O momento de silêncio foi interrompido por um grito conhecido.
— Camilla! — A voz de Tommy ecoou desesperada.
Ele havia voltado a forma humana e mancava em direção a ela, havia machucado a perna na batalha e tinha enormes arranhões no peito, mas nada que não se curasse após alguns dias.
River e Lyra se viraram ao mesmo tempo, e seus corações se apertaram com a cena que viram.
Camilla caminhava em direção a eles na forma humana, completamente ensanguentada. Sua mão direita estava pressionada contra o lado esquerdo do rosto, e o sangue escorria entre os dedos. Quando ela se aproximou, puderam ver com clareza os três grandes arranhões que atravessavam seu rosto, um deles cortando exatamente sobre o olho esquerdo, que agora estava perdido para sempre. Aquelas cicatrizes ficariam ali para sempre eram as feridas feitas por um ancião no auge do seu ódio, marcas eternas de um lobo de poder imenso.
Tommy correu até ela e a envolveu nos braços com carinho, quase desesperado, como se quisesse protegê-la de toda dor que o mundo pudesse causar. Ele acariciou os cabelos dela, sujos e cheios de sangue, enquanto a apoiava com cuidado.
— Vai ficar tudo bem… Eu prometo, meu bem… — disse ele, tentando controlar o tremor na voz. Sabia que ela estava sentindo dor, só queria poder protegê-la.
Mas agora, sem guerras e sem a tirania dos anciãos poderiam viver em paz, ao menos era o que ele esperava.
Ela respirou fundo, tentando sorrir mesmo diante da dor.
— Droga… Você… você não vai mais gostar de mim… — sussurrou, a voz embargada. — Eu estou… horrível agora…
River e Lyra assistiam à cena com o coração apertado, sentindo o peso de cada perda daquela batalha. A lua, que antes parecia sangrenta, agora iluminava um campo devastado, onde a vitória tinha gosto de luto.
Ao redor, os sobreviventes começaram a se aproximar, alguns mancando, outros carregando corpos de aliados caídos. A alcateia havia vencido, mas aquela noite jamais seria esquecida, sacrifício dos que se foram ficaria para a história.
Os portões principais estavam completamente destruidos, assim como os muros. Os jardins e suas flores se tornaram apenas um emaranhado de terra, flores amassadas e sangue e a entrada da casa da alcateia também estava caótica e destroçada. Mas os daos materiais nada se comparavam as vidas que foram perdidas naquela noite.
O mundo dos lobos estava liberto da tirania dos anciãos, mas às custas do sacrifício e das vidas de lobos e lobas que se entregaram para que isso acontecesse que deram a si mesmos em nome do bem maior.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Rejeitada: A Luna do Alfa supremo
Excelente pena que nao tem o livro impresso....
Muito bom! Livro excelente! História bem amarrada! Estou quase no final! Recomendo!...