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Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 93

O campo de batalha mergulhou em silêncio por alguns instantes, quebrado apenas pelos uivos distantes de dor e pelo vento que carregava o cheiro pesado de sangue e terra. O último ancião tombara, e o corpo colossal do lobo jazia imóvel no chão encharcado. Ao lado dele, o sangue ainda escorria quente, formando pequenos riachos rubros que manchavam a lua refletida nas poças.

Lyra uivou, erguendo o focinho para o céu, sua voz carregada de triunfo e luto ao mesmo tempo. Seu pelo claro estava manchado de sangue ela estava ferida, mas haviam vencido, aquilo que importava. Ao seu lado, River, ainda em sua forma de Lycan, respirava ofegante, o peito subindo e descendo em ritmo acelerado. O pelo negro estava coberto de sangue, dele e dos inimigos, e suas garras pingavam com o sangue do ultimo ancião vivo.

O Lycan se abaixou, então, com um golpe arrancou a cabeça do ancião já morto, erguendo-a para que todos vissem. Então, os olhares de terror dominaram os rostos dos soldados remanescentes da Alcateia Central, seu último líder estava morto, isso significava que, contra tudo o que acreditaram, eles haviam perdido. Quando River falou, sua voz ecoou como trovão, distorcida e monstruosa pela forma de Lycan:

“Se rendam… ou morrerão como seus líderes!”

O eco de sua voz percorreu toda a clareira, batendo contra as árvores e voltando, quase como se o próprio mundo estivesse repetindo suas palavras. Os soldados, antes cheios de ódio e confiança na vitória, agora tremiam de medo. Alguns recuaram instintivamente, e, em questão de segundos, a certeza da derrota se espalhou como uma doença entre eles.

Um a um, começaram a mudar para a forma humana. O som dos ossos e músculos se ajustando ecoou pela batalha recém-silenciada. Logo, dezenas de homens e mulheres, antes lobos ferozes, estavam ajoelhados no chão, sujos de sangue e lama, com os olhos baixos diante do Alfa Supremo. Rendidos entregues ao destino que o vencedor da batalha decidisse fosse a morte, exílio ou qualquer outra coisa que River achasse preciso.

O supremo olhou ao redor, ainda com o peito arfando. Seus olhos de fera analisavam cada inimigo rendido, e por um instante, ninguém ousou respirar alto demais.

“A guerra acabou… A alcateia central esta… Destruida!” disse ele, a voz reverberando por toda parte. “Quem levantar uma só garra contra minha alcateia… morrerá.”

— Nós vencemos… — sussurrou Lyra, encostando o rosto no ombro dele.

— Vencemos… — respondeu ele, com a voz rouca. — Mas a vitória não é tam doce quanto a gente pensou que seria, não é?

Lyra ergueu os olhos e viu o rastro de destruição. Corpos de aliados e inimigos misturavam-se no chão. Sangue e lama formavam um cenário de horror, o vento frio da noite parecia carregar consigo o lamento dos mortos. Realmente venceram, mas a vitória veio com sangue, de inimigos e aliados, sangue de lobos como eles.

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