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A filha do meu padrasto romance Capítulo 137

YANKA

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Dava pra ver de longe o quanto eu fiquei nervosa.

"Que grande merda, o Matheus conhece o Rodrigo"...Pensei.

Eu fiquei parada, de forma estática, enquanto o Matheus se aproximava de mim.

Quando ele chegou perto de mim, ele me olhou nos olhos.

Matheus: É ele?

— Como assim é ele?

Matheus: O responsável por fazer você ir pra praia chorar?

— E isso vai mudar alguma coisa?

Matheus: Talvez mude.

— Que maravilha, uma coisa legal que ele está conseguindo estragar, mesmo sem saber.

Falei saindo da loja.

Matheus: Espera Yanka.

Ele gritou quando eu estava quase atravessando a rua.

Ele foi até mim, e me pareceu incomodado.

— Olha, você não me deve nada, tá legal? Você não é obrigado a ficar perto de mim.

Ele colocou as mãos no bolso, e olhou em direção ao mar, como se estivesse pensando, e depois olhou pra mim novamente.

Matheus: Eu só não entendo o que você ainda faz na casa de uma pessoa que te faz chorar daquele jeito.

— Tem muita coisa que você não sabe Matheus, você mal me conhece, e as coisas não são como parecem ser.

Matheus: Então me explica Yanka, porque sinceramente, eu não estou entendendo.

— Você pode se ausentar da loja por uns 30 minutos?

Perguntei.

Matheus: Espera, eu vou só avisar aos meninos.

Ele voltou um minuto depois e fomos caminhando até a casa da Laura.

Matheus: Eu conheço esse caminho, porque você quer me levar na boca do lobo?

— Ele não é seu amigo?

Matheus: Já fomos, até ele tentar colocar os meus alunos contra mim, na escola de surfe.

— Então você é professor de toda aquela galera que vi ontem com você?

Matheus: Na época eu era, agora eu sou apenas professor de quem está iniciando, aquelas pessoas que você viu ontem, já sabem surfar, mas na época que o Rodrigo frequentava a escola, eles ainda estavam aprendendo.

— E porquê o Rodrigo fez isso com você?

Matheus: Porquê ele queria o meu lugar.

— É bem a cara dele mesmo, querer aquilo que é dos outros.

Matheus: Se você sabe como ele é, porquê você ainda tá com ele?

Chegamos na casa da Laura, e ele ficou parado, enquanto eu abria a porta.

— Eu vou te mostrar agora o motivo que eu estou aqui.

Vem entra.

Matheus: Eu acho que isso vai dar uma enorme confusão, não acho que seja uma boa ideia eu entrar aí.

— Eu sei que é cedo demais pra você confiar em mim, mas pelo menos tenta, tá bom?

Ele respirou fundo e entrou.

Ele foi me seguindo até a porta da casa, o carro da Laura e do meu pai estavam lá, então eles estavam em casa.

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