Bianca caiu de joelhos, as lágrimas desabando em silêncio. Walter se aproximou, com expressão calculada de consolo, mas por dentro triunfante.
O caos estava instaurado, Fernando saiu dali , achando novamente que ela o traiu e por que isso queria lhe tirar o direito de criar sua própria filha.
O silêncio pesava no ar como uma cortina espessa. Bianca ainda tremia da discussão devastadora com Fernando, cada palavra dele gravada em sua mente como ferro em brasa. Seu peito arfava, o coração parecia querer explodir, e ainda assim, diante de Walter, ela tentava se recompor.
Walter se afastou, retornando para a sala com passos lentos, quase desafiadores. Agora completamente vestido, a camisa bem ajustada, a gravata perfeitamente alinhada, cada gesto transmitia confiança e controle. Seus olhos, porém, continuavam sendo a peça mais perigosa: um olhar frio, afiado, carregado de triunfo.
Finalmente, depois de anos de ressentimento e ódio silencioso, tinha a oportunidade de acertar contas. Fernando… aquele homem que ele considerava um amigo, um irmão de confiança, que ousada trair sua amizade para se envolver com a mulher que sabia que ele amava, apesar de tudo.. E ele não abriria mão disso.
Bianca engoliu em seco, o estômago revirando. Uma parte dela queria acreditar que tudo não passava de um terrível mal-entendido. Mas quando Walter abriu a boca, cada ilusão caiu por terra.
— Sabe, Bianca… — começou, em tom quase irônico, a voz grave ressoando pela sala, a sua voz era fria e controlada , uma voz de quem não se arrependia de nada que havia feito.
— Eu não planejei nada disso. Não vim até aqui esperando que Fernando aparecesse, nem que as coisas tomassem esse rumo e quero dizer que tudo que fiz não leve para o pessoal ,porque não quis te atingir e sim o Fernando. .
Ele deu alguns passos lentos, como um predador que cerca a presa.
— Mas o destino, ah… o destino resolveu sorrir para mim. — Um sorriso torto, cruel, surgiu em seus lábios
. — E eu não ia desperdiçar essa chance. Há anos espero a oportunidade de ver Fernando sofrer como eu sofri.
Bianca apertou a faixa do robe, os dedos tremendo de raiva.
— Você é doente, Walter.
Ele riu baixo, o som gelando o ar.
— Doente? Talvez. Mas eu diria que sou apenas… justo. Fernando não se importou em ir para cama com a mulher que eu amava, mesmo sabendo o quanto eu era apaixonado por ela. E agora, finalmente, eu tive a chance de devolver o golpe. Ver a cara dele quando entrou por essa porta e me encontrou aqui… — Walter balançou a cabeça, como quem saboreia uma lembrança deliciosa.
— Foi impagável.
Bianca sentiu o coração acelerar. O sangue lhe subiu ao rosto, a respiração tornou-se pesada.
— Você… você usou a desculpa da morte da Olívia, a sua falecida esposa ,fingiu dor, se fez de vítima, só para me comover e me colocar nessa armadilha?
Walter deu de ombros, a frieza nos olhos contrastando com o tom quase casual da voz.
— Eu realmente sinto falta dela, não vou negar, apesar dela ser quem era uma vagabunda ,tivemos bons momentos Eu não podia desperdiçar q grande chance de me vingar do meu maior inimigo.
— Teria sido bem mais divertido se ele tivesse nos encontrado na cama.
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