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Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 30

— Como predadores, um por um. Guerrilheiros nossos sumiam, rastreadores desapareciam, famílias inteiras fugiram de medo. Tivemos que nos esconder, recuar... e lutar.

O silêncio entre os dois foi pesado por alguns segundos, o vento balançava os galhos das árvores ao redor do pátio, e as sombras dançavam sobre o chão.

— Então… como vocês sobreviveram?

— Aliança — respondeu Solomon, recomeçando a caminhada. — Com quem nunca imaginamos que estaríamos do mesmo lado… Bruxas.

River arqueou a sobrancelha, surpreso.

— Bruxas?

— Sim. Um pequeno clã de mulheres que também estavam sendo caçadas pelos anciões. Eu encontrei uma delas, ferida, sozinha na floresta. Poderosa… mas quase morta, trouxe pra cá. A curamos e, em troca, ela nos apresentou as outras. Elas vivem mais ao norte, escondidas entre as árvores. Criaram uma vila por lá, pequena, mas cheia demagia, da mais poderosa.

River caminhava em silêncio, absorvendo cada palavra. Aquilo não era apenas surpreendente, era inédito. Ele havia crescido ouvindo que bruxas eram inimigas naturais dos lobos, criaturas traiçoeiras, perigosas.

— E essa aliança… funcionou?

— Melhor do que eu esperava. Elas lançaram feitiços de ocultação poderosos. Humanos nunca mais chegaram perto, nem caçadores, nem patrulhas do governo, nem outros clãs. Para quem vê de fora, essa parte da floresta é só mais um trecho inóspito da mata. Invisível.

— E em troca?

— Território, proteção. Um lugar seguro pra elas criarem os filhos, estudarem magia sem medo, um pacto de sobrevivência.

River parou, olhando ao redor. Seus olhos percorreram o hospital atrás de si, o céu aberto, as árvores altas ao longe.

— Você fez um bom trabalho, Solomon.

— Eu fiz o que precisava ser feito. Mas a verdade, River… é que todos sentiram sua falta. Todos. O seu nome nunca deixou de ser murmurado nas rodas de fogo, nos treinos, nas noites de lua cheia. Você é o alfa, mesmo dormindo.

— Solomon...

— Não — o outro interrompeu, ainda olhando os guerreiros. — Eu falo sério, River. Durante muito tempo, tivemos medo. Medo do que éramos, do que poderíamos ser. Os anciões nos quebraram por dentro, mas... quando você sumiu, algo em mim disse que era hora de lutar. E eu lutei. Não apenas contra eles... mas contra a sombra que deixaram em nós.

Eles voltaram a andar, saindo do pátio em direção a uma trilha mais estreita, ladeada por árvores com folhas densas. Ao longe, o som de água correndo podia ser ouvido.

— Automatizei tudo o que consegui — disse Solomon, mudando levemente o tom. — Com a tecnologia dos humanos avançando, era arriscado demais manter tudo como antes. Instalei câmeras nas fronteiras, sensores de movimento... temos conexão com satélites, uma pequena central de dados escondida nos subterrâneos do hospital.

— E ninguém percebeu vocês aqui? — River franziu o cenho, surpreso.

— As bruxas fizeram bem o trabalho delas, muito bem mesmo, nenhum humano enxerga nada. Para eles, isso aqui é uma floresta densa e inabitada. O hospital, o pátio de treinamento, a vila das bruxas... tudo invisível.

— E os humanos que estão aqui?

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