Segunda Chance(Completo) romance Capítulo 8

Resumo de Culpa: Segunda Chance(Completo)

Resumo do capítulo Culpa do livro Segunda Chance(Completo) de Thay

Descubra os acontecimentos mais importantes de Culpa, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Segunda Chance(Completo). Com a escrita envolvente de Thay, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

A semana passara rapidamente. Jessy continuava trabalhando com afinco recebendo elogios de seus superiores, enquanto Valentin mantinha-se informado sobre tudo o que ela fazia. No horário de sua pausa, Jessy começou a subir as escadas que davam para o terraço do hotel e ao chegar, abriu a porta deparando-se com um jardim. Ficou encantada por um tempo ate avançar sentando-se sobre um dos bancos. Fechou os olhos ao erguer o seu rosto em direção ao sol.

Valentin mantinha-se relaxado ao sentir a brisa do vento em seu rosto. Seu passatempo era refugiar-se no terraço do hotel, aproveitando o jardim que poucos sabiam existir. Enquanto estava de costas, escutou alguns passos, mas optou por ignorá-los, não demorou para escutar uma voz feminina.

–Como esta ai em cima? – Jessy falou ao olhar para uma nuvem que passava – se sentindo sozinho? Sinto a sua falta todos os dias e como lhe disse... nunca esqueci nenhum momento que passamos juntos. Me pergunto se um dia essa dor irá passar, me pergunto se um dia..eu irei me perdoar.

Valentin escutou as suas palavras segurando-se para não confessar a si mesmo que sentia o mesmo, e que repetia aquelas palavras pensando em Victor todos os dias. Aproximou-se dela sem perceber e a encarou. Jessy sentiu a presença de alguém em sua frente e ao abrir os olhos assustou-se.

–Victor – murmurou emocionada.

–Sou Valentin – ele tornou sério com a voz impaciente – o que faz aqui?

–Eu...vim descansar um pouco – respondeu sem jeito – este..é um lugar particular?

–Costumava ser.

–Sin..Sinto muito – ela murmurou ao levantar-se, mas antes que se afastasse sentiu a mão dele em seu braço. Ela virou-se e o encarou como a procura de respostas.

–Victor...sempre me chama desse nome ao me ver – Valentin disse curioso como seria a sua reação – ele seria, quem exatamente?

Jessy manteve-se em silencio observando o rosto dele tão próximo pela primeira vez. A cada instante possuía mais convicção de que eles eram irmãos, esta era a única resposta lógica.

–O homem por quem sou apaixonada – respondeu o encarando tentando decifrar a sua expressão inalterável.

–Somos tão parecidos assim?

–São, diria que és a miragem do espelho.

–Traga-o aqui então, estou curioso sobre ele.

–Não..nao posso – fechou os olhos para não chorar ao dizer aquelas palavras- ele.. ele faleceu a um tempo.

–Entendo. – ao olhar para ela pode vislumbrar a dor em seus olhos – Isso é culpa? – falou em voz alta arrependendo-se em seguida. – o que vejo em seu olhar, é culpa?

–Um pouco – assentiu após suspirar – sinto que ele.. que isso aconteceu porque não fui mais forte.

–Do que esta falando?

–Nada – meneou a cabeça – pode me soltar? – o viu ponderar a questão, soltando-a em seguida – obrigada, senhor Magno, tenha uma boa tarde.

–Espere, seu nome.. é?

***

Todos já haviam saído do hotel na parte administrativa, apenas uma sala mantinha todas as luzes acessas. Valentin espreguiçou-se ao terminar de colocar em ordem o relatório semestral que deveria ser apresentado dali a uma semana. Olhou para o relógio em seu pulso constatando as horas.

–Estou ficando lento – murmurou ao se levantar, pegar o paletó, o qual estava caído no chão e seguir para fora da sala. Caminhou como um bom conhecedor do local. Ele não precisava de luz para se movimentar pelo seu hotel, já conhecia tão bem quanto a palma de sua mão. Optou por ir pelas escadas ate a garagem, percurso este que demorou mais que o habitual. Entrou em seu conversível e ao sair do hotel, olhou para os lados ficando surpreso ao ver Jessy Smiths sentada no meio fio olhando para o nada. Parou o carro contra a sua vontade e ficou a observando por longos instantes, já estava pronto para ir embora quando avistou um homem aproximar-se dela. A viu ficar impassível sem mexer um único músculo de seu corpo quando ele segurou em seu braço, forçando-a a levantar-se. Ela permaneceu parada, olhando para o nada como se nada daquilo estivesse acontecendo – O que ela esta fazendo? – perguntou-se ficando estupefato. Retirou a chave da ignição e saiu do carro indo em direção a ela. – Ei, o que esta fazendo? – falou alto atraindo a atenção do homem, o qual saiu correndo deixando-a parada na calçada. Valentin aproximou-se dela com cuidado e relutância, antes que pudesse falar algo, ela se virou e o encarou com os olhos marejados.

–Victor... um dia irá me perdoar por minha escolha? – disse com a voz embargada. Segurou em sua mão, apertando-a – por favor, não me culpe mais do que eu me culpo. – passou a mão pelo seu rosto – eu..não sabia. Eu... deveria estar ali. Deveria ter ido ao seu encontro quando me pediu, eu deveria ter ficado ao seu lado e não... ter sido tão fraca.

–Sim, foi a única culpada – Valentin falou duro tentando controlar-se para não afasta-la dele.

–Eu fui mesmo – disse ao romper em lagrimas – eu sonho com isso todas as noites. Sonho com seu... corpo caído e sonho...com você me culpando.

–Não faz nada mais que sua obrigação. É a única culpada pela minha morte. Como consegue viver ainda?

–Eu não vivo – murmurou – desde que morreu. Eu morri junto. Sofro cada dia que passa.

–Isso é o mínimo que poderia fazer.

–Eu sei.. sinto de verdade, espero que um dia possa me perdoar – falou ao encará-lo nos olhos – só nunca percebi como seus olhos são.. tão frios. –Valentin permaneceu imóvel. Nada do que escutara havia diminuído a sua vontade de vingar-se dela pelo contrario apenas aumentou. Jessy tocou em seu ombro, repousando a cabeça em seu tórax – quando eu acabar com isso.. talvez me perdoe – murmurou antes de fechar os olhos e deixar seu corpo cair em direção ao chão.

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