Fernando, ao volante, não disse nada imediatamente. O carro estava silencioso, exceto pelo som do motor e pela respiração irregular de Bianca. Ele a observava pelo canto do olho, um meio sorriso no rosto, sabendo exatamente o efeito que tinha causado. A tensão no corpo dela, os cabelos soltos colando-se levemente à pele suada, os lábios entreabertos… tudo gritava vulnerabilidade e desejo.
Sem se virar, ele falou, a voz baixa, provocante:
— Está se recriminando , não é?Por ter se entregado a mim ,mesmo dizendo que me odeia.
Bianca cerrou os dentes, tentando não responder. Mas Fernando continuou, sem se deixar intimidar:
— Se te faz sentir melhor ,eu também estou me recriminando por minha fraqueza, mas é mais forte que eu .
... Seii que é mais forte do que você também.— A voz dele arrastava as palavras, lenta, carregada de provocação.
Ela respirou fundo, desviando o olhar. — Não… não foi assim… — murmurou, mas a voz saiu vacilante, traindo a própria convicção.
— Foi exatamente assim. — Ele riu baixo, quase um ronronar.
— E sabe o que é pior? Que nós mesmo dizendo que nos odiamos ,somos incapaz de controlar o desejo que sentimos.
Bianca sentiu um calor subir ao rosto, a raiva e o constrangimento misturando-se ao resquício do prazer. Ela respirou fundo, tentando se recompor, mas cada movimento, cada toque que ainda restava na memória, cada suspiro dele, a deixava fraca.
Fernando deu partida no carro, e, sem falar nada, começou a dirigir em direção diferente do estaleiro. Bianca franziu a testa.
— Para onde estamos indo? — perguntou, a voz ainda um pouco trêmula.
Ele olhou para ela pelo retrovisor, o sorriso safado curvando os lábios.
— Você sabe muito bem. Estamos voltando para casa. — A resposta veio calma, mas carregada de provocação.
— Ambos precisamos de um banho e trocar de roupas. Se chegarmos lá como estamos… amassados, suados, cheios de marcas… todos vão perceber exatamente o que aconteceu aqui no carro.
Bianca sentiu um arrepio percorrer a espinha. A provocação dele era quase insuportável. A ideia de que Fernando sabia exatamente o efeito que tinha sobre ela, que estava consciente da vulnerabilidade e ainda assim brincava com isso, a deixava irritada consigo mesma. Ela fechou os olhos por um instante, tentando recompor a respiração e controlar os batimentos acelerados do coração.
— Tudo bem ...tem razão ...Mas nem por isso deixa de ser um convencido .— murmurou, a voz falhando, quase um sussurro de frustração e raiva de si mesma.
Fernando soltou uma risada baixa, gostando da reação dela.
— Talvez… mas você gosta disso. — A voz dele estava carregada de calor, provocação e sedução.
— Não adianta negar.
Ela reprimiu um gemido involuntário, apertando o cinto de segurança, tentando se concentrar no caminho à frente. Mas era impossível ignorar o efeito que ele ainda tinha sobre ela, o calor que percorria seu corpo, a lembrança das mãos firmes dele, dos lábios roçando a pele, do peso do corpo dele sobre o seu.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe.