Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 34

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Lyra caminhava ao lado de River, de mãos entrelaçadas, enquanto seus cabelos úmidos pingavam discretamente pelas costas. A brisa fresca da noite acariciava seu rosto, mas não era suficiente para apagar os rastros do choro que ainda manchavam seus olhos, levemente avermelhados. Mesmo assim, ela sorria, um sorriso tímido, sincero e um pouco trêmulo, como se aquele breve momento de paz ao lado dele tivesse sido tudo o que precisava para respirar de novo.

River a observava com a mesma atenção de sempre, como se cada expressão dela fosse preciosa demais para não ser notada. Seus passos eram firmes, mas lentos, como se não quisesse que aquele instante terminasse tão cedo. Ao fundo, a música da festa ainda ecoava pela clareira, mesclando-se às risadas, vozes e ao crepitar intenso da fogueira que iluminava o centro da alcateia.

Lyra o puxou com leveza em direção à pista improvisada de dança, onde alguns casais giravam de forma desajeitada, entre pulos, risos e movimentos que claramente não seguiam regra alguma.

— Vamos — ela disse, com um brilho impaciente no olhar. — Só uma dança.

— Eu… — River hesitou, coçando a nuca com a mão livre. — Não danço assim. Essa música… essa dança, não é nada parecido com o que eu dançava no meu tempo.

— Não é como se alguém se importasse, relaxe — ela sorriu. — Olha ao redor, estão todos se divertindo. É isso que importa.

Ele olhou para a pista, alguns casais dançavam juntos, outros riam enquanto se moviam nas batidas da música, todos pareciam relaxados.

— Você quer mesmo me ver passar vergonha, não é?

— Não — respondeu, se aproximando ainda mais e subindo as mãos até o pescoço dele. — Quero dançar com meu companheiro, não posso?

A música animada logo se dissipou, sendo substituída por uma melodia lenta, Lyra não conhecia, mas certamente era alguma diva pop humana, dando ao momento uma atmosfera íntima, romântica até. River envolveu Lyra pela cintura, aproximando seus corpos, e ela apoiou a cabeça no peito dele. Dançavam em silêncio, sentindo um ao outro, os movimentos suaves e quase instintivos.