Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 82

O céu ainda estava escuro quando River saiu da mansão da Lua Sangrenta, os olhos brilhando com a intensidade da lua que iluminava o pátio. O vento frio da madrugada agitava seus cabelos enquanto ele observava a formação dos lobos diante de si. Eram quase duzentos guerreiros, vindos não apenas de sua alcateia, mas também das alcateias de Erwin e Connan. A elite de cada uma, os melhores entre os melhores, reunidos para um único propósito: salvar Lyra e destruir a tirania dos anciãos.

Alguns lobos haviam ficado para proteger as três alcateias, mas ali, naquela linha de frente, estavam apenas os mais letais, os que não hesitariam em dar a própria vida. O silêncio do grupo era pesado, carregado de expectativa e sede de sangue.

River caminhou até uma pedra alta, subindo nela com passos firmes. Seus olhos percorreram cada rosto, cada soldado que esperava suas palavras antes da batalha. Quando falou, sua voz cortou o ar frio como uma lâmina.

— Irmãos! — começou, a voz firme, carregada de emoção. — Hoje não é apenas por mim, nem apenas por minha Luna. Hoje é pelo futuro de todos nós!

Os olhares se acenderam, alguns lobos rosnaram baixo, outros cerraram os punhos em resposta.

— Por tempo demais fomos controlados pela mentira dos anciãos! Eles nos roubaram famílias, filhos, companheiros! Hoje, nós vamos recuperar o que é nosso! Hoje vamos trazer Lyra de volta e mostrar para a Alcateia Central que eles não são deuses! — A voz dele ecoou na floresta. — Hoje, nós os faremos sangrar!

Um uivo uníssono explodiu entre os lobos, ecoando pela noite como uma promessa de guerra.

— Por Lyra! — River rugiu.

— Por Lyra! — todos repetiram, transformando o grito em um rosnado de pura fúria.

Então, o caos começou.

Os guardas mal tiveram tempo de reagir quando duzentos lobos surgiram da escuridão, avançando com fúria. Gritos e uivos se misturaram, o cheiro de sangue fresco invadiu o ar, e a luta tomou conta da superfície do calabouço.

River, em sua forma de Lycan, era uma visão de puro terror para qualquer lobo que não estivesse ao seu lado na guerra. Saltava sobre os inimigos com a velocidade de um raio, as garras dilacerando carne e os dentes esmagando ossos. Ele não via rostos, apenas obstáculos entre ele e sua companheira. Cada guarda que caía sob suas garras era mais um passo em direção a Lyra.

Solomon lutava ao lado do amigo, igualmente implacável, esmagando lobos inimigos com a força de um furacão. Erwin e Connan lideravam seus próprios grupos, abrindo caminho com violência brutal, deixando o chão encharcado de sangue.