YANKA
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Dava pra ver de longe o quanto eu fiquei nervosa.
"Que grande merda, o Matheus conhece o Rodrigo"...Pensei.
Eu fiquei parada, de forma estática, enquanto o Matheus se aproximava de mim.
Quando ele chegou perto de mim, ele me olhou nos olhos.
Matheus: É ele?
— Como assim é ele?
Matheus: O responsável por fazer você ir pra praia chorar?
— E isso vai mudar alguma coisa?
Matheus: Talvez mude.
— Que maravilha, uma coisa legal que ele está conseguindo estragar, mesmo sem saber.
Falei saindo da loja.
Matheus: Espera Yanka.
Ele gritou quando eu estava quase atravessando a rua.
Ele foi até mim, e me pareceu incomodado.
— Olha, você não me deve nada, tá legal? Você não é obrigado a ficar perto de mim.
Ele colocou as mãos no bolso, e olhou em direção ao mar, como se estivesse pensando, e depois olhou pra mim novamente.
Matheus: Eu só não entendo o que você ainda faz na casa de uma pessoa que te faz chorar daquele jeito.
— Tem muita coisa que você não sabe Matheus, você mal me conhece, e as coisas não são como parecem ser.
Matheus: Então me explica Yanka, porque sinceramente, eu não estou entendendo.
— Você pode se ausentar da loja por uns 30 minutos?
Perguntei.
Matheus: Espera, eu vou só avisar aos meninos.
Ele voltou um minuto depois e fomos caminhando até a casa da Laura.
Matheus: Eu conheço esse caminho, porque você quer me levar na boca do lobo?
— Ele não é seu amigo?
Matheus: Já fomos, até ele tentar colocar os meus alunos contra mim, na escola de surfe.
— Então você é professor de toda aquela galera que vi ontem com você?
Matheus: Na época eu era, agora eu sou apenas professor de quem está iniciando, aquelas pessoas que você viu ontem, já sabem surfar, mas na época que o Rodrigo frequentava a escola, eles ainda estavam aprendendo.
— E porquê o Rodrigo fez isso com você?
Matheus: Porquê ele queria o meu lugar.
— É bem a cara dele mesmo, querer aquilo que é dos outros.
Matheus: Se você sabe como ele é, porquê você ainda tá com ele?
Chegamos na casa da Laura, e ele ficou parado, enquanto eu abria a porta.
— Eu vou te mostrar agora o motivo que eu estou aqui.
Vem entra.
Matheus: Eu acho que isso vai dar uma enorme confusão, não acho que seja uma boa ideia eu entrar aí.
— Eu sei que é cedo demais pra você confiar em mim, mas pelo menos tenta, tá bom?
Ele respirou fundo e entrou.
Ele foi me seguindo até a porta da casa, o carro da Laura e do meu pai estavam lá, então eles estavam em casa.
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