A Babá Virgem e o Viúvo que Não Sabia Amar romance Prólogo - A Dor que Ele Nunca Enfrentou

Resumo de Prólogo - A Dor que Ele Nunca Enfrentou: A Babá Virgem e o Viúvo que Não Sabia Amar

Resumo de Prólogo - A Dor que Ele Nunca Enfrentou – Uma virada em A Babá Virgem e o Viúvo que Não Sabia Amar de GoodNovel

Prólogo - A Dor que Ele Nunca Enfrentou mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de A Babá Virgem e o Viúvo que Não Sabia Amar, escrito por GoodNovel. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

O som da chuva ainda ressoava dentro da memória de Isabela. Agora, o céu estava cinza e mudo, mas o eco da tempestade da noite anterior permanecia nela. A umidade nos lábios, na pele… e no coração.

O colchão ainda guardava o calor do corpo dele. A marca do que haviam sido. Seus sentidos ainda estavam embriagados pelo cheiro, pelo gosto, pelos toques de Lorenzo. Mas tudo aquilo começou a desaparecer como uma fumaça fina.

Ela abriu os olhos lentamente e encontrou o lado dele vazio, porém, ainda quente. Ele esteve ali até pouco tempo.

Virou-se, o lençol ainda colado à sua pele nua. Abraçou o travesseiro e sorriu por um instante, esse foi o seu grande erro. Porque o som do silêncio se quebrou segundos depois.

Lorenzo estava de pé, diante do espelho, ajeitando a camisa branca com movimentos precisos e impecáveis. Como se cada botão que ele fechava fosse mais um tijolo erguido entre os dois.

Ela sentou-se, puxando o lençol contra o peito.

— Lorenzo… — chamou com a voz ainda suave, tentando encontrar nele o homem da noite anterior.

Mas ele não se virou, em vez disso, abriu a boca destruindo todo o encanto.

— O que aconteceu ontem à noite — ele começou, com a voz seca, cortante — não significou nada.

Isabela piscou. Uma, duas, três vezes. As palavras a atingiram como punhais invisíveis. A primeira dor não veio do peito, veio da alma.

— Nada? — ela sussurrou.

Ele virou o rosto, finalmente encarando-a. Mas não com os olhos que a devoraram como se ela fosse abrigo em meio à guerra. Agora, seus olhos eram de mármore. Duros, vazios, opacos.

— Foi um erro — continuou frio. — Ultrapassei um limite que jamais deveria ter sido ultrapassado.

Ela respirou fundo, sentindo as mãos tremerem sob o lençol. Não conseguia acreditar no que ele dizia, não podia ser verdade. Reunindo forças disse com a voz firme.

— Você me tocou como se não soubesse fazer outra coisa. Com pressa, com fúria, com a sede de alguém que passou a vida inteira fugindo daquilo que, no fundo, mais desejava.

Lorenzo desviou o olhar. Mas ela continuou.

— E eu deixei.

Levantou-se com lentidão, ainda segurava o lençol contra o corpo nu, a pele estava arrepiada não de frio… mas de dor.

— Ontem a noite, enquanto a chuva escorria como lágrimas desesperadas pelas janelas da mansão, enquanto os trovões pareciam ecoar a minha própria inquietude… eu fui sua.

Ela deu um passo em direção a ele, com os olhos marejados, mas sem fraqueza.

— Não a babá. Não a funcionária. Mais a mulher. — Lorenzo fechou os olhos por um segundo. — Eu fui sua sem perguntas, sem promessas, apenas sentimento… que eu tolamente, ousei chamar de amor.

As palavras ficaram suspensas no ar e Lorenzo permanecia calado.

— Seus dedos percorreram minha pele como quem procura abrigo no meio de um furacão. Sua boca dizia meu nome com urgência, como se fosse o último som antes do silêncio. Havia uma tormenta em seu olhar, Lorenzo. Havia guerra e por um instante… você encontrou paz em mim.

— Basta, Isabela!

Ele se virou com mais força dessa vez, buscando no controle do corpo o que não conseguia conter no coração.

— Não confunda desejo com sentimento Isabella, foi apenas sexo, um deslize.

Ela caminhou parando diante dele e olhando em seus olhos disse:

— Foi real — rebateu. — Você me beijou com a pressa de quem sabe que o amanhã é traiçoeiro. Me tomou como um homem que quer se esquecer de si mesmo. Aquilo não foi apenas desejo, Lorenzo, foi algo mais profundo do que isso.

Ele passou a mão pelos cabelos, já irritado. Mas Isabella não recuou.

— Fizemos amor como náufragos… Como quem se agarra a um último pedaço de madeira no meio de um mar revolto. E quando suas mãos seguraram minha cintura como se eu fosse sua âncora, Lorenzo… eu achei que fosse real.

Silêncio.

Ela suspirou.

— Mas pelo visto, os monstros que você guarda despertaram. E você vestiu sua armadura da indiferença.

— Você não entende, Isabela. — Ele falou entre dentes. — Não posso amar você. Não posso…

Ela o interrompeu.

— Você não quer é diferente, porque amar exige coragem. E você prefere viver cercado de grades, afastando todos de si.

Ele a encarou. E por um instante, o que ela viu nos olhos dele… foi dor. Mas Lorenzo virou o rosto, deu as costas e caminhou até a porta.

— Não se preocupe — disse, seco. — Hoje mesmo vou providenciar outra babá para a Aurora.

A frase caiu como chumbo fazendo Isabela congelar. Demorou alguns segundos para que ela pudesse respirar de novo. Antes dele abrir a porta e sair, Isabella correu ao seu encontro e segurou na sua mão.

— Por favor — sua voz falhou — você sabe que eu preciso desse emprego.

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