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Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 74

— Está certo. Vamos esperar que ela acorde, Tommy e eu seremos os primeiros a falar com ela.

— Claro — respondeu o médico.

Camilla não saiu dali.

Ela puxou uma cadeira, sentando-se ao lado da maca, observando a Petra como quem observa um campo de batalha vazio. Suas mãos apertavam os joelhos, e os olhos examinavam cada detalhe do rosto da loba, tentando entender o que poderia ter acontecido. Algo dentro dela dizia que aquilo era apenas o começo.

***

As horas passaram lentamente, com apenas o som dos monitores cardíacos preenchendo o silêncio do quarto. Tommy saiu por um tempo para resolver assuntos da alcateia, mas Camilla permaneceu ali, firme, mesmo quando a dor no corpo começava a se intensificar. A presença da Luna não passava despercebida, os enfermeiros caminhavam em silêncio ao redor dela, murmurando respeito entre si.

Então, finalmente, Petra se mexeu.

Foi um movimento fraco, um leve estremecer dos dedos. Camilla se levantou imediatamente, inclinando-se para mais perto.

— Petra? — chamou, a voz suave. — Petra, está me ouvindo?

A loba gemeu, os olhos abrindo-se lentamente. Estavam turvos, confusos, ela piscou algumas vezes, tentando focar, até que finalmente reconheceu o ambiente.

— O... onde...?

— Está segura — disse Camilla, tocando suavemente o ombro da loba. — Está na Ventos Sombrios. Eu sou Camilla, lembra de mim? Lembra de alguma coisa?

Petra empalideceu ainda mais, os olhos se arregalando de pavor.

— N-não! — ela se encolheu, tentando se afastar. — Por favor... por favor, não me machuquem! Eu só preciso de ajuda, eu... por favor...

A dor nas palavras da loba cortava como lâminas afiadas. Ela estava desesperada, fraca, destruída.

Camilla não hesitou.

Ela segurou a mão de Petra e a envolveu num abraço apertado, ignorando qualquer formalidade. Petra soluçou contra o ombro da Luna, sendo acolhida como nunca antes havia sido naquele lugar. Por longos minutos, o quarto ficou em silêncio, apenas os sons abafados do choro preenchendo o espaço.

Quando Camilla se afastou, seus olhos estavam úmidos, mas a expressão era de decisão.

Ela olhou para Tommy, que tinha acabado de voltar para o quarto, observando tudo em silêncio.

— Vamos ajudar — disse, firme. — Lyra salvou todos nós de Kael. Agora é a nossa vez de retribuir.

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