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Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 261

O coração de Bianca disparou no instante em que reconheceu a silhueta de Fernando do outro lado da porta. Seus olhos semicerraram-se, e os dedos apertaram instintivamente a pequena Valentina contra o peito. Quando finalmente abriu, fez questão de manter o olhar frio, como se a noite anterior não tivesse existido.

— Veio me ameaçar de novo? — perguntou, a voz gélida, mas o tremor em suas mãos a traía.

Fernando, de frente para ela, respirou fundo. A barba malfeita realçava ainda mais os traços duros do seu rosto, mas os olhos estavam carregados de algo além da fúria.

— Não. — respondeu firme.

— Vim conversar. Só isso.

Bianca arqueou uma sobrancelha, cética.

— Conversar? — repetiu, sarcástica.

— Interessante… já que você parece ter esquecido o significado dessa palavra.

Sem esperar, chamou a babá:

— Maura! — A funcionária surgiu logo, ainda com o pijama de algodão, surpresa ao ver Fernando. Bianca entregou Valentina aos braços dela com um beijo na testa da filha.

— Leve-a para o quarto, por favor.

A menina resmungou, sonolenta, mas logo se aconchegou contra a babá e sumiu pelo corredor. Bianca voltou-se para Fernando, cruzando os braços diante do corpo.

— Seja breve, Fernando. Diferente de você, eu preciso realmente trabalhar. — ironizou, cada sílaba carregada de veneno.

Ele suspirou, como quem precisa reunir forças antes de mergulhar em águas turvas.

— Bianca… eu amo Valentina. — começou, a voz baixa, rouca.

— Amo como se fosse minha filha. Aliás… para mim, ela é minha filha. Não importa o sangue, não importa nada. Eu não quero viver longe dela, minha mãe me fez enxergar isso ,que não importa se ela tem o meu sangue ou não ,o que importa é que a amo.

O olhar de Bianca se estreitou. Aquele tom vulnerável o tornava mais perigoso do que qualquer ameaça.

— O que você quer dizer com isso? — perguntou, firme, mas o coração martelava em seu peito.

Fernando deu um passo à frente, diminuindo a distância entre eles. O cheiro do perfume dele, misturado ao aroma de sabonete fresco, invadiu o ar e a fez prender a respiração.

— Quero dizer que vou me mudar para a mansão. A reforma terminou. Era para ser nossa casa, Bianca, e assim será .Quero que você e Valentina morem lá comigo.

Ela riu, sem humor.

— Nem pensar. — rebateu com firmeza.

— Não vou viver sob o mesmo teto de um homem que duvida da minha fidelidade, da minha honestidade. Um homem que me jogou no inferno das suas inseguranças e escolheu acreditar quando eu disse que a minha filha não era sua ,porque me julga uma vagabunda e acredita mais em um mentiroso mau caráter do que em mim que muitas vezes dizia que amava.

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