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A prometida do Capo italiano romance Capítulo 27

CAPÍTULO 27

Laura Strondda

Ao vê-lo naquele lugar eu quase caí daquele palco. Nunca imaginei que viria me procurar ali, e por sorte temos o cuidado de usar máscaras e temos fugurinos iguais para uma mesma apresentação, e as perucas são muitas, quase iguais para falar a verdade.

Desde que fiquei noiva, parei de ser a atração principal da boate e continuei apenas com a minha vida na máfia, capturando, torturando e matando indivíduos sem escrúpulos, secretamente.

Porém, depois de perceber tamanha traição e desprezo da parte do Siciliano, não me importei em voltar para o trabalho, por isso aceitei as suas condições, irei para a cama com ele se preciso, desde que me trate como eu queira, até porque, até hoje nenhum homem me tocou como ele tocou, intimamente. E, dançar ali e também seguir com o que eu gosto nas execuções, é a minha vida, é o meu descanso, o meu momento de extrapolar, aquele momento que o meu pai não me deu a oportunidade de viver, simplesmente por ser mulher.

Também não teria graça viver ao lado de um tapado que me enganou e que ama outra, apenas de enfeite, então escolho ter a minha vida de antes, espero que não se intrometa nos meus planos, posso levar um relacionamento íntimo, desde que haja respeito.

Antes que o show começasse, Luigi (mais conhecido com El Chapo) estava presente, e percebeu o problema em que me meti, bastou olhar quem havia chegado e ele já sabia, então resolveu rapidamente enquanto eu deveria estar me preparando para o momento principal, puxou outra dançarina:

— Sara, você vai cobrir a “Máscara de ouro”, hoje! Tem figurino reserva, e só tem dois minutos! — ele simplesmente ordenou, me puxou pela mão num compartimento secreto, enquanto a moça murmurava baixinho por precisar vestir roupa, já que é da ala bronze, gosta de dançar nua.

— Fique na ala prata, vista um top que mostra um pouco da barriga, aqui não pode cobrir tudo! Apenas por cinco minutos, então pode sair! Vou tirá-lo do local com alguma desculpa para que fique mais tranquila. Quanto menos ele ver por aqui, melhor! — Luigi explicou.

— Obrigada, você é rápido! — ele piscou e já se retirou, então me arrumei, subi no poli-dance prata e repeti os mesmos movimentos, só que não saí do poli-dance para receber dinheiro ao me tocarem como as outras, Luigi sabe que não faria isso.

Pouco depois vesti a minha blusinha branca e fui atravessar o corredor, mas meu coração quase saiu pela boca quando meus olhos voltaram a se encontrar com os do Alex, e praticamente corri daquele lugar antes que ele me descobrisse. Se imaginasse que ele estaria por ali, teria ido pelo compartimento secreto, mas não fui.

Por sorte não veio atrás, mas Sara estava agitada:

— Eu não sei quem é você, mas um cara muito mal encarado esteve aqui! Arrancou a máscara do meu rosto, estava procurando a esposa! Eu acho que fosse você, teria te matado, pela cara que olhava.

— Não sou casada! Ele deve ter confundido com outra! — menti prontamente e sem remorso. Ela ficou olhando, mas apenas peguei a minha bolsa e passei na sala do chefe como de costume.

— Tenho um trabalho pra você, é coisa rápida! Tem um homem que o Don deu ordem de execução, é só matar e enviar a foto! — me entregou a ficha com o documento, a foto e o endereço.

— Temos um acordo, ou não temos? — refiz a pergunta, ele levantou e mal me olhou enquanto atirou uma faca a minha esquerda, acertando a parede, fiquei onde estava.

Alex caminhou até a mim, e começou a me olhar minuciosamente. Me senti em uma máquina de raio-x, fiquei parada.

— Se temos, quero mudar a parte onde não sei o lugar que está! Hoje você simplesmente sumiu, me deixou sem carro, sem saber onde estava, e... — as suas palavras pareciam calmas, mas nos seus dentes eu via a raiva que ele estava, os pressionando uns nos outros

— Fui fazer uma execução! — o cortei, contando parte da verdade. — Não posso ficar te falando onde serão os meus trabalhos, não é seguro, e também é quebra de sigilo.

— Pois eu quero saber! — bem perto de mim ele deu a volta no meu corpo e me olhava ainda mais, percebi quando passou o dedo numa pequena mancha de sangue na minha roupa. — HOMENS! — gritou, e não entendi. Um deles era o segurança que já estava aqui quando chegamos, o outro eu não sei quem é.

— O que significa isso? — perguntei ao perceber que um deles apontava a arma pra mim, enquanto o outro segurava uma corda e algemas.

— Prendam! — me desesperei quando vi que seriam três contra mim, pensei em puxar a minha arma, mas era tarde, dessa vez precisei aceitar que ele ficaria sob o meu controle. A pergunta era: porquê? O que Alexander queria comigo?

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