CAPÍTULO 24
Laura Strondda
Percebi que depois do que eu disse ele se afastou um pouco. Provavelmente esteja ciente de que não vai conseguir fazer como eu quero, mas provavelmente vai aceitar e manter o acordo, afinal eu não me neguei a ele, apenas disse como precisa ser, caso contrário, nada feito.
Quando o avião chegou, percebi que ele estava diferente. Não gritou para me chamar quando chegamos, segurou no meu braço quando chegamos na escada para descer do avião, que até dei uma olhada para ter certeza, mas foi isso mesmo, ele estava tentando alguma coisa.
Nosso carro já nos esperava, dei uma olhada e ele me puxou me fazendo bater no seu peito, colocou a mão no meu rosto com um olhar sexy, e ao invez de virar para o meu ouvido, ele me disse com os lábios bem próximos dos meus:
— Mandei o Peter vir e trazer o Mustang pra você! Amanhã estará aqui, também trará o novo celular pra mim, já codificado e preparado para uso.
— Está bem. — respondi apenas, ignorando seu comentário. Ele passou o dedo na minha boca e questionou:
— Não vai me agradecer? É um presente!
— Se era seu, também era meu. Mas, obrigada de certa forma... — ele negou.
— Não, quero um beijo... você me atiçou com aquele dentro do avião. Não percebe como me deixa, quando me toca ou quando me beija?
— Ah, é? — balançou a cabeça confirmando e veio bem perto.
Deixei que se aproximasse, mas ao me beijar suavemente seus olhos não fecharam, então cortei rápido.
— Assim não vai conseguir nada! — com a mão sobre seu peito eu o empurrei um pouco, então abri a porta do carro para entrar, porém percebi que também havia outro carro ao lado, e nem acreditei quando vi que eram os meus pais.
— Bambina! Como foram de viagem? — a minha mãe abriu a porta do carro, apressada e com um sorriso enorme no rosto, e meu pai vinha logo atrás. “Será que viram o beijo?“ — fiquei pensando. “Será que Alex fez de propósito para que vissem?“
— Estamos bem! — fui abraçá-la, mas também não deixei de observar que Alex estava um pouco distraído, ele não olhava diretamente para os meus pais, e também não falou nada. Meu pai esticou a mão e ele segurou desinchavido.
Dei uma olhada em volta, não vi nada que pudesse soar como uma ameaça, então relaxei, mas não sei o quanto posso “confiar” no meu marido, já que depois do casamento só tive decepções e percebi que para alguns assuntos, ele parece fechar os olhos para não ver, como a prima dele.
— Alex não avisou que estavam voltando, até estranhei, que foi a Laura quem enviou uma mensagem. — meu pai comentou enquanto olhava minuciosamente para o rosto do Alex. — O que aconteceu com o seu rosto?
— Ah... foi um pequeno acidente! Não se preocupe com isso, vai curar rápido! Eu tive um problema com o celular também, vou pegar outro só amanhã! Caso queira posso trabalhar sem celular amanhã, uso rádio. — Alex se explicou.
— Bom, fique à vontade. Se quiser ficar mais tempo em casa, tranquilo! Mas, trabalho tem muitos, Antony comentou comigo ainda hoje, não é, amore mio? — meu pai falou e puxou a minha mãe num abraço.
— Deixe a bambina descansar, sim? Vai tirar o marido dela, tão cedo? — minha mãe comentou e sorriu, então sorri com ela disfarçando.


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