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Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 82

Subiu as escadas devagar, os passos ecoando pelo corredor escuro da mansão. A única coisa que desejava era um banho quente. Precisava se livrar da sensação de estar sujo por dentro, como se cada segundo dentro daquela delegacia tivesse deixado marcas em sua pele.

Quando abriu a porta do quarto, no entanto, parou.

E ficou ali. Sem respirar por alguns segundos.

Laura estava ali.

Dormia em sua cama como se sempre tivesse pertencido àquele espaço. Estava encolhida entre os travesseiros, o lençol subindo até a metade das coxas, e vestia apenas uma camisa dele — larga, folgada, mas que deixava visíveis as linhas suaves de suas pernas nuas e a curva sutil do quadril.

Heitor piscou, confuso. Achava que ela havia ido embora. Depois da discussão, depois de tudo o que viveram... estava certo de que ela não queria mais nada com ele. Acreditava que ela o julgava como todos os outros , como um assassino, um monstro, alguém do qual devia se afastar.

Mas ali estava ela.

E dormia em sua cama.

Ele fechou a porta com cuidado, como se qualquer ruído fosse capaz de espantar aquela visão inesperada. Caminhou em silêncio até a poltrona no canto do quarto e sentou-se, observando-a. Laura dormia profundamente, os lábios entreabertos, os cabelos bagunçados pelo travesseiro. Seu rosto parecia mais jovem, mais sereno... quase inocente.

Ele a observou por longos minutos, em silêncio, sentindo a mente e o corpo entrarem em conflito. Desejo, exaustão, raiva, confusão. Era uma mistura perigosa e, mesmo assim, familiar.

Ela era o centro de tudo. A origem do caos, mas também o único ponto de equilíbrio que ele conhecia.

Seu olhar percorreu as pernas dela, os dedos delicados pousados sobre o lençol, a camisa que deixava à mostra parte de um ombro nu. O coração bateu mais forte, traidor, e seu corpo respondeu como sempre respondia à presença dela, mesmo depois do inferno que foi aquela noite.

Como podia desejá-la naquele estado? Como podia ainda sentir vontade de tocá-la, de tomá-la nos braços, quando tudo ao redor parecia desmoronar?

Porque era ela.

E, mesmo sem entender o motivo, Laura ainda estava ali.

Talvez não acreditasse nele. Talvez tivesse dúvidas. Mas, ainda assim, não foi embora.

E naquele momento, isso bastava.

Heitor se recostou na poltrona, os olhos fixos nela, como se estivesse vigiando um segredo precioso que o destino, por alguma razão, ainda não havia lhe tirado.

Heitor estava de costas para ela, o corpo úmido, definido, escorado no azulejo. A água escorria por ele como uma carícia, e seus movimentos lentos, carregados de prazer contido, a hipnotizaram. Sentiu os mamilos enrijecerem instantaneamente e uma umidade quente brotar entre suas coxas. O desejo a atingiu como um raio.

Ele estava tão concentrado em seu próprio prazer, perdido nela mesmo sem saber, que não percebeu sua presença até sentir uma mão pequena e quente cobrir a dele.

Heitor abriu os olhos, surpreso, o olhar em choque ao ver Laura ali, nua, molhada, com os olhos escuros de desejo.

— Deixa que eu faço isso por você. — sussurrou ela, a voz rouca, carregada de intenção.

O corpo dele respondeu imediatamente, ficando ainda mais rígido, mais entregue. Heitor soltou a respiração com um gemido abafado e tirou a própria mão, deixando que apenas a dela o tocasse. Fechou os olhos, rendido, enquanto sentia o toque dela mais firme, mais íntimo, mais certo.

— Aliás... acho que posso fazer melhor do que isso. — completou Laura, com um sorriso ousado nos lábios.

Antes que ele pudesse reagir, ela se ajoelhou diante dele, os olhos cravados nos dele, e o tomou seu membro rígido em seus lábios ,com a mesma fome que ele sentia por ela. Heitor arqueou o corpo contra o azulejo, a cabeça encostada na parede, os dedos afundando nos cabelos dela.

A água escorria pelos dois corpos, como uma bênção silenciosa sobre o reencontro de duas almas que ardiam uma pela outra. Não havia culpa, não havia dúvida. Apenas desejo e entrega.

E, naquele instante, nenhuma acusação, nenhum delegado, nenhum pesadelo era capaz de tirá-lo daquele momento.

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