Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 69

Heitor ficou ali por um segundo, parado, imóvel. O rosto ainda ardia do tapa. Os lábios ainda sentiam o gosto dela.

E então… veio o caos.

Ele chutou a cadeira com força, jogou o telefone contra a parede, empurrou os papéis, a pasta, o notebook… tudo voou.

Gritou. Um grito abafado, preso no peito. Raiva. Frustração. Dor.

Mas o que mais doía… era o que ele sabia, no fundo, e que agora gritava dentro dele como uma sentença cruel:

Ele estava apaixonado

E havia perdido a única mulher que ousou desafiar seu controle.

A única que não implorou para ficar.

A única que o amou… e ainda assim escolheu partir.

Mais do que Patrícia.

Muito mais.

Laura era a mulher que ele não queria…

Mas agora sabia que precisava.

E talvez já fosse tarde demais.

O som dos saltos de Laura ecoou alto pelo saguão da Holding Arantes.

Dessa vez, não havia pressa.

Nem medo.

Apenas a certeza de que não voltaria mais.

Cada passo que dava era uma despedida silenciosa.

Dos corredores.

Das paredes de vidro.

Dos olhares curiosos.

E, principalmente, de Heitor.

Ao atravessar a porta giratória, o vento frio da tarde acariciou seu rosto, como se a cidade a recebesse de volta.

Ela parou na calçada, inspirou fundo e fechou os olhos por um breve instante.

Estava livre.

Do homem.

Do jogo.

Do labirinto emocional que a consumia dia após dia.

Foi quando o celular vibrou.

Ela abriu os olhos devagar e, por um segundo, seu coração disparou.

A tela brilhava com o nome dele: Heitor Arantes.

O polegar parou sobre o botão verde.

Por um instante, pensou em atender.

Ouvir sua voz.

Talvez… uma desculpa.

Uma confissão.

Mas então… a realidade caiu como um balde de água gelada.

Ele era um ciclo. Um vício. Uma prisão.

E ela…

não era mais um brinquedo.

Abaixou o telefone, respirou fundo e apertou o botão vermelho com firmeza.

Desligar.

O aparelho tremeu de novo. Nova ligação.

Ela apenas o colocou no silencioso e enfiou na bolsa.

— Não, Heitor. — murmurou para si mesma, caminhando pela calçada.

— Você não vai me usar quando quer…

E depois vir me recuperar como se nada tivesse acontecido.

O celular continuava vibrando lá dentro, abafado, insistente.

Mas Laura seguia em frente.

Com o coração ainda machucado.

Mas a cabeça erguida.

E a alma… cada vez mais leve.

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