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Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 56

Os olhos de Patrícia cintilaram com desprezo contido.

— Quando você atendeu o telefone e disse que era seu ex e está morando com ela, imaginei que talvez ainda tivesse sentimentos por ela. Que quisesse reconquistá-la. Eu estou enganada?

— Sentimentos? — Augusto riu de escárnio.

— Eu nunca tive sentimentos verdadeiros por Laura, na verdade eu estava de olho nas economias dela e fui capaz de ficar noivo dela para roubar o que ela tinha.

Ele fez uma pausa e depois continuou.

— A única coisa que senti por Laura e que foi realmente genuína, hoje, foi raiva. Ela me tratou como um lixo e praticamente ameaçou me colocar na rua.

— Como assim?

Augusto tomou um gole do uísque antes de responder:

— Porque não tenho pra onde ir. Fui um idiota, Patrícia. Traí Laura com minha secretária, roubei todas as economias dela e fugi para o exterior. A mulher por quem deixei tudo me passou a perna. Me roubou, me abandonou e desapareceu. Eu voltei com o rabo entre as pernas e pedi a ajuda dela. Laura, boazinha como sempre, me acolheu.

— Porque não tenho pra onde ir. — Augusto suspirou, amargo.

— Fui um idiota, Patrícia.

— Traí a Laura com a minha secretária… — ele passou a mão pelo rosto, como se ainda se envergonhasse do próprio reflexo. — E como se não bastasse, roubei dinheiro da empresa que tínhamos juntos.

— Fugi pro exterior com a tal amante, achando que estava fazendo o negócio da minha vida.

Ele riu, um som seco, sem humor.

— A mulher por quem deixei tudo… me passou a perna.

— Me roubou, me abandonou e desapareceu sem deixar rastro.

— Eu voltei com o rabo entre as pernas, literalmente quebrado.

— E Laura… — ele engoliu em seco, mais irritado consigo do que com ela.

— Laura, boazinha como sempre, me acolheu. Me deu abrigo, comida, teto.

Ele balançou a cabeça com um misto de desprezo e frustração.

— E mesmo assim, eu só consigo sentir raiva dela. Por ter seguido em frente. Por ter se dado bem na vida, seguido sua vida sem mim e arrumar logo um bilionário como Heitor Arantes para me substituir.

Patrícia apenas o observava, em silêncio, os dedos tamborilando na taça de vinho que o garçom acabara de servir.

— Então você não sente mais nada por ela?

— Sim, acho que sinto tesão. — Ele deu de ombros, cínico.

— Laura ficou mais linda do que eu me lembrava. Está confiante, mais mulher. Sabe o que quer. E isso só me faz ter vontade de transar com ela de novo. Mas é só isso.

— E ela?

— Me despreza. E eu… eu tô morrendo de vontade de dar o troco. De ver aquela pose dela ruir.

O silêncio entre os dois se alongou, tenso, carregado de possibilidades. Patrícia então sorriu — um sorriso perigoso, calculado, venenoso.

— Então talvez possamos ajudar um ao outro, Augusto.

Ele ergueu os olhos para ela, desconfiado.

— Como assim?

Ela se aproximou mais, como uma cobra prestes a dar o bote.

— Você a leva para a cama. Só isso. Faz parecer que ainda tem um caso com ela. E eu... — ela sorriu mais, os olhos frios

— Me encarrego de fazer com que Heitor os pegue em flagrante.

Ele riu.

— É claro que eu topo.

Patrícia cruzou os braços.

— Mas me diga… você acha mesmo que tem potencial para seduzi-la? Afinal, agora ela está transando com o Heitor. E posso garantir… por experiência própria, que ele, além de lindo, também é muito bom de cama... o que torna as coisas bem mais difíceis para você.

Augusto franziu os lábios, com olhar calculista.

— Não se preocupe. A Laura vai ser minha pelo menos por uma noite.

— E se não for por bem… — ele se inclinou, baixando a voz — eu sei exatamente o que fazer pra ela querer.

— Uma bebidinha batizada resolve qualquer resistência. Você entende o que quero dizer.

Os dois sorriram, cúmplices. Dois predadores. Duas mentes envenenadas.

Levantaram as taças e brindaram.

— À separação de Laura e Heitor — disse Patrícia.

— E ao lucro que terei no processo — completou Augusto.

O som do cristal tilintando selou o pacto mais sujo de suas vidas.

Patrícia observava Augusto enquanto ele assinava o recibo do vinho, satisfeito com o acordo sujo que acabava de firmar. Ele era um canalha previsível e ganancioso — exatamente o tipo de homem fácil de controlar. Ela não confiava nele, é claro, mas não precisava disso. Só precisava usá-lo, como já fizera com tantos outros.

Quando ele se despediu com um sorriso cínico e deixou o Café ,ela ficou mais alguns minutos ali, girando a taça de vinho nas mãos com elegância pensativa. O rubi líquido refletia as luzes amareladas do ambiente, como se ela estivesse segurando o próprio veneno prestes a ser servido.

"Logo Heitor estará livre...", pensou, com um leve sorriso curvando seus lábios perfeitamente pintados.

"Livre daquela vadia fingida, daquela boneca sonsa que teve a audácia de se colocar no meu caminho."

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