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Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 223

Fernando acordou com a cabeça latejando. A boca seca, o gosto amargo da bebida ainda queimando sua garganta. Piscou algumas vezes, estranhando a claridade que entrava pelas frestas da cortina, e só então percebeu que ainda vestia a mesma roupa da noite anterior. O paletó amarrotado, a camisa com marcas de suor. Suspirou fundo, enfiando as mãos no rosto.

Aos poucos, as lembranças vieram como lâminas afiadas: a discussão com Bianca, as acusações, o sexo selvagem que mais parecia guerra, depois o uísque, os risos embriagados, Paola tentando se insinuar, e… o olhar de Bianca, firme, reivindicando o direito de cuidar dele.

Fechou os olhos com força. A imagem que veio à mente não foi o corpo dela entregue a ele no chuveiro, mas a cena maldita que o assombrara noite e dia: Bianca com as mãos no peito de Alex, os rostos tão próximos que pareciam prestes a se beijar. O sangue dele ferveu. O mesmo veneno da dúvida o corroía.

Se levantou de repente, atirando a gravata no chão. Procurou por ela no quarto. Nada. Nenhum sinal de Bianca, nem da filha. O coração acelerou, como se algo o sufocasse.

Tomou uma ducha rápida, vestiu um terno escuro e desceu para o café da manhã, acreditando que a encontraria ali, junto aos pais e Valentina. Mas, para seu espanto, apenas Alfredo e Célia estavam sentados à mesa.

— Bom dia — cumprimentou, tentando disfarçar a tensão. — Onde está a Bianca?

Célia ergueu as sobrancelhas, surpresa.

— Nós pensamos que ela estava com você. — ajeitou a xícara de café. — Bem que estranhei, nem a babá apareceu por aqui.

O peito de Fernando gelou. Apertou os punhos contra a mesa.

— Se a Bianca fugiu com a minha filha… eu não sei do que sou capaz. Eu vou…

A voz dele foi cortada por uma doce melodia:

— Vai o quê?

Ele se virou e a viu. Bianca entrou no salão com Valentina no colo, os cachinhos da menina entre os dedos miúdos enquanto gargalhava. Atrás delas, Maria, a babá, carregando algumas sacolas.

— Bom dia — disse Bianca, firme, como se nada tivesse acontecido.

Célia lançou um olhar de reprovação ao filho.

— Desculpe o comportamento de Fernando, minha querida. Ele anda muito estranho ultimamente… nem parece o menino bom e gentil que eu criei.

Fernando riu sem humor.

— Porque eu deixei de ser menino há muito tempo, mãe. E infelizmente aprendi como as pessoas podem ser falsas e traiçoeiras.

Disse ele se levantando ,Beijou o rosto da filha com ternura, aliviado em tê-la nos braços, mesmo que as palavras envenenassem o ar.

Alfredo, tentando quebrar o clima pesado, puxou assunto:

— E onde você foi tão cedo, Bianca?

— Resolvi passear um pouco com a Valentina. — respondeu ela, tranquila.

— Aproveitei para comprar roupinhas novas, ela cresce rápido demais. Achei melhor sair cedo, já que a pequena estava acordada.

Fernando observava cada palavra, cada gesto dela, como se buscasse uma mentira escondida no sorriso. Quando Valentina puxou sua gravata e murmurou um “papa”, o coração dele quase derreteu.

Mais tarde, já entregando a menina de volta para Maria, ele se aproximou de Bianca:

— Agora, se acomode. — disse ele com frieza. — E escuta bem, porque hoje você não vai sair pela tangente.

Ligou o motor e acelerou em direção à pista, os dedos batendo no volante, impacientes. O silêncio parecia um campo minado, até que Fernando o rompeu com a voz carregada de raiva contida.

— Me diz, Bianca… quando foi que começou?

— Os olhos dele permaneciam fixos na estrada, mas a mandíbula cerrada denunciava o turbilhão dentro dele.

— Desde quando você e o Alex são amantes ? Porque tenho certeza que já devem ser a algum tempo e você só quis me fazer saber disso da maneira pior possível para se vingar de mim.

Bianca apertou as mãos no colo, recusando-se a responder.

Ele riu, amargo.

— Vai ficar muda? Então eu mesmo respondo: desde que se viram a primeira vez não é ? ou será que ele já fez parte do seu passado e da fila de homens que frequentaram sua cama ,como.seu ex me disse .

Ela respirou fundo, os olhos marejados, mas manteve o silêncio.

Fernando bateu a mão com força no volante, fazendo-a se sobressaltar.

— Fala, droga! Você pensa que eu vou engolir calado? Acha mesmo que vou ser o corno manso, o idiota que todos comentam pelas costas? — Ele a encarou de relance, os olhos faiscando.

— Se está achando que vou virar piada na sociedade, está redondamente enganada.Eu estou disposto a comtiuar casado com você pela nossa filha ,não quero que ela seja criada por pois divorciados ,mas isso não quer dizer que vou aceitar que continue me traindo .

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