CAPÍTULO 22
Alexander Caruso
O meu corpo doía por inteiro, sentia como se tivesse adormecido os músculos, levado uma surra e estivesse dormente. A cabeça girava sem parar e as náuseas me fizeram esperar por uns segundos antes de tentar me mexer para levantar naquele quarto escuro, porém quando o fiz, levei um susto.
— PORRA! TERRITÓRIO INIMIGO! TERRITÓRIO INIMIGO! — gritei ao perceber que estava preso nos dois pulsos, me debatendo, tentando sair de onde quer que eu estivesse.
Meus pulsos doeram mais, e por mais que eu tentasse, não consegui me soltar. De repente uma luz acendeu e vi que ainda estava no quarto que a Laura escolheu... droga, esqueci que estou casado! — seu olhar era mortal.
— O que você fez? Acha mesmo que vai me deixar aqui? — puxei com força. — Laura! Vou quebrar a cabeceira toda se não me soltar agora! — comecei a dar pancadas e mexer as pernas, mas parecia impossível. — Eu estou falando com você! — a maledetta estava bocejando sem pressa, mal olhava para mim e passava a mão nos olhos como se a conversa não fosse com ela.
— Pelo visto já passou a bebedeira, já voltou ao normal! — falou soltando faíscas, então a encarei furioso, ainda tentando forçar as algemas, sem sucesso.
— Eu mandei me soltar, você me paga, Laura! Não sabe com quem está lidando, posso ser muito pior do que já conheceu, maledetta! — ela deu de ombros, a segui com os olhos, enquanto agia naturalmente como se eu tivesse dito uma coisa sem sentido ou que afirmasse que a parede é verde.
— É que não me lembro onde enfiei as chaves, não dá para esperar até amanhã? — ela disse com a mão tapando a boca outra vez, tranquilamente, tive vontade de enforcar aquele pescoço novamente, mas então seu rosto mudou o semblante e muito irritada ela pegou a sua arma, me deixando apreensivo, me ajeitando como dava.
— Que merda é essa? — perguntei olhando à minha volta, pensando em possíveis chances de fuga, mas aquela louca simplesmente parou na minha frente, ainda bocejando apontou para mim. — Laura, você não é nem louca de... — ouvi um disparo. — ela simplesmente abriu a algema de um dos pulsos num tiro, quase me matando de terror. — Puta que pariu! Você poderia ter arrancado um dos meus dedos, está querendo me punir, é isso? Pois procure aquela chave e...
Quando menos esperei, ela sorriu maroto, tapou um dos olhos e deu um passo para trás.
— Te aconselho a ficar parado, meu bem! — eu fiquei sem fala, o coração chegou a sair do peito, já me vi sem dedos, quando aquela louca atirou sorrindo.
Cheguei a fechar os olhos quando disparou, demorei alguns segundos até que eu conseguisse abrir e olhar e também ver as duas mãos livres, e então pensei em como atacá-la na mesma hora.
— Se não me deixar em paz posso fazer muito pior que atirar em algemas! Já deve ter notado que sou boa de mira! É só trocar essa cabeceira horrorosa e estará tudo certo! Agora durma que ainda estou com sono. — olhei para a cabeceira, vendo o tamanho do estrago.
Por um tempo fiquei paralisado, olhei para ela enquanto a luz permanecia acesa, então quando ela apagou e se deitou ao meu lado, ao ouvir o barulho da arma sendo colocada sobre o penteadeira, eu a peguei e pressionei sobre o seu pescoço.

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