Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 192

O estaleiro estava movimentado, mas o clima na sala de Fernando era outro. Raul já o aguardava, sentado na poltrona à frente da mesa, as mãos inquietas sobre os joelhos. Quando Fernando entrou, alto, imponente, com o olhar cortante, Raul se levantou rapidamente.

— Fernando… eu… — começou, mas foi interrompido pelo tom gelado do outro.

— Você deveria agradecer por eu ter lhe dado apenas um soco. Porque, no fundo, eu devia ter te matado pelo atrevimento de tocar na minha mulher… depois de eu já ter deixado claro que era para ficar longe dela.

Raul engoliu em seco, tentando parecer arrependido.

— Eu sei, eu sei… e eu fiquei longe. Quem me procurou foi ela. Bianca entrou na minha sala dizendo que queria se vingar de você. Que sabia do seu caso com a noiva do seu irmão morto… e que queria pagar na mesma moeda. Eu… eu não resisti, Fernando. Ela é uma mulher linda, nenhum homem resistiria a tamanha tentação.

Fernando avançou um passo, o maxilar contraído..

— Está mentindo..A Bianca nunca agiria de maneira tão leviana.

— Não estou — rebateu Raul, mantendo o olhar fixo nele.

— Você sabe como uma mulher reage quando acha que está sendo traída… é vingativa. E ela acredita que você está com Paola.

As palavras caíram como pedras no pensamento de Fernando. Por um instante, a dúvida se infiltrou. Bianca poderia ter agido por impulso, movida pela raiva e pela mágoa? A imagem dela, orgulhosa e arisca, surgiu em sua mente. Ele conhecia aquele temperamento. Mas admitir que Raul pudesse estar certo… era como aceitar uma punhalada.

Manteve-se em silêncio por alguns segundos, o olhar firme, mas distante. Depois, respirou fundo e disse, com a voz grave:

— Isso não muda nada. Você está avisado. Se se aproximar dela de novo… não vou responder por mim.

Raul abaixou a cabeça, murmurando um “entendido” quase inaudível. Fernando virou-se, encerrando a conversa. Precisava pensar. Não sobre Raul… mas sobre Bianca. Sobre o que ainda estavam dispostos a fazer — ou destruir — para manterem aquele casamento.

E enquanto voltava à mesa, ajustando os papéis para a reunião que viria, sentiu o peso de uma certeza incômoda: por mais que amasse Bianca, talvez estivessem chegando ao ponto em que amor, sozinho, não fosse o suficiente para consertar as coisas entre eles.

Bianca permaneceu sentada à beira da cama, olhando para o rosto sereno de Valentina. O quarto estava silencioso, apenas o som suave da respiração da filha preenchia o espaço. Seus dedos acariciavam mecanicamente os fios macios do cabelo da menina, mas sua mente estava a quilômetros dali, ainda presa nos momentos que vivera com Fernando naquele mesmo dia.

Lembrava do calor dos braços dele, da maneira como a beijava como se quisesse marcar sua alma, e de como seu corpo reagia instintivamente, cedendo, se entregando… como foi gostoso fazer amor com Fernando novamente .

Ela amava o marido. Desejava-o com uma intensidade que às vezes a assustava. Mas não ao ponto de aceitar outra traição. Uma vez já havia sido suficiente — dolorosa e devastadora — quando ele lhe confessou que a traiu com Alce.

Mordeu o lábio inferior, sentindo uma pontada de mágoa subir à garganta. Foi nesse momento que o celular, largado sobre a cômoda, começou a tocar. O som fez seu coração disparar por um segundo, como se fosse Fernando ligando para ela. Mas ao olhar a tela, seu rosto se iluminou.

— Laurinha! — disse com entusiasmo, atendendo imediatamente.

— Que saudade, amiga! E aí? Como está a sua segunda lua de mel a quatro? — completou, usando um tom leve, fingindo que estava tudo bem.

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