Do outro lado da tela, Heitor observava cada reação, cada expressão de entrega absoluta. O som dos gemidos dela, o corpo se contorcendo em puro êxtase, foi o suficiente para levá-lo à beira do abismo. A mão dele se movia com urgência, e quando Laura chegou ao ápice, ele se permitiu perder o controle também — gemendo baixo, rouco, o corpo tenso enquanto se desfazia, fascinado por tê-la nas mãos, mesmo à distância.
Heitor ainda respirava de forma pesada, o corpo nu parcialmente coberto pela sombra da luz baixa do quarto. Seus olhos escuros estavam fixos na tela, famintos, mas ao mesmo tempo serenos. Havia um domínio natural no jeito como a encarava — como se tivesse total controle não apenas do próprio desejo, mas também do dela.
— Você foi perfeita .. — ele murmurou, a voz rouca, profunda, carregada de admiração e possessividade.
— Mas ainda tem muitas outras coisas que quero fazer pessoalmente com você.
Laura ainda respirava com dificuldade, o peito subindo e descendo rapidamente enquanto encarava a tela do celular. Os cabelos levemente bagunçados, os lábios entreabertos e o brilho em seus olhos denunciavam o quanto estava afetada.
— Isso foi... maravilhoso — ela murmurou, com a voz rouca, quase um sussurro, como se ainda estivesse processando tudo o que acabara de acontecer.
— Eu nem sei explicar o que tô sentindo agora.
Do outro lado da tela, Heitor estava recostado na cabeceira da cama, ainda com a expressão intensa, mas agora suavizada por um sorriso genuíno. Ele levou o copo de uísque à boca e bebeu um gole antes de responder.
— Pra mim também foi — disse, sem rodeios.
— Você pode até duvidar, Laura, mas... foi a primeira vez que fiz algo assim com alguém.
Ela arqueou uma sobrancelha, surpresa, mas não disse nada. Apenas continuou observando-o, curiosa.
Heitor apoiou o copo na mesinha ao lado e olhou diretamente para a câmera, os olhos fixos nos dela.
— E o mais louco de tudo... — ele continuou, com a voz baixa, rouca.
— é que você tá virando a minha cabeça. Com apenas uma transa. Uma e eu não consigo parar de pensar em você , de querer você.
Laura mordeu o lábio, o coração acelerando ainda mais. Sentia um frio na barriga, um misto de excitação e receio. Mas havia algo em suas palavras que a tocava de forma profunda, mais do que qualquer toque.
— Desde aquele dia no meu escritório — ele prosseguiu.
— eu não consigo parar de pensar em você. No seu corpo. No seu cheiro. Na forma como se entregou a mim. — Ele fez uma pausa breve, inspirando fundo.
— Tá sendo difícil me concentrar em qualquer coisa.
Laura sorriu, tímida, mas encantada.
— E o pior — ele acrescentou, com um brilho divertido nos olhos
— é saber que pelo bem dos meus negócios , vou ter que trabalhar com você como se nada tivesse acontecido. Fingir normalidade. Quando, na verdade... tudo o que eu quero é te jogar de novo sobre a minha mesa e passar o dia inteiro explorando cada pedacinho seu. Devagar. Até você implorar pra eu parar. Ou não parar nunca mais.
Ela sentiu o rosto corar, o corpo inteiro vibrando com a intensidade daquelas palavras. Era desejo, sim. Mas havia mais do que isso ali. Havia entrega. Verdade. Uma conexão que, mesmo recente, parecia crescer mais a cada olhar, a cada palavra trocada.
— A gente tá brincando com fogo, né? — ela murmurou, com um sorriso nervoso.
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