— Não, Bianca — disse Laura com firmeza.
— Ele é só meu chefe. E o homem com quem estou transando. Só isso. Então o que acontece em minha vida não deve ter a menor importância para ele.
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As palavras ainda ecoavam no ar quando um som cortante interrompeu o clima entre as duas: uma risadinha debochada vinda do final do corredor.
— Bom saber — disse uma voz feminina, ácida, carregada de veneno.
— Então é verdade o que andam dizendo por aí...
Laura e Bianca se viraram ao mesmo tempo, os olhos arregalados.
Isabelle.
A mesma Isabelle da equipe de marketing. Linda, arrogante e sempre perto demais de Heitor para ser mera coincidência e aquela fraglou dando em cima dele.
Ela estava encostada à parede com os braços cruzados e um sorriso petulante nos lábios pintados de vermelho.
— Então o “nosso querido chefe” não é gay coisa nenhuma — ela continuou, sem esconder o sarcasmo.
— Anda é transando com a secretária,com certeza porque você deve ter se jogado com tudo para cima dele.
Bianca deu um passo à frente, indignada.
— O que você está fazendo aqui, escutando conversa dos outros, sua falsa?
— Não estava escutando. Só passei no momento certo, digamos assim. — Isabelle sorriu com escárnio e se voltou para Laura.
— E você, hein? Com essa carinha de santinha abrindo as pernas pro chefe… Tá achando o quê? Que vai conseguir o que nenhuma outra conseguiu? — Ela riu com escárnio, inclinando levemente a cabeça.
— Só porque é a primeira funcionária com quem ele resolve se divertir, acha que vai virar a senhora Arantes? Querida, mulheres muito mais bonitas, refinadas que você já tentaram ocupar esse posto... e nem chegaram perto. Você, com certeza , não passa de passatempo. E, acredite, ele já deve estar de olho na próxima.E você? Você vai ser só mais uma que ele vai descartar depois de se cansar.
Laura deu um passo adiante, firme, o rosto a poucos centímetros do de Isabelle.
— Engraçado. Ele não parece nem um pouco cansado de mim.
Isabelle a olhou, surpresa pela ousadia. Mas antes que pudesse responder, Laura continuou com um meio sorriso nos lábios:
— E sabe o que mais? Não me importo com o que você ou qualquer outro pense. E sim ,não vou negar ,estou transando com o Heitor e estou aproveitando cada segundo nos braços dele.Já você... deve ser difícil fechar os olhos e saber que ele não te quis . Nem como brinquedo.
Isabelle empalideceu, ferida no orgulho. Bianca, atrás de Laura, segurava o riso.
— Agora, se me der licença — finalizou Laura, erguendo o queixo com dignidade.
— Vá cuidar da sua vida. E para de ouvir atrás das portas como uma fofoqueira frustrada.
Isabelle bufou, girou nos saltos e saiu com passos rápidos, o ego tão ferido quanto sua pose.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe.