Quando ele a levou para o quarto, as luzes estavam suavemente baixas, lançando sombras dramáticas pelas paredes de concreto e vidro. A cama, grande e imponente, com lençóis escuros e cabeceira de madeira entalhada, parecia um trono preparado para a noite que viria.
Heitor a colocou sobre os lençóis com firmeza e reverência ao mesmo tempo. Seu olhar queimava, intenso, como se pudesse despir sua alma, não apenas o corpo.
— Agora... — disse com a voz baixa e grave, enquanto tirava a camisa, revelando o peito definido e as tatuagens discretas que Laura ainda não conhecia
— ...você será minha. Completamente. Sem resistências. Sem dúvidas.
Ela assentiu, os olhos grandes, arregalados pelo desejo e por algo mais: entrega.
Heitor pegou um conjunto de algemas de couro fino, elegantemente elaborado, e envolveu os pulsos dela com cuidado e precisão. Depois, amarrou-os aos suportes que haviam na cabeceira. Fez o mesmo com os tornozelos, deixando-a vulnerável, aberta, exposta — e mais excitada do que jamais estivera.
— Diga quem você é agora — exigiu ele, acariciando-lhe o rosto com a ponta dos dedos.
— Sua submissa, senhor.
Ele sorriu, aquele sorriso lento, seguro, dominador.
— E qual é a regra mais importante esta noite?
— Obedecer. — respondeu ela, quase sem voz.
— Muito bem.Boa garota.
Ele percorreu o corpo dela com os olhos como se contemplasse uma obra de arte. Então, começou a traçar caminhos imaginários com a ponta da língua, desde o pescoço até os quadris, alternando toques leves e beijos mais intensos. O contraste da vulnerabilidade de Laura com o controle absoluto de Heitor criava uma tensão eletrizante no ar.
Heitor caminhou até uma das gavetas de sua cômoda de madeira escura e a abriu com calma, como se cada gesto fizesse parte de um ritual. Laura o observava, os olhos fixos nele, o coração acelerado. Quando ele se virou, segurava em uma das mãos um chicote de tiras finas de couro preto, não pesado, mas simbólico. O simples som do couro se movimentando no ar fez a espinha dela arrepiar.
— Sabe o que isso significa, Laura? — perguntou ele, girando o pulso com elegância, como um mestre experiente. A ponta do chicote roçou suavemente o chão.
— Significa que você está sob meu controle completo. E cada toque... será para lembrar quem você é aqui dentro: minha submissa.
Ela engoliu em seco, mas assentiu. Os olhos fixos nos dele, cheios de expectativa.
Heitor aproximou-se da cama. Com movimentos calculados, deslizou a ponta do chicote por sua coxa, devagar, sem força, apenas provocando. Passou pelo ventre, pelos seios já sensíveis, pelo pescoço... como se fosse uma extensão do próprio desejo dele. A ponta da tira desenhava caminhos que faziam Laura se contorcer não de dor, mas de antecipação.
— Sente isso? — perguntou ele, sua voz rouca e baixa.
— Não é sobre dor... é sobre controle. Sobre saber que o prazer só virá quando eu permitir.
Ela suspirou, sentindo o couro frio contrastar com o calor do corpo.
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