As perguntas se transformavam em acusações. Ela tentava manter a compostura, mas o pânico começava a surgir.
— Saiam da frente dela. AGORA!
A voz familiar ressoou como uma explosão no meio do caos. E como um redemoinho, a multidão se abriu para revelar Heitor, imponente, furioso, cercado por seus dois seguranças.
— Com licença! — ordenou um dos homens, afastando os repórteres com firmeza.
Heitor se aproximou, o olhar cravado nos rostos dos jornalistas. Protegeu Laura com o corpo, passando um braço em torno de seus ombros.
— Vem comigo — murmurou. — Agora.
Ela não hesitou.
O segurança já trazia o carro, e enquanto ele abria a porta para ela, Laura ainda tentava recuperar o fôlego.
— Como você sabia que isso ia acontecer? — perguntou, ainda trêmula.
— Porque eu conheço a podridão da mídia. E porque agora você é parte da minha vida. Isso te torna um alvo.
— O que está acontecendo, Heitor?
Ele ligou o carro com firmeza, os olhos fixos na rua.
— Uma mulher do clube me acusou. Disse que quase a matei numa sessão. E ainda sugeriu que estou envolvido com o desaparecimento de outra.
— Meu Deus…
— Está mentindo. Mas até provar isso, não vão me deixar em paz e nem você porque sabem que temos algum envolvimento ,além do profissional.
Ela ficou em silêncio. O mundo parecia girar ao contrário.
— Eu devia ter te avisado. — disse ele, num raro momento de vulnerabilidade.
— Mas não queria te envolver. Só que agora não tenho escolha.
Laura apertou o cinto, sem desviar os olhos dele.
— Mas pelo jeito ,eu já estou envolvida , Heitor...me diga a verdade. Toda ela.
Ele a olhou brevemente, os olhos sombrios, intensos, cansados.
Ele a olhou brevemente, os olhos sombrios, intensos, cansados.
— Eu nunca ultrapassei o limite de nenhuma mulher. E vou provar. Mas até lá, quero você segura. E ao meu lado.
Ela assentiu.
— Então vamos enfrentar isso. Juntos.
E naquele instante, enquanto o carro deslizava pelas ruas da cidade rumo à empresa, Laura sabia que sua vida jamais voltaria a ser a mesma.
O carro preto estacionou diante da empresa com os vidros escurecidos, e como um enxame, a imprensa se aglomerou mais uma vez. Repórteres empunhavam microfones, gritavam perguntas, flashes estouravam como tiros. Heitor, ao volante, manteve a expressão dura enquanto Laura observava tudo com os olhos arregalados. O assédio estava fora de controle.
Ele pegou o celular e ligou imediatamente para seu contato direto na Polícia Militar.
— Tem um monte de parasitas bloqueando a entrada da minha empresa. Quero uma viatura aqui em cinco minutos, ou eu não respondo por mim.
Desligou sem esperar resposta. O rosto tenso, o maxilar travado.
— Vamos esperar aqui dentro até a PM chegar. — disse a Laura, sua voz mais baixa, mas firme.
— Não vou permitir que você passe por isso de novo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe.