Comecei a imaginar que ela estava me evitando porque ainda estava chateada.
Então mandei mensagem.
"Princesa, não sei se você está me evitando ou não, mas se estiver, peço que pare com isso, a gente já tem tão pouco tempo pra ficarmos juntos, não devemos desperdiçar o nosso tempo com bobagens".
Enviei e logo recebi a resposta dela.
"Você tem razão, me desculpe, a noite ligo para você".
— Comecei a ficar preocupado com o rumo que as coisas estavam tomando, e com a facilidade em que eu deixei me levar.
Eu precisava arrumar um jeito para que tudo aquilo não interferisse no meu relacionamento com a Melissa.
No fim do dia, cheguei em casa e tive a sorte de não encontrar a Yanka.
Fui para o meu quarto, tomei banho e me arrumei para fazer uma surpresa pra Melissa.
Cheguei no apartamento dela, e ela ainda não tinha chegado da Faculdade.
Como tinha a chave, entrei e fiquei esperando.
As horas foram passando e nada da Melissa chegar.
Foi quando meu celular tocou, era ela.
Melissa: Onde você está, Rodrigo?
Porra, quando ela me chamava pelo nome era porque alguma merda tinha acontecido.
— Estou no seu apartamento faz um tempão Melissa, eu é que te pergunto, onde você está?
Melissa: Eu estou na sua casa.
Vim aqui pra gente se entender e encontrei uma garota com uma saia que não mede um palmo. Falou irritada.
— Espera, estou indo até aí.
Melissa: Não, espera aí você Rodrigo, a gente precisa conversar, e eu não tô afim de ter essa conversa aqui. Desligou.
— Droga, droga, droga.
Falei repetidas vezes já nervoso.
Eu sabia que aquela seria uma conversa difícil.
— Será que eu devo contar sobre o que anda acontecendo?
Não, não. Isso só deixaria a Melissa mais insegura.
Mas e se eu não falar e ela descobrir? Com certeza irá ser pior.
Mas descobrir o quê? Eu nem cheguei a fazer nada. Falei pra mim mesmo, andando de um lado para o outro no apartamento.
Minha cabeça já estava explodindo.
— A gente vai ter que lidar com isso de uma outra forma Melissa, eu não estou afim de ficar brigando com você por coisas que não está sob o meu domínio.
Eu vou pra casa agora como você está me pedindo. Mas eu não vou ficar me justificando pra você, como se eu tivesse feito algo de errado.
Saí sem esperar o que ela iria falar.
No fundo eu estava fugindo daquela conversa.
Ela tinha razão. Eu jamais aceitaria que ela dormisse na mesma casa com um cara que não fosse eu.
Mas eu não podia ficar alimentando isso nela.
Cheguei em casa e encontrei a Yanka, o Pyter e minha mãe na sala conversando.
Na mesma hora, notei a saia minúscula que a Yanka estava vestindo.
Desviei o olhar para a minha mãe.
Mãe: Oi meu amor, estava te esperando pra gente jantar, apesar de estar um pouco tarde.
— Desculpe mãe, estou sem fome. Será que você pode ir até o meu quarto depois de jantar? Estou precisando conversar com a senhora. Finalizei olhando novamente pra Yanka que fechou a cara.
Mãe: Claro que sim. Vou daqui a pouco lá.
Subi as escadas e fui pro meu quarto, nem me liguei que não tinha cumprimentando o Pyter.
Ele não tinha culpa das atitudes da filha dele. Afinal, ela já era maior de idade e deveria ser mais consciente.

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