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Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 224

Bianca ergueu o rosto lentamente, as lágrimas ainda presas nos olhos, faiscando em meio à fúria que lhe queimava por dentro. O peito arfava, sufocado por sentimentos contraditórios: dor, mágoa, raiva — e, por trás de tudo, um desejo que ela odiava admitir.

— Pense o que quiser, Fernando — disse, a voz firme, embora trêmula.

— Eu já disse que nunca te traí. Não vou ficar repetindo isso mil vezes. Se você não acredita em mim, o problema é seu.

Ela respirou fundo, tentando manter a postura, mas os lábios se contraíam de frustração.

— Quem traiu esse casamento foi você. Então, para de me acusar de algo que eu nunca fiz. Eu só estou naquela casa por causa da nossa filha.

As palavras cortaram como navalhas. Fernando apertou o volante com tanta força que os nós de seus dedos ficaram brancos. O olhar dele era escuro, sombrio, um misto de ódio e dor que parecia prestes a explodir.

— Então é isso? — ele rosnou, com um sorriso amargo e quase enlouquecido.

— Quer dizer que você não me ama mais? Nem me deseja?

Ele girou o rosto para ela, os olhos faiscando de rancor.

— Claro... — a voz dele se quebrou por um instante, mas logo veio carregada de veneno.

— Todo o seu amor e desejo agora pertencem ao Alex. Aquele desgraçado que teve coragem de entrar na minha casa para trepar com a minha mulher. No meu quarto. No aniversário da minha mãe!

Bianca estremeceu, mas não recuou. Seu corpo tremia, não apenas de medo, mas de indignação.

— Pense o que quiser, Fernando! — rebateu, cuspindo as palavras como fogo. — Eu já disse que isso nunca aconteceu! Mas quer saber? Talvez eu devesse mesmo ter "trepado" com ele, como você vive insinuando. Pelo menos, assim, eu seria acusada por um bom motivo!

O sangue de Fernando ferveu. Ele riu, uma risada rouca, amarga, quase insana.

— Vagabunda... — murmurou, o maxilar travado.

— Maldita hora em que te conheci naquele banco. Eu devia ter feito como os outros fizeram: te dar o que você tanto queria e depois te esquecer.

Num movimento brusco, ele agarrou o pulso dela com força, os dedos cravando na pele delicada.

— Porque era isso que você queria, não era? — a voz dele era um sussurro venenoso, carregado de fúria.

— Ser usada. Eu devia ter te usado só para o meu prazer, como eles fizeram. Devia ter te chutado da minha vida antes de me perder nessa loucura que é você.

— Me solta! — Bianca arfou, se debatendo, os olhos faiscando de raiva.

— Você está me machucando!

O corpo de Bianca reagiu antes que sua mente conseguisse controlar. O calor subiu por suas veias, as coxas se apertaram involuntariamente, e ela odiou a si mesma por isso.

— Isso foi no passado, Fernando! — ela rebateu, tentando esconder o rubor que lhe queimava o rosto.

— Naquele tempo, você não estava correndo por raiva. Sabia muito bem o que estava fazendo. Agora parece que quer realmente nos matar!

Ele não diminuiu a velocidade. O carro avançava como um animal indomável, engolindo a estrada à frente. Os olhos dele ardiam de fúria, mas havia também um brilho perigoso de desejo.

— Quer saber o que me enlouquece, Bianca? — a voz dele saiu baixa, grave, rouca de excitação.

— É que mesmo agora, discutindo comigo, me odiando... eu ainda sinto vontade de te beijar. De te foder até você esquecer qualquer outro nome,inclusive o daquele desgraçado do Alex ,seu amante.

O ar rarefez dentro do carro. Bianca sentiu o coração martelar, a respiração falhar, o corpo inteiro arrepiado.

— Você é um idiota, Fernando! Um filhinho de papai arrogante ,e eu me odeio por não ter visto isso antes ,que é um egoísta ,machista ,que está todo irritadinho por acha que eu alguém usou o seu brinquedo favorito. — disse, mas a voz saiu fraca, traindo o turbilhão que a dominava.

Fernando reduziu um pouco a velocidade. O carro ainda corria firme, mas agora a estrada, ela parecia menos ameaçadora. Seus olhos permaneciam fixos, mais atentos, como se controlasse não apenas o veículo, mas a si mesmo. Até que, de repente, ele fez um desvio brusco e parou o carro no acostamento.

O silêncio que se instalou foi pesado, denso. O motor ainda vibrava, mas o som parecia distante diante da tensão que dominava o espaço estreito entre os dois. Fernando virou-se devagar, os olhos azuis cravados nos dela, a respiração carregada, e aproximou-se até que Bianca pôde sentir o calor do corpo dele.

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