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Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 286

Bianca caiu de joelhos, as lágrimas desabando em silêncio. Walter se aproximou, com expressão calculada de consolo, mas por dentro triunfante.

O caos estava instaurado, Fernando saiu dali , achando novamente que ela o traiu e por que isso queria lhe tirar o direito de criar sua própria filha.

O silêncio pesava no ar como uma cortina espessa. Bianca ainda tremia da discussão devastadora com Fernando, cada palavra dele gravada em sua mente como ferro em brasa. Seu peito arfava, o coração parecia querer explodir, e ainda assim, diante de Walter, ela tentava se recompor.

Walter se afastou, retornando para a sala com passos lentos, quase desafiadores. Agora completamente vestido, a camisa bem ajustada, a gravata perfeitamente alinhada, cada gesto transmitia confiança e controle. Seus olhos, porém, continuavam sendo a peça mais perigosa: um olhar frio, afiado, carregado de triunfo.

Finalmente, depois de anos de ressentimento e ódio silencioso, tinha a oportunidade de acertar contas. Fernando… aquele homem que ele considerava um amigo, um irmão de confiança, que ousada trair sua amizade para se envolver com a mulher que sabia que ele amava, apesar de tudo.. E ele não abriria mão disso.

Bianca engoliu em seco, o estômago revirando. Uma parte dela queria acreditar que tudo não passava de um terrível mal-entendido. Mas quando Walter abriu a boca, cada ilusão caiu por terra.

— Sabe, Bianca… — começou, em tom quase irônico, a voz grave ressoando pela sala, a sua voz era fria e controlada , uma voz de quem não se arrependia de nada que havia feito.

— Eu não planejei nada disso. Não vim até aqui esperando que Fernando aparecesse, nem que as coisas tomassem esse rumo e quero dizer que tudo que fiz não leve para o pessoal ,porque não quis te atingir e sim o Fernando. .

Ele deu alguns passos lentos, como um predador que cerca a presa.

— Mas o destino, ah… o destino resolveu sorrir para mim. — Um sorriso torto, cruel, surgiu em seus lábios

. — E eu não ia desperdiçar essa chance. Há anos espero a oportunidade de ver Fernando sofrer como eu sofri.

Bianca apertou a faixa do robe, os dedos tremendo de raiva.

— Você é doente, Walter.

Ele riu baixo, o som gelando o ar.

— Doente? Talvez. Mas eu diria que sou apenas… justo. Fernando não se importou em ir para cama com a mulher que eu amava, mesmo sabendo o quanto eu era apaixonado por ela. E agora, finalmente, eu tive a chance de devolver o golpe. Ver a cara dele quando entrou por essa porta e me encontrou aqui… — Walter balançou a cabeça, como quem saboreia uma lembrança deliciosa.

— Foi impagável.

Bianca sentiu o coração acelerar. O sangue lhe subiu ao rosto, a respiração tornou-se pesada.

— Você… você usou a desculpa da morte da Olívia, a sua falecida esposa ,fingiu dor, se fez de vítima, só para me comover e me colocar nessa armadilha?

Walter deu de ombros, a frieza nos olhos contrastando com o tom quase casual da voz.

— Eu realmente sinto falta dela, não vou negar, apesar dela ser quem era uma vagabunda ,tivemos bons momentos Eu não podia desperdiçar q grande chance de me vingar do meu maior inimigo.

— Teria sido bem mais divertido se ele tivesse nos encontrado na cama.

— Saia daqui agora! E saiba de uma coisa: estou me demitindo. Não vou passar nem mais um minuto ao seu lado.

Walter riu, uma gargalhada baixa, cruel, que fez o coração dela gelar.

— Demissão aceita. — Ele ergueu as mãos, teatral.

— Para ser sincero, já estava na hora. A única razão pela qual eu ainda a mantinha na empresa era porque eu sabia que isso irritava Fernando. Só de vê-lo remoer por dentro, sabendo que você trabalhava ao meu lado, eu já tinha meu prazer garantido.

Walter aproximou-se mais uma vez, até que seus rostos ficaram a poucos centímetros. A respiração dele tinha cheiro de whisky, mas a clareza de suas palavras provava que não estava bêbado.

— Exatamente, Bianca. Você sempre foi apenas uma peça nesse jogo. Um instrumento para que Fernando sofresse como eu sofri. E, pelo visto, funcionou.

As lágrimas escorriam pelo rosto dela, não mais de dor, mas de fúria, de repulsa.

— Você é um monstro.

Ele deu um passo atrás, ajeitando a gola da camisa como se nada tivesse acontecido.

— Já me chamaram de coisa pior. Mas veja pelo lado bom: agora você está livre. Livre para correr atrás do seu grande amor e implorar que ele acredite em você.

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