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Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 73

O corpo de Camilla enrijeceu. A menção daquele nome pareceu arrancá-la de qualquer tranquilidade que ainda restava naquela manhã.

— Petra...? — sussurrou, apertando a filha contra o peito como se instintivamente buscasse protegê-la de algo invisível. — A Petra... amiga da Lyra?

Tommy assentiu com gravidade.

— Está machucada. Não sei o quanto... mas parecia exausta, com hematomas. Ela mal conseguia falar.

Camilla levou a mão ao coração, sentindo o sangue se gelar.

— O que aconteceu? Onde ela estava? Por que voltou agora? Ela deveria estar na lua sangrenta! — as perguntas saíram atropeladas, ansiosas. — Ela fugiu... não disse nada... isso foi antes de tudo acontecer, mas sabia que tinha encontrado seu lugar lá… Então… Por que está aqui e toda machucada?

— Eu sei — respondeu ele, dando um passo mais perto da cama. — Mas você precisa se acalmar. Ainda está se recuperando, não pode se envolver nesse tipo de coisa agora. O médico disse sem estresse, lembra?

— Ela era amiga da Lyra, Tommy! — exclamou Camilla, sentando-se mais ereta, o tom de voz ganhando firmeza. — Se voltou machucada, é porque alguma coisa está errada. E se há algo errado, precisamos saber agora, eles são nossos aliados, lembra?

Tommy suspirou pesadamente.

— Eu entendo. Mas você acabou de ter seus bebês, tem dormido mal, está fraca...

— Eu estou bem o suficiente para andar até a enfermaria.

— Camilla...

— Não — interrompeu ela, já deslizando as pernas para fora da cama. — Iss pode respingar em nós e você sabe, além disso, quero saber pessoalmente o que está acontecendo, precisamos nos preparar e, se for preciso, ajudar a alcateia de Lyra. Não posso ficar aqui deitada!

— Sim, pode ficar aqui sim! — ele rebateu com mais intensidade do que gostaria, mas quando viu a expressão nos olhos dela, suavizou. — Só estou tentando te proteger, Camilla.

Ela se levantou com calma, fazendo uma careta de dor, o corpo protestando com uma fisgada na lombar. Ainda assim, manteve o queixo erguido.

— Obrigada, Tommy, mas eu sou a Luna, essa responsabilidade também é minha. Se Petra apareceu aqui... então talvez algo muito maior esteja por vir.

Uma loba mais velha entrou no quarto após uma batida discreta. Camilla imediatamente estendeu a bebê para ela com delicadeza.

— Cuide dela por mim, volto logo.

A loba a recebeu nos braços com carinho e um pequeno sorriso, fazendo uma leve reverência com a cabeça. Tommy se aproximou, estendendo a mão como se ainda esperasse convencê-la a desistir, mas ela já amarrava o robe de linho claro sobre o corpo, determinada.

— Camilla...

— Ela está lá dentro? — perguntou.

— Está. Dormindo, mas inquieta — respondeu um dos guardas. — O curandeiro aplicou um sedativo leve. Tinha sangue seco nas roupas, está bastante machucada, com vários hematomas, os pulsos estão marcados também.

Camilla franziu o cenho.

— Algum sinal de luta?

— Não — disse o segundo guarda. — Mas o cheiro dela... estava misturado com algo estranho, algo bem forte, nos deixou até enjoados só de estarmos perto, Luna. Lobos, terra sangue e essa coisa.

Ela trocou um olhar rápido com Tommy.

— Assim que ela acordar, quero estar presente. Até lá, mantenham a porta fechada e ninguém entra sem minha autorização.

Os guardas assentiram em uníssono.

Camilla respirou fundo, tentando acalmar o próprio instinto. Sentia a adrenalina correr por suas veias, o corpo exigindo respostas que ainda não tinha.

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