A Babá Virgem e o Viúvo que Não Sabia Amar romance Capítulo 2

Resumo de Capítulo 2 – Instruções, Limites e Olhos Firmes: A Babá Virgem e o Viúvo que Não Sabia Amar

Resumo de Capítulo 2 – Instruções, Limites e Olhos Firmes – A Babá Virgem e o Viúvo que Não Sabia Amar por GoodNovel

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O relógio marcava pouco mais de sete da noite quando Isabella deixou o quarto de Aurora em silêncio. A menina finalmente adormeceu com a boneca Cacau nos braços, depois de um jantar que ela quase não tocou. Ainda não havia troca de palavras, mas já havia uma mudança sutil no ar, menos resistência, menos medo.

Isabela caminhava pelos corredores com os sapatos nas mãos, respeitando o silêncio da casa e os ecos pesados daquela mansão feita de mármore e ausência.

Foi quando ouviu a voz dele.

— Senhorita Fernandes.

Ela parou.

A primeira coisa que sentiu foi o impacto da presença dele. Alta estatura, ombros largos, a postura de um homem acostumado a dominar qualquer ambiente em que entrasse. Usava camisa branca, mangas dobradas até os cotovelos, e calça social escura. O relógio no pulso brilhava discretamente. Mas o que mais impressionava era o rosto.

Ele tinha a beleza áspera de alguém que havia perdido mais do que podia suportar. Os traços firmes, o queixo levemente marcado pela barba por fazer, e os olhos… meu Deus, os olhos azuis escuros, intensos, cortantes como navalhas. Era o tipo de homem que fazia você esquecer como respirar. E ele sabia disso. Carregava a própria dor como quem veste uma armadura. E usava o silêncio como arma.

— Senhor Vellardi — disse Isabela, recompondo-se com educação, mas sem submissão. — Boa noite.

Ele a observava com atenção. Como quem avalia. Como quem testa.

— Venha comigo, precisamos conversar.

Ela obedeceu.

Os dois entraram no escritório. A sala era ampla, escura e organizada. Nenhum objeto fora do lugar. Nem um porta-retratos, nem uma flor. Apenas estantes, móveis de madeira escura e um sofá de couro que exalava silêncio.

Ele caminhou até a escrivaninha e se sentou. Ela permaneceu em pé, à espera.

— Sente-se. — Ele gesticulou, sem emoção.

Isabela se sentou na beirada da poltrona, com as costas eretas, e o olhar firme.

Lorenzo a observou por longos segundos. Longos demais.

— Você não parece uma babá — foi a primeira coisa que disse.

A frase caiu entre eles como um copo se espatifando no chão. Isabella sentiu o calor subir às bochechas, mas não recuou.

— E o senhor não parece alguém que precise de uma — respondeu, com um sorriso educado, mas afiado.

Lorenzo arqueou uma sobrancelha. Estava acostumado a obediência, submissão, silêncio. Aquela garota… não era nenhuma dessas coisas.

— Você é atrevida — comentou, aproximando-se lentamente. Seus passos ecoavam no chão liso, ameaçadores e elegantes.

— Não, senhor. Sou apenas sincera e prática. Duas coisas úteis quando se trata de crianças.

Ele cruzou os braços e inclinou levemente a cabeça para o lado.

— O que você pretende aqui?

A pergunta o surpreendeu a si mesmo. Não era algo que normalmente perguntava. Costumava delegar entrevistas. Mas havia algo naquela mulher que o deixava desconfiado… e curioso.

— Pretendo oferecer o melhor de mim. — respondeu, com calma. — E ajudar sua filha a reencontrar a luz que a dor apagou.

O olhar dele se estreitou. Algo em suas pupilas tremeu, quase imperceptível.

— A dor dela não te diz respeito.

— Com todo respeito… — Isabela respondeu, com voz firme — ela me diz respeito no momento em que me torno parte do cotidiano dela. Crianças sentem. Absorvem tudo. E o que ela sente… é imenso. Quase sufocante.

Houve um silêncio tenso. Ele a observava como se não soubesse se deveria expulsá-la ou aplaudi-la. Isabella, por sua vez, mantinha a compostura com esforço. O coração estava acelerado, mas ela se recusava a parecer fraca.

— E você acha que tem capacidade de lidar com isso?

— Não acho. Sei.

— Arrogância não é uma qualidade.

— Confiança também não é. Mas em excesso, ambas irritam. E eu estou tentando apenas ser clara, senhor Vellardi. Sei que essa casa já viu o suficiente de dor. Mas talvez esteja na hora de alguém lembrar vocês de que é possível respirar sem medo.

Por um momento, Isabella achou que ele fosse rir. Mas não. Ele a olhava como se quisesse arrancar as palavras dela com as mãos.

— E quem disse que queremos respirar?

A pergunta pegou Isabela de surpresa. Mas foi ali, naquele exato instante, que ela viu. Uma rachadura. Um vislumbre. O homem diante dela era feito de ferro por fora… mas o ferro estava enferrujando por dentro.

— Aurora quer — respondeu suavemente. — E, no fundo… o senhor também quer. Só ainda não sabe como fazer isso sem se sentir traindo a dor que carrega.

O silêncio voltou com peso dobrado. Ele deu dois passos para perto, tão perto que Isabela pôde sentir o calor que emanava do corpo dele. Os olhos estavam fixos nos dela, e por um instante, ambos prenderam a respiração.

— Me desculpe… eu não quis ser desrespeitosa.

Lorenzo virou o rosto por um segundo.

— Você não entende. — ele murmurou, mais para si do que para ela. — Você não sabe o que é perder tudo de uma vez só.

Capítulo 2 – Instruções, Limites e Olhos Firmes 1

Capítulo 2 – Instruções, Limites e Olhos Firmes 2

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