Segunda Chance(Completo) romance Capítulo 7

Resumo de Questionamento: Segunda Chance(Completo)

Resumo de Questionamento – Uma virada em Segunda Chance(Completo) de Thay

Questionamento mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Segunda Chance(Completo), escrito por Thay. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

O nervosismo tomou conta de Jessy a medida que avançava pelo hotel Magno sendo guiada por um dos funcionários. Ela havia sido contratada no dia seguinte. Olhou para si mesma ao passar em frente a um grande espelho oval tentando não torcer o nariz diante de sua imagem. Seus cabelos encontravam-se presos em um coque bem apertado, sua saia azul Royal fazia conjunto com uma blusa branca de mangas compridas. Passou pelas pessoas escutando as instruções do gerente a sua frente. Prestava atenção a tudo ate que algo lhe chamou a atenção do que fora dito.

–Um momento – ela disse o interrompendo – esta me dizendo que devo fazer tudo o que me falarem?

–Sim – assentiu sério.

–Imaginei que tivesse alguma autonomia.

–Autonomia? – repetiu divertido – é a primeira auxiliar que encontro que me diz isso.

–Auxiliar.

–Sim, foi para este cargo que fora designada. Não sabia? – ao vê-la negar com a cabeça, suspirou – eles vivem fazendo isso. Mas se acabou sendo contratada para isto, dificilmente irá conseguir fazer com que eles mudem. Meu conselho, não se demita apenas continue e trabalhe duro. Tenho certeza que conseguira o cargo que almeja. Eu mesmo comecei como um simples auxiliar, como você.

–Quanto tempo.. ate se tornar um gerente?

–Deixe-me ver – pensou ao fazer as contas e sorrir – por volta de sete anos.

–Sete anos?

–Sim, mas passam rápido.

–Imagino – murmurou ao esboçar um sorriso em sua face. –“ É melhor que ficar desempregada. Aceite isso e siga em frente. Já conseguimos uma vez e conseguiremos novamente” pensou ao voltar a segui-lo.

Valentin sorriu ao ser informado da presença de Jessy no hotel. Juntou as mãos ao olhar para a janela e sentir-se bem. Ele tinha certeza que tudo caminharia para o desespero dela.

–Veremos se será tão forte assim – murmurou ao levantar-se de sua cadeira e ir em direção a porta – Vanda, entregue essa lista a coordenado dos auxiliares, diga que a nova contratada deve fazer estes serviços específicos – falou ao entregar alguns papeis a sua secretaria, a qual assentiu ao segurar as folhas – e sem perguntas.

–Sim, senhor – disse confusa. – O que há entre eles? – se perguntou assim que ele retornou a sua sala – essa é a primeira vez que vejo se importar com algum funcionário – mas ao começar a ler os papeis que ele lhe entregara mudou de opinião – ele deve odiá-la. – murmurou algo inaudível a medida que discava para um numero, logo o entregador da correspondência apareceu e pegou o envelope que Vanda lhe entregava – entregue para a coordenadora dos auxiliares. Olhou o jovem afastar-se rapidamente e sorriu ao retornar a sua função, ela sentia que aquele hotel iria começar a ficar interessante.

Jessy sorriu para a mulher com o semblante fechado que encontrava-se em sua frente. A mulher a inspecionava minuciosamente, apenas, observando-a. após alguns minutos assentiu, como se tivesse passado em seu teste inicial.

–Muito bem, senhorita Jessy Smiths – a mulher carrancuda falou ao ler a ficha dela – me parece que já designaram alguns trabalhos para você.

–Isso é ótimo.

–Nem tanto – falou ao ler os papeis que o entregador havia lhe dado – deve começar auxiliando na limpeza do salão principal, pois teremos um evento amanhã. Em seguida vá ate as arrumadeiras e as ajude com os quartos, já que temos mais clientes que o habitual nessa época do ano. Esta entendendo tudo? – indagou ao ver o olhar perdido dela – se não estiver gostando basta ir.

–Não é isso, me perdoe estava apenas pensativa, mas já entendi tudo. Mais alguma coisa?

–Por hora não. Já sabe onde encontrar o pessoal da limpeza?

–Sim, basta sair desta sala, seguir em frente e entrar na terceira porta a esquerda.

–Muito bem. Pode ir – Jessy assentiu ao sair da sala. Caminhou ate a sala da limpeza e ao entrar deparou-se com dois homens e quatro mulheres conversando animadamente.

–Bom dia – Jessy falou ao entrar – sou Jessy Smiths e vim ajudá-los. – os seis se entreolharam e sorriram para ela lhe dando as boas vindas. Conversaram rapidamente não demorando para lhe dar as instruções necessárias. Assim que Jessy assentiu indicando que havia entendido tudo, eles lhe entregaram um uniforme novo para ela juntamente com o que seria necessário para aquele tipo de trabalho.

***

Valentin caminhava pelo hotel monitorando tudo como estava acostumado a fazer quando avistou algo que lhe chamou a atenção. Parou, abruptamente, no meio do corredor e ficou olhando para Jessy, a qual encontrava-se trajando um uniforme de faxineira, empurrar o carrinho pelo corredor parando em frente a um quarto. O seu semblante denotava um sorriso de felicidade, o que o deixou intrigado.

–Será que ela esta achando que encontrará algum homem rico dessa forma? – se perguntou incrédulo ao avistá-la entrar em um quarto depois de bater na porta e constatar não ter ninguém. Olhou para o numero do quarto tentando recordar-se sobre quem estava hospedado nele. – não vou lembrar – meneou a cabeça ao se encostar na parede, cruzou os braços enquanto olhava para a porta do quarto que ela acabara de entrar.

“O que há comigo? Se perguntou ao passar a mão pelos cabelos loiros” suspirou ao dar as costas e sair caminhando em direção ao elevador sem prestar atenção no som da porta sendo aberta e fechada em seguida. Já estava próximo do elevador quando escutou o barulho do carrinho atrás de si. Sabia que não poderia virar-se. Apertou o botão e logo que o elevador chegou, Valentin adentrou e só então pode observar o semblante de Jessy, o qual encontrava-se pálido ao vê-lo de frente para ela.

–Não vai entrar? – Valentin indagou ao olhar para ela friamente. Ela assentiu nervosamente, empurrou o carrinho de limpeza entrando no elevador. O coração de Jessy palpitava rapidamente deixando-a com o rosto avermelhado. Ela tinha vontade de perguntar-lhe inúmeras coisas, mas seu receio fora maior que sua curiosidade. Observou as pesadas portas se abrirem e assim que ele saiu, a voz dela emitiu um som.

–É idêntico a ele – falou sem perceber que ele a ouvira.

–Eu sei – Valentin respondeu frio a medida que as portas se fechavam deixando-a perplexa e desesperada por resposta. Os olhos de Jessy demonstravam a confusão que estava sentindo, suas mãos tremiam e o seu coração batia cada vez mais forte.

–Ele.. será que.. Victor tinha um irmão gêmeo? – perguntou-se pela primeira vez desde que o vira. Tentou se controlar ao lembrar-se de seu pai. –Respire Jess, apenas respire – murmurou para si mesma ao fechar os olhos e respirar calmamente incontáveis vezes.

***

–Será isto uma loucura? – Valentin se questionou assim que viu o olhar assustado da mulher que tentava se vingar. Suspirou ao caminhar pelo saguão e olhar, surpreso, para o homem parado em frente a recepção. Caminhou ate ele, e tocou em seu ombro – Alejandro, o que faz aqui?

–Estava com um tempo livre e vim lhe ver. Esta ocupado?

–Não exatamente – falou ao olhar em volta – porque não vamos conversar no café do hotel?

–Será ótimo – sorriu ao seguir o seu amigo que já caminhava em sua frente. A parte do hotel que Valentin se referia era muito prestigiada pelos seus pratos culinários italianos no horário do almoço e no jantar. Valentin sentou-se na mesa mais afastada e olhou para o seu amigo enquanto ele fazia o mesmo, sentando-se em frente a ele.

–Fiquei surpreso ao vê-lo.

–E eu ao saber que não estava trabalhando – Alejandro sorriu ao apoiar o seu braço na mesa- diga-me porque voltou?

–Como?

–Todos achavam que continuaria trabalhando na filial e não retornado para cá depois desses anos. O que houve afinal de contas?

–Nada – tornou sério ao ver o garçom aproximar-se da mesa – um café simples – pediu para o jovem – quer algo?

–Um Cappuccino – Alejandro pediu ao sorrir. Observou o jovem se afastar para prosseguir com as suas perguntas – Então sem motivos mudou-se e agora vai se casar com uma desconhecida.

–Pode-se dizer que sim.

–Valentin, a morte do seu irmão lhe abalou tanto ao ponto de deixar de discernir o que é certo e errado?

–Antes dele...morrer eu já havia me decidido a me casar.

–Mesmo assim..

–Da jovem que trabalha aqui. Estava olhando para ela, não foi?

–Não é o que esta pensando.

–Então o que é.

–Nada – murmurou.

–O que esta me escondendo? Qual foi o verdadeiro motivo de ter retornado? Foi por ela? Ou... algo que a envolva?

–Alejandro, há certos assuntos que você não deve se intrometer.

–Somos amigos. Minha obrigação é estar ao seu lado e dizer quando esta errado, começo a achar que esse é um desses momentos.

–Isso é ridículo, vamos apenas terminar este café e seguir em frente.

–Valentin, quem é ela? – perguntou sério – diga.

–Ela é a culpada pela morte de Victor – falou ao encará-lo – assim que ele se matou, descobri uma carta, um bilhete na realidade, neste bilhete dizia que a culpada era a mulher que ele amava.

–E como pode deduzir que foi ela?

–A única mulher com quem ele havia se envolvido foi ela. Ele me contou logo que fiquei com ele em sua casa. Em nossos telefonemas falava sobre ela e toda vez que ela me vê tem o semblante de culpa em sua face. Não é o suficiente?

–Sinceramente não. – Alejandro ponderou ao escutá-lo – tente investigar isso para não cometer nenhum erro.

–Não é preciso investigar nada. Os culpados devem pagar pelos seus crimes.

–A principal e mais grave punição para quem cometeu uma culpa está em sentir-se culpado.

–Bobagens – resmungou – ela pagará pela morte de meu irmão.

–Ela não o matou e nem sequer sabemos que foi ela.

–Alejandro peço para que não toque mais neste assunto – tornou sério ao levantar-se – se tornar a fazer isto ao auxilio dele, não poderemos mais manter contato.

–Esta indo a serio então.

–Sim, estou.

–Muito bem, como seu amigo não falarei nada, só peço para que investigue, nem que seja um pouco antes. Não pode condenar uma inocente.

–Não há ninguém inocente nesta vida. – falou ao encarar o seu amigo sem perceber o olhar que lhe era direcionado. Jessy percebeu, tarde demais, a presença de Valentin no café. Ficou o olhando de longe tentando encontrar algo que o diferenciasse fisicamente de Victor, sem sucesso.

–Como é possível? – ela se questionou ao olhar para ele.

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