Seguiram para o escritório, o som dos passos ecoando pelos corredores. Célia os acompanhava a uma distância cautelosa, aflita, mas não interveio quando Fernando fechou a porta atrás deles, isolando-se a sós com Bianca.
O ambiente estava carregado, a tensão densa como fumaça. Fernando caminhou até a mesa de madeira maciça, apoiou-se nela e cruzou os braços, encarando-a com um olhar duro.
—Nós estamos em um impasse e eu tenho uma ótima solução para resolver isso. — começou, a voz baixa, mas firme.
— Se quer continuar convivendo com Valentina, vai ter que largar esse seu amante e vir morar na mansão comigo.
Bianca ficou boquiaberta, a incredulidade estampada no rosto.
— Amante? — repetiu, a voz embargada.
— Fernando, eu já disse mil vezes: Walter armou tudo! Eu não sou e nunca fui amante dele.
Ele ergueu a mão, como se não quisesse ouvir mais.
— Não comece de novo com suas mentiras. — rebateu, o tom cortante.
— Esse é o preço. Se quer ficar perto da sua filha, vai morar comigo, só assim terei certeza que ela estará segura ,longe daquele imbecil, que eu já disse a você que não quero perto dela.
— Você acha que eu sou o quê? — retrucou ela, a voz trêmula, mas firme. — Uma vagabunda da pior espécie? Vive inventando amantes para mim, me acusando de coisas que nunca fiz. E agora quer que eu volte a morar com você? Por quê, Fernando?
Os olhos dele faiscaram de raiva e dor ao mesmo tempo.
— Não é por mim. — disse, apertando os punhos.
— É por Valentina. Ela precisa de você, realmente eu vi que me enganei muito quando a escolhi como esposa e mãe da minha filha ,mas isso não pode ser mudado, então é por ela que quero que vá morar na mansão comigo.
Ele deu um passo à frente, aproximando-se perigosamente.
— Mas que fique claro: não a quero na mansão como minha esposa. Esse casamento acabou. Você vai morar lá como a mãe da minha filha. Dormiremos em quartos separados .
Bianca respirou fundo, a voz embargada.
— E se eu não aceitar?
Fernando a encarou por um longo instante, o olhar sombrio.
— Então vai ter que viver longe dela. — disse, cada palavra como uma faca.
— Se seu amante é mais importante do que sua filha, lide com as consequências.
— Eu chamo a polícia. — retrucou ela, a raiva crescendo.
— Se for preciso, eu digo que você está mantendo minha filha em cárcere privado!
Fernando sorriu de canto, mas foi um sorriso amargo, carregado de sarcasmo.
— Faça isso. — disse, a voz gélida.
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