV de Fernando à frente do estaleiro. Ele desceu com passos firmes, mas o olhar perdido, a mente a mil. Entrou no prédio sem sequer notar os cumprimentos dos funcionários. Tinha apenas um pensamento martelando em sua cabeça: tinha feito de novo.
Mais uma vez, permitira que o ciúmes e o medo o dominassem. Medo de perder Bianca. Medo de que, como ela mesma dissera com os olhos cheios de dor, quisesse se vingar da traição que ele mesmo cometera. Ele, que a magoara tanto, agora ousava duvidar dela… de seu caráter, de sua lealdade, da mulher que provava todos os dias o quanto o amava.
Aquilo o corroía por dentro.
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