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A prometida do Capo italiano romance Capítulo 28

CAPÍTULO 28

Laura Strondda

Assim como ele parecia frio, eu via as reações do seu corpo o entregarem... estava nervoso. Eu preferi não me exceder, quanto mais eu ficasse inexpressivel, mais eu pouparia a minha dignidade e o meu senso de decisão, pois já percebi que hoje eu teria que provar a ele e a mim mesma, que o venceria até na conversa. Nem sempre as minhas armas estão nas minhas mãos.

Devolvi a cada segundo o mesmo olhar que ele me dava. Se a briga começava ali, eu poderia garantir que não havia um vencedor, não ainda.

— Precisa de ajuda para conter a sua mulher? — zombei na frente dos seus homens.

— Quero ver se daqui a cinco minutos você ainda terá uma língua afiada! — ele mesmo pegou as algemas das mãos do soldado, sorri ao perceber que se envergonhou do que eu falei. Alexander me pegou sorrindo e o ouvi suspirar ainda mais irritado.

O que estranhei foi que eram duas algemas, uma em cada pulso, ele iria me prender em algum lugar...

— Tragam-na! — Alex foi andando na frente, e pensei em dominar o homem que me segurava, mas com o outro apontando uma arma não tive coragem, não era o momento.

Era um lugar que eu não conhecia. Entramos por uma porta, mas num espelho falso estávamos num outro quarto. Diferente do que vi no quarto principal quando chegamos, esse estava limpo e arrumado, Alex trocou os lençóis apenas daqui? O que pretendia?

Ele me puxou pelo pulso, me colocou de costas na parede, o encarei firme quando vi o que ele faria, mas deixei que fizesse, não acho que seja tão louco à ponto de me fazer alguma coisa, certamente seria um homem morto.

— SAIAM! — gritou assim que os meus braços estavam presos, então pegou a corda. — Não vai tentar se safar? Depois que eu prender os pés, estará à minha disposição... estamos num quarto fechado, você presa e eu com uma vontade enorme de... — parou para olhar o meu corpo e sorri.

— Não tenho medo de você! Se a intenção era me amedrontar, precisa treinar muito mais, essa sua cara de bravo só me faz rir! — ele fechou a cara e simplesmente foi me amarrar. Me mantive imóvel, deixei que fizesse, afinal machucaria meus pulsos tentando sair.

Alexander saiu do quarto, me deixando ali presa, e isso sim me deixou um pouco apreensiva, o desconhecido me excita, mas também me deixa em alerta.

Não demorou para que ele voltasse, estranhei que estava com várias facas, diferentes tamanhos, e colocou sobre um bidê à frente de uma cadeira que tinha ali.

— Me diga: Você esteve em uma boate, hoje? — ponderei a pergunta.

— Eu já disse que fui fazer um trabalho! Você combinou comigo, eu... — antes que eu terminasse de falar senti uma faca passando ao redor do meu ombro, ele arremessou e ela fixou na parede, fazendo com que o meu estômago me traisse, me trazendo aquele frio de desespero pelo inesperado.

— Eu não vou repetir a pergunta, Laura! Esteve numa boate?

— Não vou responder! Se quebrar as regras eu... — ele simplesmente arremessou outras duas facas e fiquei completamente imóvel vendo a destreza como cada uma parou ao redor do meu corpo. Alex estava sem controle, estava irritado, embora tivesse boa mira, preciso admitir que ele sabia exatamente onde atacar as facas, estava apenas tentando me coagir.

— Eu estou sem paciência! Recebi informações de que você estaria num determinado local e quero a verdade! — se aproximou me encarando e tive vontade de cuspir na cara dele, mentindo na minha cara, já que sei que foi ele mesmo quem me viu lá. — DIGA PORRA! VOCÊ ESTÁ ME TRAINDO? — gritou e colocou mais uma faca, batendo contra parede com a própria mão, e perto do meu rosto. Era hora de mudar o jogo.

Sua mão adentrou a minha calça e talvez fosse o meu fim, Alex descobriria que eu estava escorrendo por ele.

Ele tinha os olhos profundos, me encarando com domínio, e eu estava muito perto de fazê-lo enlouquecer, mas agora me perdi nas emoções, ele é astuto demais e sabe muito bem como me fazer gemer, como vou me controlar?

— Para, eu não deixei que... — sussurrei ao sentir prazer. Aqueles dedos enormes massageavam o meu ponto sensível que estava completamente encharcado e escorregadio.

— Geme, Laura! Eu sei que está gostando, sei como gosta do meu toque.

— Para figlio de puttana! DIAVOLO!

— Isso, goza no meu dedo... — o pior era que eu estava quase implorando para que ele não parasse, aquilo estava me deixando louca, a ponto de abaixar a guarda e pedir para que continuasse o que começamos, pois se ele quer sexo, eu também quero.

Senti seus lábios na minha orelha e seu pau na minha coxa, completamente duro. Até que um alarme disparou e quis morrer porque ele tirou a mão de dentro da minha calcinha.

— Vista-se! Alguém pode ter invadido a casa! — senti quando passou a faca na corda e atirou nas minhas algemas. Olhei espantada e ele sorriu. — Agora estamos quites do dia em que abriu as minhas! Conversamos depois! — arrumou a arma na cinta e saiu.

— Merda!

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