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Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 262

Fernando a observou, o olhar chamejando. A frieza da voz dela não conseguia esconder o tremor nas mãos, nem a respiração entrecortada. Ele sabia que a indiferença era uma máscara, mas mesmo assim, o golpe doía.

— Posso ao menos me despedir da minha filha? — perguntou, a voz agora baixa, mas ainda carregada de tensão.

Bianca se virou lentamente, olhos faiscando.

— Sua filha? — repetiu, sarcástica.

— Já disse e repito: ela não é sua filha. E você acreditou quando eu disse isso, porque agora diz que ela é sua filha ?

Fernando apertou os punhos, os olhos cheios de raiva e dor.

— Era mentira?— afirmou, a voz embargada. — Minha mãe tem certeza de que você mentiu.

Ela sorriu frio, cruel.

— Que pena… — disse, abrindo mais a porta, deixando o vento frio da manhã invadir o ambiente.

— Que você não tem essa certeza. Agora vá.

Fernando a fitou por alguns segundos intermináveis. Então, deu um passo para trás, mas antes de se afastar por completo, lançou a sentença com a firmeza de quem já tinha tomado uma decisão.

— Aguarde a intimação, Bianca. Vou tirar Valentina de você, porque você que escolheu isso , de qualquer forma não se trata apenas de vingança ,eu realmente posso dar uma vida bem melhor para ela.

Ela ergueu o queixo, firme, embora por dentro seu coração estivesse em pedaços.

— Veremos, Fernando. — respondeu, seca.

Ele saiu, batendo a porta atrás de si. O silêncio que se seguiu era ensurdecedor. Bianca encostou-se à madeira, respirando com dificuldade, os olhos marejados. Suas pernas tremiam, não de medo, mas do impacto daquela presença avassaladora que ainda queimava em sua pele.

O ódio e o desejo se misturavam em um veneno poderoso. E ela sabia que, apesar de toda a dor, a guerra entre eles estava apenas começando.

As semanas se arrastaram como um fardo sobre os ombros de Bianca. A cada dia, a ausência de Fernando na rotina com Valentina lhe lembrava, cruelmente, de que ele não era um homem que desistia facilmente. No fundo, ela sabia que o silêncio dele não era paz — era apenas o prelúdio de uma tempestade.

E a tempestade chegou.

Era uma tarde qualquer no escritório, os raios de sol atravessando as persianas de sua sala, quando a secretária entrou com um envelope pardo em mãos.

— Senhora Venturini … chegou para a senhora. Esse envelope chegou para senhora. — disse em voz baixa, como se anunciasse uma sentença de morte.

Bianca pegou o envelope, com o coração disparando. As mãos tremiam antes mesmo de rasgar o lacre. Seus olhos percorreram as linhas do documento e, de repente, o chão pareceu desaparecer debaixo de seus pés.

Fernando havia entrado com um pedido judicial pela guarda de Valentina.

— Não… não… isso não pode estar acontecendo…Ele realmente cumpriu a ameaça.— murmurou, com a respiração acelerada, o papel amassando entre seus dedos.

— Se você tem medo de perder essa luta, eu posso ajudar. — disse, sem rodeios.

Bianca arqueou as sobrancelhas. — Ajudar? Como?

Walter cruzou os braços, inclinando-se levemente contra a mesa. — É simples. Se divorcie dele e se case comigo.

A sala pareceu ficar em silêncio absoluto. O coração de Bianca parou por alguns segundos. Ela abriu a boca, mas as palavras custaram a sair.

— O quê? — a voz saiu baixa, quase um sussurro incrédulo.

— Você ouviu bem. — disse Walter, sem vacilar.

— Fernando não pode mais te segurar, não pode te manipular se você estiver casada comigo. Eu tenho poder, dinheiro, influência… juntos, podemos enfrentar qualquer coisa que ele tente contra você e principalmente isso vai ter ajudar a não perder a guarda da sua filha, porque sou um homem rico e de muitas passes como ele.

Bianca deu dois passos para trás, como se precisasse de ar. O peito subia e descia acelerado.

— Eu… agradeço a sua ajuda e por está sendo tão generoso ...mas eu não amo você, Walter. E não acho justo me casar com alguém sem amor, não é justo comigo e muito menos com você ...até porque por mais que eu odeie admitir eu ainda amo o Fernando e acho que sempre vou amar ,mesmo ele tendo se mostrado um homem muito diferente do homem que eu conheci.

Ele soltou uma risada curta, sem humor.

— Amor? Você realmente acha que eu estou atrás disso? — seu olhar ficou mais intenso, quase frio.

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