Segunda Chance(Completo) romance Capítulo 19

Resumo de Lembranças: Segunda Chance(Completo)

Resumo de Lembranças – Segunda Chance(Completo) por Thay

Em Lembranças, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Segunda Chance(Completo), escrito por Thay, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Segunda Chance(Completo).

Valentin se encostou na parede fria do corredor do hotel e ali permaneceu por um longo tempo. Algumas pessoas passavam por ele, mas Valentin não se importava, pois ainda tentava entender o que havia se passado dentro do quarto. A porta de Jessy encontrava-se fechada e apesar disto as imagens ainda estavam vividas na mente dele.

–Como ela pôde.. se sujeitar a tudo sabendo que somos irmãos e de meu desejo de vingança? Ela não pode ser tão abnegada assim. Isso é impossível – comentou consigo mesmo.

***

O corpo de Jessy tremia a medida que as lagrimas caiam pela sua face. Ela encontrava-se ajoelhada no chão, ao lado da cama dela. Seus olhos estavam fechados e suas mãos entrelaçadas como se fizesse uma prece. Ela não sabia o que fazer ou como reagir a partir de agora. Em um lapso, olhou para o telefone a beira da cama, de forma inconsciente o segurou. Seus dedos digitaram o numero que havia gravado ao olhar para o cartão de visita inúmeras vezes ao chegar em casa após ir visitar o seu pai. Seus lábios tremiam. Suas mãos ainda demonstravam o nervosismo que sentira e o medo ainda era visto em seus olhos. Após alguns segundos com o telefone em seu ouvido, escutou a voz que começava a lhe acalmar em seus sonhos.

–Alô – Jon disse do outro lado da linha com a voz sonolenta. – Alguém ai? – ao dizer isso escutou o som de alguém chorando, o que fez se preocupar – ei, você está bem?

–Sou..eu.. – Jessy falou com a voz chorosa – Je..

–Jessy, o que houve? – ele indagou antes que ela terminasse de dizer o seu nome. Ele sabia que algo estava errado assim que atendeu o celular e não reconheceu o numero – onde você esta?

–Eu.. fui uma pessoa egoísta e mesquinha,mas.. está certo sofrer por isso ate não me sentir tão mal?

–Não, não acho que precise sofrer por isso – Jon falou ao passar as mãos em seu cabelo e sentar-se na poltrona mais próxima. Ele olhou para os lados, não demorando em ver a fotografia dele e de sua falecida esposa juntos – se fosse assim, eu deveria me matar para me sentir bem? O que houve com você?

–Eu... ando me deixando ser influenciada, menosprezada, me deixo ser usada por essa pessoa..apenas...para não me sentir culpada. Culpada pela morte dele – disse em meio as lagrimas – eu..só quis o proteger.

–Esta em Londres, não é?

–Sim – assentiu ao passar o dorso de sua mão no seu rosto.

–Façamos assim, quando voltar, iremos nos distrair. Poderei tirar folga do hospital e – antes que ele pudesse terminar, escutou as batidas repetidas no outro lado da linha e aguardou que ela dissesse algo, mas apenas escutou o choro de Jessy ficar cada vez mais alto. Ele não sabia o que estava acontecendo, mas sabia que tinha que ajudá-la.

As batidas na porta do quarto de Jessy se intensificaram ate parar por completo, minutos depois. Ela não se levantou para saber quem foi e nem teve curiosidade, pois tinha medo. Medo de si mesma por não perceber e saber ate onde estava disposta a ir para sentir a culpa sumir de sua alma. Ao colocar o telefone de volta em seu ouvido, escutou apenas o barulho do telefone desligado. O colocou de volta ao gancho, deitou-se no chão ainda com o roupão entreaberto, fechou os olhos e adormeceu. As lagrimas ainda estavam em sua face secando, lentamente assim como a culpa que começava a desaparecer sem que ela percebesse.

***

Em frente ao homem estavam depositados quatro garrafas de cerveja, uma garrafa de uísque já pela metade e um copo de vodka. Valentin estava sentado em uma das mesas do bar do hotel. Não havia ninguém. O único com o semblante lastimável e modo grosseiro, era ele. Por mais que tentasse entender, não conseguia. Encheu o copo com uísque e sem perceber o que ocorria em sua volta, uma mulher olhava para ele. Ela trajava o uniforme do bar do hotel. Ela estava curiosa sobre o homem com o ar tão desesperado e confuso, aproximou-se com uma xícara de café e depositou em frente a ele.

–Eu não pedi isso – Valentin disse sem encará-la.

–Eu sei, imaginei que estivesse precisando depois de beber tanto – ela falou sorrindo ao colocar a bandeja em cima da mesa e se sentar em sua frente – o que houve? É o primeiro que vejo tão deprimido aqui. A esta hora pelo menos. – ela sorriu ao ver Valentin encará-la pela primeira vez, entretanto logo ele se voltou para a bebida em sua frente – se quiser conversar..tenho alguns minutos livres.

–Não há como me ajudar em nada.

–Não estou pedindo para te ajudar – esclareceu – se quiser conversar, desabafar, posso escutá-lo.

–Cobram por isso aqui? Recebe um bônus por ser gentil com os clientes?

–Ás vezes – brincou ao olhar para ele percebendo o quanto ele era charmoso apesar de seu modo grosseiro.

–O que faz uma pessoa ser tão...masoquista consigo mesma? – Valentin perguntou sabendo que não escutaria nenhuma resposta que o agradasse.

–Bem.. ela pode gostar de sofrer – falou sem pensar, mas ao olhar para o modo como ele segurou o copo percebeu ser uma pergunta séria – ou esta pessoa pode ter encontrado no sofrimento a forma de se libertar de algo.

–Se libertar.. – repetiu pensativo.

–Sim, isso é um tanto comum, eu acho – murmurou sem ter certeza – é por isso que esta assim?

–Assim?

–Sim, tão confuso.

–Em parte – confessou – o que faria se fosse à culpada pela morte de alguém?

–Alguém importante para mim?

–Sim.

A medida que os botões do elevador indicavam o andar, o coração de Jessy batia descompassado em seu peito. As portas se abriram e ela pode olhar para Valentin ao sair do elevador. Ele estava bem vestido como sempre, entretanto pode observar o seu rosto refletindo mal estar. Caminhou insegura e inserta ate onde ele estava.

–Estou aqui, Sr Magno – anunciou logo atrás dele fazendo com que se virar-se a encarou por alguns segundos. Tempo este que foi suficiente para que Jessy sentir-se um mal estar por estar diante de sua observação minuciosa.

–Vejo que dormiu bem – falou ao observar os olhos avermelhados dela e o modo com que o seu rosto estava pálido.

–Sim. Espero que tenha tido uma boa noite de sono.

–A melhor – tornou sério – vamos a reunião agora. – a viu assentir e passar em sua frente. Sem pensar, e sem conseguir se controlar Valentin caminhou ate onde ela estava e segurou em seu braço, forçando-a a parar e encará-lo. O modo como seus olhares estavam fixos um no outro faria qualquer pessoa presumir que eles eram um casal. Um casal com sentimentos amorosos.

–O que foi? Imaginei que ontem tivesse sido suficiente – Jessy disse séria ao observar o olhar que ele emanava.

–Não, não foi. Se sabia desde o inicio porque se submeteu a isso tudo?

–Pensei que já tivesse entendido. Uma vida por outra vida, Valentin, ou melhor, Sr Magno. Só estou suportando cada situação como esta por Victor. Assim como me culpa pela morte dele, eu também me culpo.

– A única que o fez se matar foi você, então deve pagar por isso.

–Pode ter sido – disse segurando as lagrimas – mas não sou eu que deveria estar com ele. Como irmão, deveria estar ao seu lado, ajudando-o. E isso, você não fez.

–Eu não podia estava ocupado. Havia muitas reuniões, eu não podia faltar já que era destinado a ser o presidente. Eu.. não havia nada que pudesse fazer e alem disso havia a nossa mãe.

–Não estou lhe pedindo explicações – falou calma respirando profundamente. Ela tinha medo que a qualquer momento as lagrimas começassem a cair – mas percebeu que isso pareceu que estava tentando se convencer de algo?

–Esta falando bobagem – sua voz aparentava a raiva que começava o consumir – esta querendo jogar a culpa da morte dele para mim? Quem pensa que é?

–Sou uma mulher... Uma mulher que sempre irá amá-lo e por isso estará disposta a sofrer. E você quem é? - Valentin nada disso apenas olhou para ela, e vendo as suas lagrimas caírem pelo seu rosto, a puxou para os seus braços. Com ressentimento, raiva e culpa a beijou. Um beijo salgado regado a incertezas e tristezas.

–Largue-a – Uma voz masculina fez com que Valentin soltasse Jessy e olhasse para o dono a voz. Observou o homem a sua frente sem conseguir reconhecê-lo. – Venha, Jessy – Jon disse ao segurar o braço dela puxando-a para longe de Valentin – você esta bem? – obteve como resposta as lagrimas dela. Ele a abraçou, enquanto caminhavam em direção a saída. Jon havia decidido ir atrás dela assim que escutou as batidas na porta de seu quarto pelo telefone. Não foi difícil saber em qual hotel estava, pois tinha o telefone. Acabou se surpreendendo com a cena inusitada ao entrar no hotel, porém não se abalou. Ele sabia que ela precisava dele.

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