Bianca sorriu, sincera, os olhos brilhando com um misto de surpresa e carinho pela amiga. Estendeu a mão e segurou a de Laura, apertando de leve.
— Eu tô muito feliz por você, de verdade. Feliz por ter se permitido experimentar algo novo, sair da sua zona de conforto. E, pelo seu rosto, dá pra ver que você tá... feliz com isso ,amiga. — Ela riu baixinho, com um toque de ironia carinhosa.
— Parece que alguém descobriu um lado bem safadinho e selvagem aí dentro.
Laura sorriu, envergonhada, abaixando o olhar e mordendo de leve o lábio inferior.
— É... foi tudo tão intenso. Tão diferente de tudo que já vivi. E, por mais louco que pareça, me senti... livre. Completamente entregue. Pela primeira vez.
Bianca assentiu, mas seu semblante ficou um pouco mais sério.
— Só toma cuidado, tá? Às vezes, a gente se empolga com uma novidade, com o prazer, com o jeito como alguém nos faz sentir... e acaba se apaixonando pelo cara errado. Não quero que se sofra denovo. — Ela olhou para Laura com doçura.
— Ele te disse o que quer de você? De verdade?
Laura respirou fundo, o sorriso desaparecendo aos poucos.
— Disse que tudo o que haverá entre a gente será apenas sexo. Sem envolvimento, sem promessas, sem rótulos. Mas... — ela hesitou
— ele também deixou claro que, enquanto estivermos juntos, vai ser só comigo. Nada de outras mulheres.
Bianca ergueu uma sobrancelha, cruzando os braços.
— Hum... e isso importa pra você?
Laura demorou a responder. Seus olhos vagaram até um ponto indefinido na parede, e ela mordeu o lábio mais uma vez, mas agora com incerteza. Por fim, murmurou:
— Importa. Eu sei que não devia... mas só de imaginar ele com outra, meu estômago embrulha. Não sei se conseguiria lidar com isso.
Bianca soltou um suspiro e balançou a cabeça, entre preocupada e divertida.
— Isso é um péssimo sinal, amoga... Sabe o que isso quer dizer, né?
Laura ergueu os olhos devagar, confusa.
— Que você já tá emocionalmente envolvida. E pior... já sente ciúmes.
Laura ficou em silêncio. Não tentou negar. Sua expressão falava por si — os olhos levemente marejados, o peito subindo e descendo mais rápido, como se estivesse sendo obrigada a encarar uma verdade que ainda não queria aceitar.
Bianca continuou, com um tom mais suave.
— Você pode até fingir que tá tudo bem em ser só a parceira de cama dele... que esse lance de “sem envolvimento” funciona pra você. Mas eu te conheço, Laura. E sei quando você começa a se entregar. Seu olhar muda. Seu jeito muda. Você se envolve por completo, mesmo quando tenta fingir que não.
Laura abaixou os olhos novamente, sentindo um nó na garganta.
— Eu só queria aproveitar isso, sabe? Sentir. Viver. Pela primeira vez em muito tempo, eu não tô anestesiada. Eu tô... sentindo tudo. Intensamente. E, por mais que isso me assuste, eu não quero fugir agora.
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