Resumo de Capítulo 12 – Uma virada em Vendida para o Don de Edi Beckert
Capítulo 12 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Vendida para o Don, escrito por Edi Beckert. Com traços marcantes da literatura gangster, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
CAPÍTULO 12
Fabiana Prass
Era tarde para pensar em fugir, eu já estava casada. E, pior que isso, é o fato dele ter me comprado e agora querer estabelecer o seu domínio sobre mim.
A casa era maravilhosa, embora ele tenha praticamente dito que posso ser a empregada, mas está tudo bem.
O problema é o meu medo que a cada segundo se tornava maior, e aquele homem frio que me olhava tão profundamente.
— Aqui estão os vinhos! Desse lado estão os que tem um nível mais baixo de álcool, e desse outro lado, os que têm um teor alcoólico mais alto. — falava sério.
Don Antony pegou uma taça e pegou um vinho do lado com baixo teor, tomou um gole e me ofereceu a taça. O nosso olhar se encontrou e não vi a escuridão neles.
— Será que um dia me olhará como olhava para ele? — perguntou com a voz mais baixa.
— Não existe “ele”, aquilo foi uma mentira! Eu só vejo o homem que me comprou, agora! — falei tentando parecer forte, e ele tomou o restante do vinho da taça.
— É uma pena!
— O que é, uma pena? — ele me deixou falando sozinha e foi saindo.
— Te espero no quarto, ragazza! Não costumo demorar no banho...
Ao ouvir isso, eu percebi que precisava de um vinho forte, e peguei uma garrafa daquelas, e comecei a tomar no bico.
Pelo menos estando embriagada eu não sofreria tanto, e corria o risco de nem me lembrar, amanhã.
Consegui tomar meia garrafa, mas pelo visto era mais forte do que pensei, mas daria certo, pois eu já quase não enxergava as coisas.
Eu sabia que não poderia se negar ao meu marido, conheço as regras, e precisaria me submeter. Nunca fui realmente feliz, mesmo com a minha família, a gente passou fome, principalmente para juntar o dinheiro para eu vir trabalhar aqui.
O meu tio prometeu um salário alto, falou mentiras, e a gente acreditou. Trabalhamos todos nós na reciclagem lá no Brasil, começando as cinco da manhã e parando depois da meia-noite, para conseguir o dinheiro, e agora perdi o contato com eles.
Quem sabe se eu trabalhar direito e deixá-lo se aproveitar de mim, ele não me dê algum dinheiro para eu tentar encontrar a minha família… Caramba! O álcool está me fazendo pensar bobagens!
Mal consegui chegar até a cama. Sentei e coloquei a garrafa no criado, e então tirei os sapatos.
Com dificuldades fui soltando os cabelos, porque o Don quer assim! E ele é quem manda!
— O que está fazendo? — o vi sair do banheiro e me assustei de ver que só estava com uma toalha na minha frente.
— SOLTANDO OS CABELOS, PORQUE O PODEROSO DON ME QUER COM ELE SOLTO! — gritei meio zonza, e senti as suas mãos perto das minhas.
— Você bebeu demais, ragazza! Deixa que eu solto o cabelo, você está arrancando... — soltei ao sentir que as mãos dele eram mais delicadas do que as minhas.
Ele tentava me beijar com força, e não era como o jardineiro me beijava, era diferente. Por dentro eu queria acreditar que era o mesmo homem doce e delicado que estava ali, que o seu beijo era o mesmo que me relaxava e me deixava nas nuvens, e agora eu podia beijá-lo sem reservas, mas eu não conseguia... era diferente.
Tentei dar passagem para a sua língua, mas nada adiantava, eu continuava nervosa e querendo que ele me deixasse em paz, a minha mente não me ajudava, e muito menos o meu corpo fraco e ainda submisso à bebida.
— Não... por favor! — falei entre os beijos dele, mas já estava imóvel, a minha boca não o acompanhava e ele começou a se irritar mais.
— Não finja que não me quer, Fabiana! Não vê o quanto me faz mal? — puxou a minha boca outra vez e fiquei imóvel como um defunto.
— Você bebeu, não é? É isso... — me soltou e saiu de cima de mim. — MERDA! MIL VEZES MERDA! VOCÊ NÃO VAI ME DOMINAR, MULHER NENHUMA VAI ME DOMINAR! — ele pegou a garrafa de vinho e a atacou na parede fazendo voar vinho e cacos para todos os lados, e me encolhi.
Eu estava com a vista ruim e a cabeça pesada pela bebida, e ainda praticamente nua. Senti uma coberta na cama, e logo a puxei me cobrindo.
Ouvi a porta do quarto bater, e vi que ele saiu. Eu me lembrei do celular, mas o esqueci dentro do carro, e mal conseguiria chegar até lá, agora. O que me restava era ficar ali, sofrendo calada, e implorar a Deus que ele mude, e não me machuque, então fiz a minha oração:
“Deus... eu sei que você está aí! Me ajude, não se esqueça de mim. Eu não sei lidar com a situação, e tenho medo de tudo. Me ajude com isso, faça com que o Don se acalme e pelo menos me trate bem, me respeite. Não quero ter um casamento fracassado e ser humilhada a vida toda, tenha misericórdia de mim! Em nome de Jesus...“ amém.
Terminei a oração sem saber se ele me ouviria, afinal eu estava embriagada e Deus não se agrada, mas foi de todo o coração.
Eu acabei dormindo a chorar, e quando acordei o Don estava deitado na cama, coberto com a mesma coberta que eu, e na sua mão tinha uma rosa vermelha e sem espinhos. Reparei no seu dedo machucado, provavelmente por tirar eles pra mim.
“Obrigada, senhor!“ — Agradeci a Deus o progresso, quem sabe de manhã eu não acorde com o jardineiro?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Vendida para o Don
A história no começo era boa mas do capítulo 100 pra la virou piada! Nunca vi tanto uma palavra em um livro como a palavra “assenti” so em um capítulo as vzs tem 4 a 5 vezes!...
Me interessei muito pela história, quando colocará mais capítulos? Ansiosa por mais...
Diz status concluído, cadê o restante dos capítulos?...
Quando vão postar os novos capítulos? Estou aguardando ansiosamente....