Resumo de The one – Uma virada em Segunda Chance(Completo) de Thay
The one mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Segunda Chance(Completo), escrito por Thay. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Luiza folheou a revista de forma desinteressada. Ela encontrava-se sentada em um café em frente ao hotel Magno. Por mais que não quisesse admitir tinha se interessado por Valentin. Não, ela não tinha se interessado por ele e sim por sua frieza. Desde pequena conseguia tudo o que desejava e ao vê-lo soube no primeiro instante que ele nunca seria dela e isso a fez querer lutar, mostrar que estava errada e que conseguia qualquer coisa. Olhou em seu relógio mais uma vez cansada de esperar por ele. Havia marcado com a sua secretaria uma semana antes para que ele comparecesse naquele encontro e ele estava atrasado. Ela já estava arrumando as suas coisas para ir embora quando o viu atravessar a porta, olhar para os lados e ir em sua direção com o semblante impassível.
–Pensei que não fosse vir, como esta? – Luiza o cumprimentou de forma calorosa sendo recebida por um olhar gélido.
–Porque me chamastes? Imaginei que falasse com a minha mãe caso precisasse de algo.
–Sim, é verdade – assentiu ao olhar para ele com interesse – o problema é que ela não pode me ajudar nisso.
–Em que? – indagou sem paciência – estou com uma importante reunião marcada, não posso me atrasar e imagino que me chamou para falar futilidades. Se for desta forma, é melhor eu sair primeiro.
–Não deveria ser tão rude com a sua futura esposa – Luiza tornou séria ao encará-lo – o único que irá lucrar com nosso casamento é sua família, eu poderia muito bem cancelá-lo.
–Então o faça – Valentin não conseguiu deixar de achar divertido a forma como ela lhe falava. Para ele, Luiza não passava de um incomodo, um incomodo que teria que aturar a sua vida toda.
–Se eu o fizer, sua mãe não ficará nada feliz com isso, sabia?
–Quem escutar isso pensará que eu tenho 13 anos de idade e tenho medo de minha mãe – a olhou com desprezo ao levantar-se da cadeira – saiba que nada nesse mundo me mete medo. Se quiser cancelar, cancele-o estará me fazendo um favor ao me poupar de passar a vida ao lado de uma mulher como você, se não o fizer apenas aprenda a se comportar como alguém descente. – virou de costas sentindo uma dor em seguida. Ao se virar percebeu o motivo, Luiza havia jogado uma xícara contra as suas costas – isso é o máximo que pode fazer? – indagou com um sorriso sarcástico deixando-a para trás com ódio em seu olhar.
Assim que Valentin entrou no hotel retirou o seu paletó sujo pelo café que Luiza arremessou nele. Parou em frente ao elevador pensativo e ao parar em frente ao painel com os botões dos andares optara pelo ultimo. Ele necessitava relaxar, espairecer a sua mente. Não demorou para abrir a porta para o teraço e assim que avançou percebeu não estar só. Avistou Jessy de costas para ele, apoiada no parapeito de ferro pensativa. Pegou-se imaginando o que poderia acontecer se ela sofresse um acidente caindo dali.
–O que estou pensando? – se recriminou. Já estava virando as costas quando a viu voltar-se em sua direção e o encarar com uma expressão entristecida.
–Me perdoe, acabei vindo para o seu lugar – Jessy desculpou-se ao olhar para Valentin.
–Eu já vou de qualquer forma.
–Não vá por minha causa, Sr Magno – disse indo em sua direção – já estou saindo vim apenas pensar um pouco.
–Esta com problemas?
–Quem neste mundo é isento de problemas? – ela lhe respondeu com outra pergunta. – e obrigada – agradeceu sem jeito.
–Pelo que?
–Por ter me ajudado no hospital quando desmaiei aqui. Me entregaram o seu cartão de visitas, posso ressarci-lo da conta do hospital.
–Não é necessário, afinal isso ocorreu dentro da minha propriedade. O que mais poderia fazer se não arcar com isso?
–Entendo - murmurou.
–Sobre aquela vez.. ninguém ficou sabendo – falou sério – ninguém do hotel sabe o que aconteceu naquele quarto, pode ficar tranquila.
–Rumores são a ultima coisa que me preocupa, Sr Magno.
–Imagino – murmurou ao olhar para ela duramente- dizem que a culpa é um sentimento pior que a vergonha, concorda?
Jessy o encarou por alguns instante ate esboçar um sorriso triste em sua face.
–Me pergunto...quem é o senhor na realidade. Não é a primeira vez que fala de culpa comigo, parece saber de algo e faz questão de me lembrar. Lhe pergunto, quem és na realidade?
–Posso ser um anjo – respondeu aproximando-se dela – ou... um demônio – murmurou em seu ouvido – basta escolher, e eu serei um deles.
–Do que esta falando? – indagou afastando-se dele – não entendo o que quer dizer.
–Um dia..um dia entenderá, Jessy – falou com um sorriso estranho nos lábios ao lhe dar as costas e sair do teraço deixando-a com uma sensação ruim. Assim que Valentin chegou em sua sala chamou Vanda para que entrasse – Preciso que faça uma coisa para mim – disse a sua secretaria que o olhou com curiosidade.
–Só falar que eu irei realizar.
–Promova Jessy Smiths.
–Como? Ela acabou de chegar.
–Eu sei e isso torna tudo interessante – sorriu enigmático – transforme-a em supervisora do setor de arrumação.
–Mas...
–Apenas faça Vanda – falou sério lembrando-a de quem era o chefe.
–Estará feito hoje a tarde – Vanda disse séria antes de sair da sala dele. Sentou-se em sua mesa, pegou um cartão de visita e suspirou antes de discar os números ali impressos, não demorando para escutar a voz de Alejandro – precisamos conversar. Sim, estarei lá – desligou em seguida ao começar a fazer os documentos para enviar ao RH – ele esta louco. – falou sozinha ao perceber ate onde Valentin estava chegando.
Todos os funcionários do hotel ficaram estupefatos com a noticia da promoção de Jessy e logo boatos começaram a correr os corredores. Todos insinuavam que eles tinham um caso.
–Tenho certeza que ela esta dando pra ele – uma funcionaria comentou com a outra no horário do intervalo delas dentro do banheiro – sabe o que eu escutei? Que ela vive dentro do escritório dele.
Jessy fechou os olhos ao encostar-se na porta da divisória onde estava. Já havia escutado o que algumas pessoas falavam só não esperava ser a culpada na mente de todos.
–Parece que já estou sendo crucificada – murmurou ao olhar para cima. Pensou no que poderia fazer e logo algo surgiu em sua mente
“-Posso ser um anjo – respondeu aproximando-se dela – ou... um demônio – murmurou em seu ouvido – basta escolher, e eu serei um deles.”
–Ele seria capaz? – se perguntou obtendo como resposta a porta sendo fechada. Ela saiu da divisória onde estava, lavou as mãos e seguiu decidida ate o escritório de Valentin. Ao entrar no elevador sentiu suas mãos tremerem e um nervosismo tomar conta de seu corpo, percebeu olhares indos em sua direção a mesa de Vanda – O Sr Magno está? – Jessy indagou séria.
–Sim. Devo avisar que..
–Jessy Smiths deseja vê-lo – tornou séria ignorando o sorriso de lado que Vanda lançou a ela antes de pegar o telefone e falar com Valentin.
–Ele mandou que entrasse.
–Obrigada – murmurou ao andar em direção a porta com detalhes em vidro. Optou por não bater anunciando a sua entrada e ao abrir a porta deparou-se com Valentin abotoando a sua camisa branca e ajeitando-a no pulso.
–O que deseja? – perguntou com um sorriso enigmático nos lábios ao olhar para ela de cima a baixo.
–O que pretende?
–Qual sua relação com essa mulherzinha? – Grace indagou – estais noivo.
–Não, eu não estou noivo ainda. Ela é uma funcionaria de meu hotel, apenas isso.
–Demita-a.
–Não.
–Faça isso ou eu o farei.
–E eu a contratarei novamente – disse sério – o que tem contra ela?
–Ela não é do tipo que pode compartilhar o mesmo ar que nós, entenda isso.
–Entendo que tem algo que me esconde, apenas isso. Saiba que irei descobrir mais cedo ou mais tarde.
–Isso não importa – desconversou – o que fez a Luiza? Ela esta transtornada dizendo que cancelará o casamento.
–Ela não irá fazer isso.
–Como tem tanta certeza?
–Conheço pessoas como ela.
–Pessoas..como ela?
–Sim, convivo com uma a anos – disse olhando firmemente para a sua mãe dando as costas em seguida – agora se me der licença preciso trabalhar.
–Valentin não cometa o mesmo erro de seu irmão.
–Que erro foi esse? De viver? De não lhe escutar?
–Seu irmão foi um tolo, apenas um tolo por não ter me escutado e veja como terminou.
–O que esta dizendo? Teve alguma coisa com a morte dele?
–Não, ele foi o único fraco – disse ao mostrar um brilho diferente em seu olhar – e comporte-se com a sua noiva, precisamos da colaboração.
–Farei o possível.
–Muito bem – falou antes de dar as costas a ele e sair com as mãos tremulas – sempre será assim... – murmurou misteriosa.
Valentin olhou para o nada ao lembrar-se da expressão de Jessy ao beijá-la, e logo se viu com um sorriso estranho nos lábios.
–Talvez a vingança não seja tão chata assim.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance(Completo)
😞 Não é de se admirar que Victor tenha morrido como morreu... Com uma família dessa e sem nenhuma estrutura, uma pessoa pode realmente entrar em crise quando, após se sentir importante para alguém pela primeira vez na vida, acha que perdeu esse alguém... Pessoas vazias geram famílias vazias, que geram outras pessoas vazias, até terminar em desgraça, principalmente quando almas sensíveis são envolvidas por esse vazio de ganância e egoísmo......
Amei,me emocionei muito com esta linda história de amor....
ótimo livro!!...
🥰 Amei...