Alguns minutos depois, minha mãe bateu na porta do meu quarto e entrou.
Mãe: Oi filho. O que está acontecendo?
— Porquê você não me falou que a Yanka passaria um tempo aqui com a gente?
Mãe: Eu não tive tempo meu filho, essa conversa aconteceu depois que você veio para o seu quarto, e hoje pela manhã saí bem cedo com o Pyter. Eu estava pensando em falar sobre isso no jantar, foi por isso que aguardei você.
— Eu não estou de acordo com isso mãe. A gente nem conhece direito essa menina pra ficar colocando ela na nossa casa.
Mãe: Agora você está sendo egoísta Rodrigo. Só está pensando em você.
Isso foi um pedido do próprio Pyter, que claramente abrigaria você na casa dele se você um dia precisasse.
— Mãe, a senhora já viu como essa menina se veste? A Melissa veio aqui e viu o palmo de saia que essa menina tá usando, e pirou. Agora eu tenho que ficar brigando com a minha namorada porque esse projeto de capeta não sabe se vestir.
Mae: Haaa, agora entendi, o problema é a Melissa, que claramente precisa confiar mais em você.
Você é que tem que controlar os ciúmes da sua namorada, Rodrigo.
A Yanka não está fazendo nada de errado em querer se vestir do jeito que ela gosta, o corpo é dela.
Se você não consegue conviver com o fato da mulher vestir como quer o próprio corpo, terá que aprender.
— Que papo feminista é esse agora? Você tá falando isso, porque não tem filha mulher, porque se tivesse, você jamais ficaria de boa, vendo sua filha dentro de uma casa com um homem que você mal conhece com a calcinha quase a amostra. Isso vale para mim também?
O Pyter vai ficar de boa se eu sair pela casa de cueca enquanto a filha dele tá aqui? Por favor mãe, tenha bom senso.
Mãe: Já vi que tá difícil de conversar com você viu Rodrigo. Mande a Melissa vim aqui falar comigo, pois se ela não vim, eu mesma vou lá.
Saiu fechando a porta sem nem me deixar perguntar o motivo dela querer falar com a minha namorada.
Passei a noite me revirando na cama sem conseguir dormir.
Quando amanheceu, parecia que tinham pegado minha cabeça, e batido várias vezes na parede.
Se a enxaqueca não fosse embora, eu não conseguiria trabalhar daquela forma.
Tomei um remédio, e fiquei deitado esperando que fizesse efeito.
Com um tempo deu uma melhorada, mas não passou totalmente.
Preferi ligar pro Demétrio e pedi pra ele trazer o pen-drive com alguns programas pra que eu pudesse trabalhar de casa.
O Demétrio chegou, e eu desci para atendê-lo.
— Trouxe tudo?
Demétrio: Sim, e trouxe também uns documentos para você assinar, liberando dois funcionários para tirar férias.
— Droga, eu tinha esquecido desse detalhe. Preciso contratar dois técnicos temporários.
Demétrio: Cara, você parece um trapo.
O que houve? Ainda com problemas com a garota?
— Não quero falar sobre isso agora Demétrio, só de pensar no meu dia ontem, minha cabeça já dói.
Você já tomou café da manhã? Perguntei.
Demétrio: Ainda não. Preferi passar logo por aqui.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A filha do meu padrasto