Heitor sentiu a raiva subir pelo corpo como labaredas. Fixou os olhos em Karina com frieza, a voz controlada, mas cortante como uma lâmina.
— O que você quer de verdade, Karina? Fama? Vingança? Ou apenas me ver destruído porque eu nunca quis você? Você está mentindo descaradamente, e sabe disso.
Ela cruzou os braços, afetando uma postura de vítima que só fez aumentar o desgosto que Heitor sentia.
— Eu só quero justiça, Heitor. Você quase me matou , e agora vai pagar por isso e te. mais não duvido que você tenha matado essa mulher, a qual se relacionou no clube.
— Justiça? ele riu, sem humor.
— Você não quer justiça ,sua louca ,o que você quer é vingança porque até hoje não aceita que eu nunca me relacionaria como uma mulher desequilibrada como você, mas ainda vai pagar por toda essas calúnias que está inventando sobre mim,pode acreditar.
Ela se virou para o delegado, a voz trêmula, teatral:
— Está vendo? Ele é perigoso. Me intimida, me ameaça, e agora quer fazer parecer que eu sou a louca.
Heitor se levantou um pouco da cadeira, os punhos apoiados na mesa.
— Eu nunca pus as mãos em você sem consentimento. Nunca ultrapassei o limite de nenhuma mulher. Nunca.Você sabe muito bem disso.
— Chega! — a voz do delegado Rubens ecoou firme pela sala.
— Isto aqui não é uma arena. Não admito discussões nem acusações cruzadas sem provas.
Henrique se adiantou, mantendo a postura firme e profissional.
___Delegado, ficou óbvio que a senhorita Souza não têm nenhuma prova contra meu cliente é apenas a palavra dela contra a dele então eu peço que seu depoimento não seja levado em conta se ela não tem provas concretas contra ele.
O delegado Rubens recostou-se na cadeira, os dedos tamborilando sobre a mesa em silêncio. O ar parecia pesar dentro da sala, como se a tensão tivesse tomado forma física. Seus olhos semicerrados alternavam entre Heitor, Karina e Henrique, analisando cada gesto, cada palavra não dita.
— Senhor Henrique — disse ele, por fim, com voz firme
—Sei que está apenas fazendo o seu trabalho, mas não cabe ao senhor decidir o valor do depoimento da testemunha.
Henrique assentiu, mantendo a compostura.
— Claro, delegado. Só estou apontando que, até o momento, não foi apresentada nenhuma prova material. Apenas acusações. E estamos lidando com a reputação e a liberdade de um homem inocente.
— Inocente? — Karina exclamou, a voz beirando o histerismo.
— Ele é um monstro! Ele me machucou e depois me deixou cheia de cicatrizes . E agora quer bancar o empresário respeitável.
Heitor se limitou a encará-la. Por dentro, seu sangue fervia. Mas por fora, manteve a expressão de aço. Já tinha aprendido que o controle era sua maior arma — e naquele momento, mais do que nunca, precisava usá-la.
— Ela está mentindo — repetiu, mais uma vez, com firmeza.
— E eu já deixei óbvio o motivo.
— Vamos manter o foco nos fatos — cortou Rubens, seco.
— Senhor Arantes, a senhorita Souza apresentou cicatrizes que alega terem sido causadas pelo senhor. São feridas antigas, mas localizadas em regiões compatíveis com práticas de BDSM mais extremas.
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