CAPÍTULO 121
Katy Caruso Marino
— Então vista-se! — me jogou a camiseta que ele tinha pego pra ele e tive vontade de matá-lo.
— Que tipo de homem rejeita sua esposa assim? Na primeira noite?
— Não rejeitei, só escolhi o que é melhor pra você!
— Não sabe o que é melhor pra mim, porquê não perguntou! Não me conhece e não conversa comigo. Por isso eu digo que não sabe!
— Tem razão! — fiquei surpresa, ele havia entendido — Mas “me” conheço.
Joguei a camiseta com força sobre ele, e virei as costas. Fui até o outro quarto e vesti a camisola vermelha, a mais sexy que tinha, a mais curta. Troquei de calcinha e voltei lá. Ele ficou olhando, eu poderia jurar que estava se perguntando porque eu voltei, mas o problema é dele, se disse que ficaria eu ficaria.
— Vou dormir porquê estou muito cansada. Mas a gente ainda vai conversar, amanhã. Não esquece que para recebermos a herança eu preciso carregar um bebê na barriga e só dormir na mesma cama, não faz filho!
— Por isso quer...
— Nem termine essa frase, ok? Não vem de paranoias, porquê disso, porque daquilo! Sou uma mulher e tenho desejos, nunca fui tocada, apenas você me tocou. — deitei na cama e não puxei o edredom, me estiquei toda para que ele me visse.
— Por isso, preciso me conter. Não quero te machucar, Katy... ainda temos tempo para ter um filho, hoje o dia é péssimo! — Ele me cobriu cuidadosamente, meu corpo gelou.
Peter se deitou do meu lado, se cobriu e veio perto de mim, falando no meu ouvido.
— Amei os seus pés! Nunca havia reparado no pé de uma mulher, antes...
“Só o pé? Deveria ter gostado de outras coisas, eu até pintaria de esmalte se você quisesse!“ — pensei e revirei os olhos.
Quando ele se afastou, eu aproveitei seu ponto fraco.
— Já que gostou, poderia massagear? Estão bem doloridos! — ele sentou mais no meio da cama.
— Claro. — joguei o edredom para o lado, mas o maledetto só olhou o pé. Estiquei a perna perto dele, e ele pareceu satisfeito em segurar o meu pé, mas porquê?
Tive vontade de perguntar isso. Saber porque consegue acariciar o meu pé e não o meu corpo? Porquê nesses dois dias estava me beijando perdidamente bem, e hoje só me beijou como se eu fosse uma das suas puttanas? Era preciso ter paciência, muita paciência.
Peter puxou os dois pés pra ele, foi muito carinhoso. Aos poucos fui relaxando, pesquei e quando abri os olhos ele me olhava diferente, sua mão estava na ponta da minha camisola, abaixando-a, mas parecia me admirar. Quando me mexi ele mudou, voltou a mexer nos pés, acabei me esticando e fechando os olhos.
(...)
Acordei no outro dia e não o vi. Olhei para o espaço na cama, e estava bagunçado. Ele havia dormido ali, e pelo jeito não conseguiu, havia bagunçado tudo.
Levantei e me espantei, Peter estava dormindo no tapete do chão, ao lado da cama. Pensei em acordá-lo, mas ele não deveria ter dormido, se eu o tocasse acordaria. “Melhor lhe dar um analgésico depois, do que lidar com um homem com sono!“ “Mas porque ele fez isso?“
Pensando assim, fui até a cozinha. Essa casa é tão bonita, parece a do Alex, meu pai me deixou uma casa no mesmo padrão, pelo menos nisso foi bom, comigo.
Abri as portas dos armários, estavam todos cheios, havia frutas sobre uma bancada, e muitos ingredientes para cozinhar. Até tenho o número da cozinheira, mas não vou chamar, hoje quero preparar.

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