O que aconteceria se eu não estivesse lá, e não tivesse impedido daquele cara iniciar uma conversa com ela?
Será se ela teria coragem de me trair?
Minha mente estava uma verdadeira bagunça.
Quando perguntei o que ela estava fazendo, mais uma vez ela foi rude.
"Eu quero minha Melissa de volta"... pensei.
A Melissa carinhosa e meiga.
Foi impossível não lembrar da Yanka quando ela repetiu a mesma frase que a Yanka falou, sobre eu não ser o pai dela.
Fechei os meus olhos na tentativa de afastar a Yanka da minha cabeça e me concentrei apenas na Melissa.
Quando abri os olhos, senti vontade de comê-la ali mesmo.
E sem pensar duas vezes, tirei a calcinha dela e fodi ela, deixando extravasar toda a minha raiva, frustrações e incertezas, diante dos últimos acontecimentos.
Virei a Melissa na mesa, e fodi ela de costas pra mim.
Ela era a minha namorada, a pessoa que eu devia respeito e fidelidade.
Eu precisava lembrar disso toda vez que pensasse em traí-la outra vez.
Senti ela se contrair e gozar, e logo em seguida eu gozei também, pensando no quanto eu amava aquela garota.
Usei a calcinha dela pra limpá-la, depois deixei bem claro a minha intenção de tirá-la dali.
De início ela não quis, mas depois que expliquei pra ela que eu precisava me justificar, que a gente precisava se entender, ela acabou cedendo.
Ao avisar a Rayssa que estava indo embora comigo, eu vi a Rayssa vindo feito louca em minha direção.
Pensei que ela me daria um tapa ou coisa do tipo, mas ela só quis deixar as coisas claras em relação a Melissa, ela não queria que eu machucasse a Mel novamente. Quando falei que ela era uma boa amiga, percebi que ela ficou mais calma.
Ela realmente era. E cuidou da Melissa enquanto eu estava sendo um babaca.
Eu queria fazer a coisa certa dali em diante. Além de arrependido, eu estava com medo de perder tudo o que eu tinha construído com a minha namorada nos últimos dois anos.
Era um relacionamento forte e sem brigas como aquelas que a gente estava tendo.
Tomei todo o cuidado pra me desculpar com a Melissa ao entrar no carro.
Eu queria amenizar as coisas pro meu lado, antes de conversarmos.
— Eu não vou pra sua casa Rodrigo.
Fiquei triste ao ouvir essas palavras.
Minha casa deveria ser um lugar seguro pra Melissa, e eu destruí isso.
Eu pensei em passar a semana inteira com ela, e tentar me redimir do meu erro.
Mas por ela ter prova, isso não era possível.
Então decidimos que iríamos pro apartamento dela conversar.
Por diversas vezes, pensei em falar a verdade, e tirar dos meus ombros toda essa culpa.
Toda vez que eu olhava pra Mel, eu via que ela não merecia passar por esse sofrimento, e que teria que conviver com minha consciência pesada.
Em outro momento, eu chamaria isso de covardia, mas eu a amava tanto que preferia pensar que era só cuidado.
— Se isso se repetir, será o nosso fim.
Essa frase ficou ecoando na minha mente.
Era como se a partir dali, eu precisasse andar por cima de ovos.
Prometer que não mentiria mais pra Melissa, foi a coisa mais difícil que eu tive que fazer.
Laura: Que absurdo é esse Rodrigo? Essa casa é sua meu filho.
— Não mãe, essa casa é sua e eu não tenho voz aqui. Eu sou um cara adulto, independente, e quero ter uma vida comandada por mim mesmo. Você já não está mais sozinha, e eu fico feliz de verdade por você estar conseguindo refazer sua vida, mas eu preciso começar a planejar a minha.
Laura: Olha Rodrigo, se isso tudo é por causa do que conversamos ao telefone, isso não vai mais acontecer, te garanto.
— Não mãe, isso é por mim. Por favor, entenda, eu preciso disso.
Laura: Eu não consigo entender essa decisão tão repentina, Rodrigo.
— Eu sei que está tarde, e que vocês dois precisam descansar, mas amanhã gostaria de conversar melhor sobre isso. Principalmente com você Pyter, preciso da sua ajuda pra encontrar a casa perfeita.
Falei isso, enquanto via minha mãe encher os olhos de lágrimas.
Ela não aceitaria aquilo tão fácil.
Mas a decisão já estava tomada.
Pyter: Tudo bem Rodrigo, farei o possível para ajudar.
Fui para o meu quarto, tomei um banho, e deitei na cama, tentei me desligar do mundo.
Eu teria uma semana bastante corrida, e no dia seguinte, começaria um novo dia de trabalho. Fechei os olhos, e como se tivesse acabado de levar um susto, abri imediatamente.
— Puta que pariu, o trabalho.
Eu esqueci de contratar os técnicos substitutos.
Seria um dia infernal com dois técnicos a menos na equipe.
— Yanka sua ninfeta do caralho, quase que você conseguiu destruir minha vida.
Falei, enquanto sentia minhas forças me abandonarem, e finalmente dormi.

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