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Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 193

— Essa é a Bianca que eu conheço! — disse Laura, e Bianca pôde sentir o sorriso da amiga do outro lado.

— Mas de nada adiantou. — Bianca balançou a cabeça, mesmo que Laura não pudesse ver.

— Alice é uma das menores das minhas preocupações agora. Eu acho que Fernando tá de caso com a Paola… a noiva do irmão dele.

Houve uma pausa.

— Será que não é só boato? — perguntou Laura, cautelosa.

— Não, Laurinha. — A voz de Bianca saiu carregada de convicção.

— Eu fui no estaleiro e peguei os dois no maior clima.

— Amiga, conversa com o Fernando. Esclarece as coisas. E, por favor, mostra pra essa tal de Paola que Fernando é seu marido. Que ela não tente encontrar o noivo falecido nele só porque eram gêmeos.

— Eu conversei… — Bianca respondeu, mexendo nervosamente no lençol da cama da filha.

— Ele negou que tenham um caso. Mas, sei lá… depois que ele me traiu com a Alice, não consigo confiar nele.

— Eu te entendo — disse Laura, com uma calma amiga.

— Mas nem pense em desistir do seu amor sem antes esclarecer toda a verdade. A Bianca que eu conheço nunca ia entregar os pontos assim.

Bianca riu fraco.

— Mas aquela Bianca era do tipo que nunca se apegava a ninguém. E nunca amou um homem como eu amo o Fernando. Por isso… eu não sei como agir.

— Claro que sabe! — Laura rebateu, animada.

— Se você nunca entregou de bandeja pra nenhuma periguete os homens que eram só curtição pra você, vai entregar o homem que ama pra uma fulaninha? Nada disso! A senhorita vai usar toda sua beleza, charme, inteligência… e principalmente seu amor… pra não deixar que ninguém tome seu homem.

Um sorriso verdadeiro despontou no rosto de Bianca.

— Você está certa, Laurinha… como sempre. Não vou entregar meu marido de bandeja pra ninguém. Nem pra Alice, nem pra Paola… nem pra mulher nenhuma. Obrigada. Eu precisava ouvir isso.

— Não precisa agradecer. — Laura riu.

— Você também me ajudou muito com o Heitor. Se não fosse seu apoio, não estaríamos juntos hoje. E você sabe que pode contar comigo pra qualquer coisa.

— Eu sei e digo o mesmo .— Bianca suspirou, sentindo um peso sair do peito.

A porta se abriu poucos minutos depois, e Paola entrou.

O salto alto fez um som suave contra o piso de madeira, e ela caminhou até a cadeira em frente à mesa dele, sentando-se com postura impecável. Os olhos claros o encaravam com uma mistura calculada de tristeza e doçura.

— Eu… queria dizer que sinto muito — começou, a voz aveludada, ligeiramente mais baixa que o normal.

— Sinto muito se estou prejudicando o seu casamento. Não era, de forma alguma, a minha intenção.

Fernando apoiou os cotovelos na mesa, cruzando as mãos diante do rosto.

— Eu sei disso. Você não tem culpa de nada. É a Bianca que está vendo coisas onde não existem.

Paola inclinou levemente a cabeça, como quem avalia a reação dele antes de prosseguir.

— Ou… — fez uma pausa breve, os lábios curvando-se num quase sorriso — ou ela, por ser mulher como eu, percebeu que eu sinto algo por você, logo a primeira vez que nos viu juntos.

Fernando fechou os olhos por um segundo, como quem precisa de paciência para lidar com aquela conversa.

— Paola, eu já te disse isso antes, mas vou repetir. Não há a menor possibilidade de acontecer algo entre nós. Eu sou casado. Amo a minha esposa. E nunca, em hipótese alguma, me envolveria com a noiva do meu falecido irmão.

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