CAPÍTULO 23
Laura Strondda
Balancei a cabeça olhando para o semblante preocupado daquele Siciliano, pensando se ele realmente estaria disposto a aceitar as minhas condições, pois essa era uma deixa que chamou a minha atenção.
— E, então? — insistiu.
— Liberdade! — falei calmamente, então ele moveu o rosto, sem entender.
— Eu não entendi. — sua postura imponente estava agora danificada. Não era difícil de entender como ele estava preocupado, e por dentro eu me divertia.
— Quero ser livre. Ter o direito de ir e vir sem ser questionada, você nunca poderá reclamar do local ou o horário que eu for. Se alguém perguntar você será o primeiro a me encobrir e dar um jeito de explicar. E, também se me encontrar em lugares que desaprova, não poderá me julgar! — expliquei e ele começou a passar a mão na barba e pensar.
— Você está planejando algo, não é? Poderia ter me pedido dinheiro, joias, embora eu esperasse que pediria um carro ou...
— Você se casou comigo, meu bem! Tudo o que é seu, agora é meu. É óbvio que terei um carro, isso não preciso pedir! E, quanto a dinheiro... — sorri. — Eu não preciso!
Alexander continuou passando a mão pelo rosto, no fundo ele sabe que esse é um terreno perigoso, e se eu fosse ele, tomaria muito cuidado com o que negocia comigo, pois não faço as coisas sem pensar, sempre tenho a estratégia perfeita para tudo, e se ele aceitar poderei manter o meu segundo segredo a salvo.
— Será fiel? — perguntou sem me olhar.
— Enquanto você for fiel, serei fiel! — fui direta. Ele veio bem perto de mim, com um pouco de firmeza e sem força, segurou o meu queixo me forçando a encará-lo.
— Jure que será fiel!
— Eu juro, com a condição que você também seja! — bufou.
— Eu não vou parar de sair para beber e nem de ter contato com Anita!
— Pode beber, o corpo é seu, destrua sozinho! Agora... se eu desconfiar que tocou em outra mulher, eu a mato e te sirvo no jantar com muita pimenta e um veneno que só te mate depois de ter comido tudo! — arregalou os olhos.
— Nesse caso terá que assumir o seu lugar na minha cama. Caso contrário não haverá fidelidade e nos mataremos antes que planejamos! — virou o corpo para vestir uma calça, então coloquei a mão no seu ombro chamando a sua atenção.
— Você não pode me obrigar a isso. Se não contarmos, ninguém saberá que não nos relacionamos, e quanto a você, poderá se resolver sozinho! — ele me ignorou e continuou se vestindo. — Alex? Alex! — ele pegou uma mala e jogou sobre a cama.
— Eu já disse o que quero, não vou ficar sem mulher! Caso ainda queira sua liberdade em troca do casamento que quero, será sob as minhas condições e terá que no mínimo me deixar te tocar sem ser uma pedra de gelo! — o olhei irritada, apertei um pouco mais forte o seu ombro, já vi que terei problemas.
— Eu... eu não sei. — pela primeira vez, o maledetto me deixou encurralada. Como diria sim para algo que não quero? E, como diria não, se preciso do espaço que pedi?
— Deixe para pensar em Roma. Agora arrume as malas que partiremos em uma hora! — ele virou as costas me deixando ali parada, sem reação e pensativa. Ele não estava disposto a negociar mais, isso era certo.
Arrumei as minhas coisas na mala, e as dele deixei como estava, ele que guarde.


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