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Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 233

As semanas passaram como uma tortura para Bianca. Cada dia era mais uma porta se fechando diante dela. Ela havia enviado currículos, participado de entrevistas, ouvido elogios ao seu perfil e experiência, mas, de repente, o contato se perdia, a resposta não vinha. Uma sensação estranha de injustiça começou a crescer em seu peito. Seu currículo era impecável, sua postura profissional inquestionável. Então por que, afinal, ninguém a contratava?

A dúvida começou a pesar em seu coração, misturada à raiva silenciosa que sentia de Fernando desde a última discussão. Ela se lembrava do sorriso dele, aquele maldito sorriso de excitação e desafio, como se estivesse convicto de que ela não conseguiria desligar do estaleiro.

Numa tarde abafada de sábado, Raul apareceu. Sempre com aquele ar de quem sabia mais do que dizia, o primo de Fernando entrou no jardim dos tios e a encontrou folheando anúncios de emprego.

— Ainda procurando emprego, Bianca? — perguntou, com um meio sorriso, cruzando os braços.

Ela ergueu os olhos, cansados, mas firmes.

— Sim. Mas começo a achar que vou precisar procurar fora da cidade. Aqui não parece ter espaço para mim.

Raul se aproximou devagar, abaixando-se diante dela, os olhos castanhos fixos nos dela com seriedade.

— Não é a cidade, Bianca. É o Fernando.

Ela franziu o cenho, o estômago revirando.

— O que você está dizendo?

— Que não adianta procurar em lugar nenhum. Ele usou o sobrenome e a influência para fechar todas as suas portas. Ninguém vai te contratar.

Por um instante, Bianca quis rir, desacreditar. Raul não era alguém confiável , e podia muito bem estar inventando aquilo apenas para colocá-la contra o marido. Mas algo nele soava diferente naquela tarde. O tom firme, a falta de ironia, a convicção no olhar.

— Isso é absurdo… — murmurou, tentando afastar a ideia.

— Pense bem, Bianca. Quantas entrevistas foram perfeitas? Quantos gestores te disseram que estavam impressionados com o seu currículo? E mesmo assim, nenhum retorno. Você realmente acredita que isso é coincidência?

As palavras dele entraram em sua mente como estilhaços. Ela lembrou de cada rosto surpreso e cordial que, dias depois, nunca mais a atendia ao telefone. Lembrou dos silêncios estranhos, das justificativas vagas. E, de repente, tudo fazia sentido.

O sangue subiu-lhe ao rosto. Um calor de indignação percorreu-lhe as veias, transformando-se em pura fúria. Fernando. Sempre ele. Sempre aquele maldito controle que a sufocava.

Na manhã seguinte, Bianca decidiu que não iria mais suportar em silêncio. Vestiu-se com firmeza, um vestido simples mas que realçava sua figura, amarrou os cabelos em um coque firme e foi ao estaleiro. Cada passo ecoava sua raiva contida.

O barulho metálico das máquinas, o cheiro de óleo e ferro tomaram seus sentidos quando entrou. Homens trabalhavam sem parar, mas, ao vê-la atravessar o pátio com determinação, alguns pararam para olhar.Depois que ela pediu demissão , não era comum ver a esposa do patrão ali, com os olhos faiscando como chamas prestes a consumir tudo.

Ela entrou no escritório de vidro que ficava no andar superior, sem bater, empurrando a porta com força.

Fernando estava curvado sobre uma pilha de documentos, a camisa branca arregaçada nos antebraços, revelando músculos tensos e fortes. Ao vê-la, ergueu o rosto lentamente, os olhos azuis faiscando, e um sorriso lento surgiu em seus lábios.

— Bianca… — murmurou, a voz grave, carregada de algo entre surpresa e prazer.

— Eu vou lutar contra você. Vou expor você. Vou mostrar para seus pais o quanto você é mesquinho e controlador, pois eles acham que você é um exemplo de homem ,como seu pai é ...porque eles não sabem o quanto é um garoto mimado que usa a sobrenome e o dinheiro que tem para fazer com que a esposa não consiga se quer um emprego nessa droga de cidade.

Fernando parou a poucos centímetros dela, a respiração quente misturando-se à sua. Ele a olhou de cima a baixo, os olhos ardendo de desejo e raiva.

— Os meus pais sabe que não sou nada do que me acusa , eu apenas não quero que minha mulher trabalhe sem ter necessidade disso , se quer tanto trabalhar ,trabalhe aqui no estaleiro ,como antes.— murmurou, inclinando-se ainda mais, o hálito quente roçando sua pele.

__Muito obrigada pelo seu oferecimento, mas eu deixei claro quando sai daqui que não quero trabalhar com você.-Bianca cuspiu as palavras, erguendo o queixo, os olhos brilhando de fúria.

Ele a agarrou pelos braços, puxando-a contra o peito, o contato firme e quase brutal. O coração dela disparou, não apenas pela raiva, mas pela eletricidade que sempre existia quando estavam próximos.

— Maldita seja, Bianca… — a voz dele saiu rouca, carregada de frustração e desejo.

— Você me provoca como ninguém. Você me enlouquece!

— Eu não sou sua propriedade, Fernando! — ela gritou, as mãos empurrando contra o peito dele, sentindo o calor dos músculos sob a camisa.

— Você pode controlar o mundo inteiro, mas nunca vai me controlar! Nunca vou me curvar as suas vontades.

Ele a prensou contra a parede de vidro, os corpos colidindo, o olhar faiscando como relâmpagos. A tensão entre eles era tão intensa que até o ar parecia pesado, carregado de eletricidade.

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