CAPÍTULO 11
Laura Strondda
Desfilei na frente da puttana, e fui para o outro lado da cama, não gosto de ficar longe da minha Taurus nesses momentos. Sentei ao lado do Alex que deu um pulo puxando o edredom para cobrir o pau completamente exposto anteriormente por mim, “que esperaria o momento certo de agir”, não sou do tipo impulsiva, darei alguns minutos a ela.
A Anita começou a falar e me deu até sono, comecei a olhar as unhas enquanto ouvia aquela voz de mosca morta.
— Eu só vim pra ver se você estava bem, porquê fiquei sabendo de barulhos de tiros aqui, ontem a noite. Nunca imaginei te encontrar em estado de... — o olhou por baixo, tive vontade de furar aqueles olhos com as unhas.
— Anita, não é o que você está pensando! — virei o rosto completamente para o maledetto que falou aquilo.
— E, o que ela estaria pensando? — perguntei ao puxar minha Taurus e me levantar. — Porquê eu não sei o que mais ela poderia pensar, já que você é um homem casado... — dei um tapa nele, fui o empurrando da cama. — Em lua de mel, na sua própria casa, e num momento tão íntimo? — o empurrei completamente, até que caísse e se levantasse, cobrindo o corpo com travesseiros.
— Anita, por favor, me espere na sala! Preciso me vestir, então falarei com você! — Alexander pediu a ela, então ergui a minha arma e fiz questão de dar um giro com ela na mão, a prima parecia apavorada.
— Eu acho que não vim num bom momento... — tentou me enrolar com aquela cara de santa do pau oco, “está querendo mentir pra quem, dondoca?“ — pensei, mas mudei a frase.
— Acha? Minha filha, eu tenho certeza! Alex não vai te tratar a pão de ló, não! — neguei balançando a arma. — Estragou o momento dele, deve estar num stress absurdo... — me diverti com os olhares que recebi.
— Não diga mais merdas, Laura! — Alex falou, então sorri ao olhar pra ele, segurei nos ombros dela encostando a ponta da arma para que entendesse o que iria acontecer com ela se insistisse.
— Vamos obedecê-lo, sim? Pra fora do meu quarto, agora! — falei mais alto, som de ordem.
— Laura! — Alex reclamou, mas a folgada me obedeceu por livre espontânea pressão e foi saindo.
Encontrei com a Magnólia na porta, estava escondida ouvindo, vou arrancar a língua e também os ouvidos dela.
— Você vou deixar pra depois! — falei apenas isso ao encará-la.
A prima estava indo para a sala, mas a virei com força e empurrei naquele quartinho que já dormi um dia.
— Nada de sala, dondoca! Não é visita!
Fechei a porta, e parei na frente dela.
— O que está acontecendo, aqui? O Alex me pediu para esperar na sala...
— O “ALEX”! É MEU MARIDO, SONGA MONGA! ENTÃO ESTOU DE BOM HUMOR, VOU TE DAR UMA CHANCE DE SOBREVIVER! — dei tapas na cabeça dela enquanto falava, então coloquei a arma na sua cabeça.
— Como é? O que foi que eu fiz? Só entrei no quarto porque sempre foi meu, e vim ver como meu primo está! — suas palavras eram brandas, dava até um negócio ruim de ouvir, soava muito falso, tudo o que ela dizia era pura mentira.
[Batidas na porta]
— Laura, abra agora mesmo! — Alex já estava lá fora. Revirei os olhos.
— Ele está chamando, eu só queria saber se estava tudo bem, sou da família, não uma... — segurei no seu braço.
— Família uma ova! Família é algo sagrado, não ouse dizer que meu marido é sua família que mando imprimir umas quinhentas cópias da nossa certidão de casamento e te faço engolir com lágrimas! — arregalou os olhos, querendo chorar.
— Laura, não me obrigue a arrombar a porta! — Alex continuava batendo.
— Meu Deus, coitadinho do meu primo, você é cruel! — falou com aquela voz mole, quem é desligado acredita nessa mulher, parece um doce.
— Pois bem... — me afastei um passo. — Me responda apenas uma pergunta com sinceridade e dou a minha palavra que te deixo ficar e conversar com o seu primo por uns... quinze minutos!
— Apenas quinze? Oh...
— Você já teve algum envolvimento amoroso com Alexander Caruso? — ela mal ouviu e começou a negar.
— Nunca! Somos primos, de onde tirou isso? — ri internamente, com vontade de socar a cara dessa mentirosa.
— Meu marido me contou tudo, e você é uma mentirosa! — ficou branca quando eu disse, aliás... transparente.
— LAURA! SE AFASTEM! — Alex gritou.
— Eu vou abrir, mas se em cinco minutos não estiver pra fora da minha casa, estouro os seus miolos e jogo seu corpo para os cães! — a sonsa ficou olhando assustada, então abri a porta.


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