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Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 260

Fernando arregalou os olhos, atônito.

— Como você pode ter tanta certeza, mãe? — perguntou, quase num sussurro.

— Eu queria ter a sua certeza … mas depois de tudo, depois dela por fim nas minhas dúvidas, como acreditar?

__Porque a Valentina tem todos seus traços e porque eu sinto de coração que ela tem o nosso sangue e é minha neta.

Fernando baixou os olhos, sentindo um nó se formar em sua garganta. A lembrança de Valentina correndo para seus braços, rindo, chamando-o de “papai” começando falar suas primeiras palavras, voltou à sua mente.

.— Eu a amo, mãe. — confessou, a voz rouca. — Deus sabe como eu a amo. Mas se não for minha… se tudo não passou de uma mentira… eu não sei como vou suportar.

Célia segurou seu rosto entre as mãos, forçando-o a olhar nos olhos dela.

— Filho, para com isso. Você está agindo como um homem ciumento e orgulhoso, deixando o veneno da dúvida te consumir. — falou firme, mas com amor.

— Onde está aquele homem apaixonado que eu sei que você é? Aquele que enfrentaria o mundo inteiro por quem ama?Isso desde que conheceu Bianca.

As palavras dela atingiram Fernando como uma bofetada. Orgulho. Ciúmes. Sim, eram esses os monstros que o estavam devorando por dentro.

— Apaixonado… — repetiu, quase em tom de zombaria.

— Apaixonado a ponto de acreditar em tudo. A ponto de virar alvo de mentiras, de enganos. Apaixonado a ponto de ser feito de idiota.

— Não. — Célia balançou a cabeça com firmeza.

— Apaixonado a ponto de lutar pelo que sente. A ponto de não desistir da mulher que ama, nem da filha . — apertou a mão dele.

___Porque não para de ouvir a razão e ouve o seu coração?

Fernando abriu a boca, mas não encontrou resposta. Porque era verdade. Se estivesse realmente convencido, por que aquela dor? Por que aquela sensação de perda irreparável?

Célia acariciou sua face, enxugando as lágrimas que insistiam em cair.

— Meu filho, pare de procurar certezas em palavras de raiva ditas no calor do momento. Olhe para dentro de si. Olhe para o amor que você sente por Valentina. Esse amor é verdadeiro. E se é verdadeiro, é porque ela é sua.

Fernando respirou fundo, sentindo o coração apertado.

— Eu queria acreditar… — sussurrou.

— Obrigado, mãe. — murmurou ele, finalmente permitindo-se soltar o ar contido.

— Obrigado por não me deixar afundar completamente.

— Sempre, meu filho. Sempre. — Célia sorriu, beijando a testa dele antes de se retirar do quarto.

— Boa noite.

Fernando ficou sozinho, o silêncio agora confortável, quase reconfortante. Encostou-se na cabeceira, deixando os pensamentos vagarem por minutos, sentindo o cansaço pesar nos músculos e o coração, finalmente, menos turbulento. A garrafa de uísque não precisava mais de suas mãos; ele não queria afogar sentimentos, apenas entendê-los.

Quando finalmente adormeceu, o sono veio pesado, profundo, reparador. A noite levou embora parte da dor, mas não a apagou completamente — e nem precisava. O que permanecia era o embrião de determinação, a necessidade de encarar a verdade e proteger o que realmente amava.

A manhã seguinte chegou com luz clara, entrando pelas cortinas do quarto e iluminando o rosto de Fernando. Ele se levantou devagar, sentindo cada músculo pesado, cada lembrança da noite anterior ainda pulsando em sua mente. O estaleiro o aguardava, mas antes havia algo que precisava fazer.

Tomou um banho rápido, deixando a água escorrer pelo corpo como se levasse embora os últimos resquícios da noite. A cabeça estava cheia de pensamentos, mas havia uma decisão clara: precisava ver Valentina, sentir o vínculo que já existia, mesmo que todas as dúvidas tivessem se dissipado.

Vestiu-se rapidamente e pegou o carro. O trajeto até o apartamento de Bianca foi silencioso, acompanhado apenas pelo som suave do motor. Ao chegar, estacionou e permaneceu por alguns segundos olhando o prédio. A respiração dele estava lenta, controlada, mas o coração disparado traía a ansiedade.

Subiu até o andar de Bianca, e antes de bater, respirou fundo. Colocou a mão no punho da porta e hesitou por um instante. Então, pressionou o botão de campainha. Nenhuma resposta. Tentou de novo, e dessa vez, passos suaves se aproximaram. Pelo olho mágico, Fernando viu Bianca segurando Valentina nos braços. A menina ainda estava sonolenta, os olhos semicerrados.

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