Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 1

Resumo de Capítulo 1: Meu companheiro: Rejeitada: A Luna do Alfa supremo

Resumo do capítulo Capítulo 1: Meu companheiro do livro Rejeitada: A Luna do Alfa supremo de GoodNovel

Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 1: Meu companheiro, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Rejeitada: A Luna do Alfa supremo. Com a escrita envolvente de GoodNovel, esta obra-prima do gênero Lobisomem continua a emocionar e surpreender a cada página.

Era seu aniversário, mas nada naquela manhã fazia parecer que o dia teria algo de especial. A espuma do sabão escorria pelos dedos finos de Lyra enquanto ela esfregava o chão áspero da ala principal da alcateia, de joelhos, com os cabelos presos em um coque frouxo que não parava de se desfazer, fazendo os fios dos cabelos loiros escaparem do elástico que os prendiam. Ao seu lado, Petra bufava, com o rosto suado e as mangas da blusa arregaçadas até os cotovelos.

— Você já percebeu que quanto mais a gente esfrega, mais esse chão parece sujo? — murmurou Petra, torcendo o pano no balde pela terceira vez.

Lyra soltou um sorriso fraco, mas não respondeu. Estava concentrada em limpar uma mancha escura perto da escada de pedra. Precisava deixar tudo perfeito, assim poderiam ir para a festa durante a noite.

O silêncio que pairava entre elas foi quebrado por risadas estridentes e passos de salto ecoando pelo corredor. As duas se entreolharam antes de se levantarem lentamente, como quem antecipa um desastre.

Não seria a primeira vez que alguém passaria por ali enquanto estavam limpando, mas com certeza seria a primeira vez que aquelas garotas passavam por ali naquele dia, e certamente Petra e Lyra preferiam que elas ficassem longe, bem longe.

Camilla apareceu primeiro. Usava um vestido leve e justo, que se moldava ao corpo como se tivesse sido costurado nele. Ao lado dela vinham Sill, de cabelos avermelhados, e Cleair, que mantinha um ar de desdém fixo no rosto, como se tudo à sua volta fosse indigno de sua presença.

— Ora, ora... vejam só quem está aqui limpando o chão como boas cadelinhas — disse Camilla, a voz carregada de sarcasmo, parando diante das duas.

Petra se enrijeceu, Lyra manteve os olhos no pano que ainda segurava. Não valia a pena provocar, no fim, sairiam como erradas, afinal, não deviam enfrentar as lobas beta, eram ômegas, deviam ser submissas.

Sill riu alto, apontando o balde de água suja.

— No fim, é só essa merdinha de trabalho que elas duas sabem fazer, não é? Deve ser triste servir só para limpar o chão que os outros lobos mais úteis pisam.

Cleair acrescentou com uma risada falsa:

— Pobres dos lobos que tiverem o azar de serem destinados a vocês. A deusa, às vezes, tem um senso de humor cruel.

Camilla avançou um passo e, com um movimento ensaiado de sua bota envernizada, chutou o balde, espalhando a água suja por todo o chão recém-limpo.

— Ai... foi sem querer — disse, sorrindo como uma víbora. — Acho que vocês vão ter que começar de novo. As empregadas incompetentes, precisam se esforçar mais, ou não vão para o baile hoje a noite!

As três se viraram para sair, ainda rindo, mas Petra, com a mandíbula tensa, não conseguiu se conter. Ela sussurrou baixo, sem olhar para trás:

— Um dia essas três vão pagar por tudo isso, ninguém fica num pedestal pra sempre!

— Petra! — Lyra tentou repreender a amiga, mas era tarde demais.

Camilla parou abruptamente, o som de sua risada cessou como uma lâmina cortando o ar. Ela girou nos calcanhares, os olhos brilhando de raiva.

— O que foi que você disse, sua rata imunda?

Antes que Petra pudesse responder, Camilla avançou e agarrou-a pelos cabelos, puxando sua cabeça para trás com brutalidade. Petra gritou, tentando se soltar, mas a loba era mais forte.

— Para com isso! — gritou Lyra, correndo até as duas e segurando o braço de Camilla com força. — Solta ela!

O toque de Lyra foi como uma faísca, a pele de Camilla reagiu imediatamente, deixando uma leve marca avermelhada onde os dedos finos da ômega haviam apertado. Ela arregalou os olhos, surpresa, e soltou Petra, mas o choque logo foi substituído por pura fúria.

— Sua omega nojenta! — rosnou ela, erguendo a mão e acertando um tapa no rosto de Lyra com toda a força.

O estalo ecoou como no corredor vazio e Lyra caiu de joelhos, com a bochecha ardendo. O mundo girou por um instante, mas não foi a dor física que a abalou.

Foi o que sentiu logo em seguida.

O dom que guardava em segredo desde que se entendia por gente explodiu em sua mente no momento em que Camilla a tocou. Era como se tivesse acessado um baú trancado, um turbilhão de emoções invadiu seu peito. Raiva, sim, crueldade e ódio também. Mas por baixo de tudo... estava a inveja. Uma inveja quente, corroída, pulsando no fundo da alma da loba como veneno.

Lyra encarou Camilla com os olhos arregalados, sem entender.

Inveja de quê? Ela era só uma empregada, uma ômega sem nada, sem ninguém. Por que Camilla, a mais forte, a mais bonita, a preferida do alfa, invejaria alguém como ela?

— Você não serve nem pra limpar as patas de um lobo — cuspiu Camilla, sacudindo os cabelos ao se virar. — Nunca deveria ter nascido.

Petra correu até Lyra, agachando-se ao seu lado.

— Lyra... você tá bem? — perguntou, tocando seu rosto com delicadeza.

Lyra assentiu, embora sentisse o gosto metálico do sangue na boca.

— Ela é horrível — murmurou Petra. — Horrível. Um dia ainda vai pagar por tudo isso.

— Só queria saber porque ela é assim com a gente… — sussurrou Lyra, mais para si mesma do que para a amiga. — Não fazemos nada de errado, só estamos limpando, só isso…

Petra suspirou e a ajudou a se levantar.

— Ela é só uma vadia frustrada, só isso, está só procurando alguém para soltar aquele maldito veneno.

As duas voltaram a esfregar o chão, agora sujo não só de sabão, mas também de humilhação. Nenhuma disse mais uma palavra. O som dos panos deslizando no piso era o único que preenchia o espaço. E enquanto a espuma se acumulava novamente ao redor do balde tombado, Lyra sentia que, de algum modo, aquela seria a última vez que limparia aquele chão.

Porque a noite mais importante de sua vida sequer havia começado.

***

Algumas horas depois, o céu já tingia os contornos da floresta com tons alaranjados e dourados. A luz do crepúsculo escorria pelas janelas do alojamento, pintando de esperança os corações de Lyra e Petra. O trabalho havia terminado, o castigo imposto por Camilla era agora apenas uma mancha entre tantas, nada conseguiria apagar o brilho daquela noite.

Capítulo 1: Meu companheiro 1

Capítulo 1: Meu companheiro 2

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