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A prometida do Capo italiano romance Capítulo 18

CAPÍTULO 18

Laura Strondda

O dia foi exaustivo, entrei naquela casa louca para me jogar na cama e dormir. Tirei aquele vestido que me apertava, joguei os sapatos num canto, e soltei o meu cabelo. Vesti uma camisola na cor pérola, e quando fui pegar a escova de cabelo, senti aquela mão quente e grande sobre a minha.

— O que está fazendo?Não iria jantar? — virei parcialmente para ele.

— Depois eu como, se tiver fome. Deixe que eu penteie...

— E, você sabe? Porque quer pentear meu cabelo? — ele forçou um pouco, tentando puxar a escova, até que soltei. — Não vai conseguir nada com isso, estou morrendo de sono. — Alex ficou em silêncio e começou a pentear devagar, tinha experiência nisso.

— Eu sempre penteei o cabelo de Anita... — me afastei puxando meu cabelo, e tomei a escova. Era só o que faltava, agora ficar me comparando ou lembrando o que fazia com aquela mulher.

— Não vai falar daquela mulher na minha frente, é uma falsa! — bati a escova na penteadeira.

— Laura! Você nem a conhece! — colocou as mãos na cintura, tirou a camisa depois.

— Exatamente. Não tenho interesse em conhecer, então me poupe desses assuntos! — fui no banheiro e me tranquei para escovar os dentes, então quando saí, ele já estava deitado na cama.

Deitei bem na beira da cama e senti Alexander se aproximando da minha cintura. Tentei empurrar, mas ele não soltava.

— Eu não vou tirar as mãos de você, se quiser insistir, amanheceremos assim! — ele me segurava firme, eu já sabia que seria uma briga idiota, então desisti, hoje eu já estava exausta, e mesmo percebendo que ele me tocava na cintura e na bunda, eu dormi.

Quando acordei de manhã, diferente do que pensei, ele não estava agarrado em mim, a cama estava vazia.

Fiz a minha higiene e depois que me vesti, saí do quarto a procura por comida, e percebi que a grande mesa também estava vazia.

Um pouco mais adiante o vi de costas. Ele estava sem camisa, ela estava no seu ombro, enquanto ele segurava o celular, e seu tom de voz era bem diferente. Fiquei observando, parada no batente da porta.

— Querida, você é muito boa! Logo vai encontrar alguém que vai cuidar de você e propor casamento. É de boa família, boa reputação, e linda! — sua voz era calma, aveludada. Senti uma pontada estranha no meu peito, ele nunca mais falou assim comigo, exceto quando estava encenando no nosso noivado, e pelo visto é sempre amável com ela... é claro que deveria ser Anita.

Não estou irritada por ciúmes, só acho desaforo, ele agir assim com aquela mulher, sendo casado.

— Respira meu amor! Quando der eu passo aí te ver, mas infelizmente não poderemos mais ficar juntos! — levantou e me escondi atrás da porta. Fiquei com as costas encostadas, eu sentia como se tivesse subido quilômetros de escadas correndo, minha respiração estava cansada.

— Eu sei, Ani... eu prometi, mas eu jamais deixaria isso pra lá. Laura vai me pagar pelo que fez, isso é certo. Estive pensando sobre isso, e cheguei a conclusão de que preciso continuar tratando ela bem, pois quanto mais sentimentos ela nutrir por mim, mais eu a farei se rastejar e sofrer! — abri a boca sem acreditar que ele estava dizendo tudo aquilo, e ainda mais que dizia para ela.

Corri para o quarto, peguei a minha Taurus, me aproximei devagar e mirando o celular, o explodi num tiro.

— NÃO SEI, NÃO CONHEÇO! NÃO SEI DO QUE ESTÁ FALANDO! — gritei negando, porém ele apertou a minha garganta ainda mais, também senti dores com os apertos dele em minha nuca e pescoço.

— TEM TRÊS SEGUNDOS PARA RESPONDER! OU EU VOU TE LEVAR ATÉ A SALA DE TORTURA, E ACREDITE... POSSO TE MACHUCAR MUITO SEM DEIXAR MARCAS, ENTÃO...

Tentei me soltar, mas hoje ele estava com uma raiva diferente. Sua força era maior, e eu já estava sufocada, comecei a pensar que seria melhor dizer alguma coisa, ou seria pior.

— ALEX, ME SOLTA! — falei fraco.

— Te alisei a noite toda, Laura! Te levei para jantar, fui gentil... passei horas tocando o seu corpo, e pra você foi como se não fosse nada! Como quer que eu me sinta como homem? Não te causo desejo? É porquê se apaixonou por Luigi? ME DIGA, PORRA! SE APAIXONOU POR LUIGI?

— Não... — falei parcialmente.

— É a sua última chance... quem é Luigi? — ele estava decidido, cheio de ódio. O meu corpo estava para trás, lutei com muita força e consegui trazer meu corpo para frente.

— Eu... digo... — falei quase sem ar, então ele me soltou um pouco. Aproveitei e virei o queixo, o abaixando entre seu braço. Flexionei o corpo para frente e consegui dar pancadas na sua virilha, me soltei do seu braço e lhe dei um chute, o fazendo cair no sofá.

— Luigi é meu chefe! — falei de uma vez, não poderia esconder tudo e correr o risco dele me fazer isso outra vez..., mas o seu olhar me deixou preocupada.

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